Modelo de Gestão em bancos de olhos e seu impacto no resultado destas organizações
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Data
2008
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
OBJETIVO: Avaliar a efetividade do modelo de gestão adotado pelo Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande (BOSCCG), segundo os critérios do Prêmio Nacional de Gestão em Saúde (PNGS), demonstrando as características comuns e discordantes entre os dois bancos de olhos, além de traçar um paralelo entre a efetividade do modelo de gestão adotado e os resultados destas organizações em número de córneas doadas. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada em agosto de 2004. Foram entrevistados 29 funcionários, sendo 21 do BOS e 8 do BOSCCG. O questionário é composto por 40 questões fechadas, que estão agrupadas segundo os sete critérios do PNGS. Todos os participantes assinaram o termo de concessão livre e esclarecido.O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP. RESULTADOS: Em relação à analise estatística, para verificar se a opinião dos 29 funcionários em relação aos sete critérios é semelhante ou não entre as duas entidades, foi aplicado teste não paramétrico U de Mann-Whitney para comparação de médias. Analisando os perfis sócio-demográficos dos respondentes, nota-se que no quadro de funcionários do BOS foram 52,4% de homens e no do BOSCCG 25% de homens; no BOS que o maior grupo se enquadra entre os que têm o ensino médio completo (52,4%) e o grupo predominante no BOSCCG é o de superior incompleto (50%). Em questão aos itens do questionário, no BOS todos têm conhecimento da missão da empresa (100%), enquanto que no BOSCCG 12,5% dos funcionários não conhecem a missão de sua instituição. No BOS a maioria dos funcionários acredita que suas lideranças utilizam os valores da empresa em suas gestões (81%), no BOSCCG notam-se respostas bem distribuídas, sendo que 37,5% dos funcionários são indiferentes. No BOS, 90,5% dos funcionários concordam que a liderança cria um ambiente de trabalho propício, enquanto no BOSCCG, 12,5% não acreditam que seus líderes criam esse ambiente de trabalho. 76,2% dos funcionários do BOS acreditam que sabem quais projetos e planos de sua empresa os afetarão já no BOSCCG 37,5% não acreditam que sabem. A maioria dos funcionários do BOS (85,7%) e do BOSCCG (62,5%) afirma saber apontar se o seu grupo de trabalho está progredindo no que foi planejado. Grande parte dos funcionários do BOS (95,2%) e todos do BOSCCG (100%) afirmam saber como analisar a qualidade dos seus trabalhos já executados para avaliar se é necessário proceder às mudanças. A maioria dos funcionários do BOS (90,5%) afirma poder realizar mudanças que melhorarão seu trabalho e metade do grupo (50%) no BOSCCG afirma poder realizar mudanças. No BOS, 90,5% e no BOSCCG, 87,5% acreditam que seus clientes estão satisfeitos com seus trabalhos. No BOS, a maioria dos entrevistados (76,2%) e no BOSCCG, 50% afirmam que acreditam serem reconhecidos por seu trabalho. Todos os funcionários do BOS(100%) acreditam que conseguem tudo que necessitam para realizar seu trabalho, porém, no BOSCCG 37,5% não acreditam. 95,2% dos entrevistados no BOS estão satisfeitos com seu trabalho e 62,5% no BOSCCG. CONCLUSÃO: Segundo os critérios do PNGS, o modelo de gestão em funcionamento no BOS aproxima-se mais da excelência em gestão que o modelo no BOSCCG. Observa-se que a implantação de um modelo de gestão de Banco de Olhos baseado em fundamentos mundialmente reconhecidos contribui para a melhoria dos serviços das organizações podendo modificar o cenário brasileiro de doações de córnea.
Descrição
Citação
HILGERT, Christiana Velloso Rebello. Modelo de gestão em bancos de olhos e seu impacto no resultado destas organizações. 2008. 109 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2008.