Ruptura do músculo peitoral maior em atletas

Data
2005
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
OBJETIVO: Apresentar série de casos com 30 atletas apresentando ruptura do MPM e realizar estudo comparativo de 20 atletas, 10 submetidos ao tratamento cirúrgico e 10 ao tratamento não operatório com ruptura do MPM utilizando como avaliação critério clínico e funcional (dinamômetro isocinético). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 30 atletas com ruptura do MPM. A idade média foi de 32,27 anos (variando de 23 a 47 anos), todos do sexo masculino. O período de acompanhamento médio foi de 645,10 dias (variando de 180 a 1480 dias). As lesões foram diagnosticadas por meio da anamnese, do exame físico e dos exames subsidiários. O levantamento de peso, particularmente o exerci cio conhecido como supino, foi o responsável pelo maior grupo de atletas acometidos: 18 atletas (60 por cento). Os atletas praticantes de Jiu-jitsu representaram 16,7 por cento(5 pacientes) do total, ginástica olimpica estava envolvida em três atletas (10 por cento), skate (um atleta - 3,3 por cento), futebol (um atleta - 3,3 por cento) e wakeboard (um atleta - 3,3 por cento). RESULTADOS: A avaliação dos pacientes do estudo comparativo de 20 pacientes pelo critério funcional sugerido por Bak et ai revelou 70 por cento de resultado excelente e 20 por cento bons e 10 por cento ruins para os casos submetidos a cirurgia e 30 por cento bons, 30 por cento regulares e 40 por cento ruins para os casos tratados de forma não operatoria. Dentre os 30 casos apresentados 76,7 por cento (23 pacientes) apresentaram ruptura do músculo peitoral maior na inserção junto ao úmero proximal , dois pacientes apresentaram ruptura na porção muscular (6,7 por cento), uma ruptura na junção miotendinea (3,3 por cento) e 13,3 por cento(4 pacientes) apresentaram lesão parcial do MPM. A avaliação isocinética no estudo comparativo de 20 pacientes com ruptura do MPM utilizando cybeX® a velocidade 60 graus/s mostrou déficit de força de adução média para o grupo não operatório de 53,8 por cento (variando de 12 a 191 por cento) e de 13,7 por cento (variando de - 13 a 73 por cento) para o grupo de atletas submetidos a cirurgia. O tratamento cirúrgico foi realizado na fase aguda (menor que três semanas) em cinco atletas e na fase crônica em cinco atletas. Complicações foram observadas em dois atletas e representaram: ruptura do tendão bíceps braquial em um caso e reação de corpo estranho associado a fio sutura inabsorvível em outro atleta. CONCLUSÃO: O levantamento de peso (supino) associado ao uso do esteróide anabolizante estavam envolvidos na maioria dos casos de ruptura do MPM e o tratamento desta lesão em atletas apresentou melhor resultado funcional com o tratamento cirúrgico quando comparado com o tratamento não operatório.
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2005. 67 p.