Infiltração poliarticular com corticosteroide versus corticoterapia sistema em pacientes com artrite reumatoide

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Data
2004
Autores
Furtado, Rita Nely Vilar [UNIFESP]
Orientadores
Natour, Jamil [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Os corticosteróides são utilizados há mais de meio século em AR e a via de administração intra-articular reservada habitualmente para mono ou oligo-artrites. Não existem trabalhos controlados comparando a via intra-articular com a via sistêmica de administração dessas drogas. Objetivos: 1- Comparar a efetividade a médio prazo da administração intra-articular com a da administração sistêmica de corticosteróide (triancinolona) em pacientes com AR. 2-Comparar o efeito dessas duas intervenções sobre o eixo hipófise-adrenal. 3-Comparar a resposta à infiltração intra-articular dentre as articulações infiltradas. Material e métodos: Foram estudados pacientes com AR (segundo critérios do ACR) com 6 a 12 articulações edemaciadas em um trabalho prospectivo, controlado e randomizado. Intervenção= grupo 1: pacientes infiltrados concomitantemente em 6 a 8 articulações edemaciadas com hexacetonide de triancinolona (HT); grupo 2: pacientes submetidos a minipulsoterapia intramuscular com acetonide de triancinolona (AT) com dose total correspondente à de HT caso as suas articulações edemaciadas fossem infiltradas. Avaliacão= realizada por um avaliador "cego" em 05 tempos: TO (tempo inicial), T1 (uma semana após a intervenção), T4 (quatro semanas após), T12 (doze semanas após) e T24 (vinte e quatro semanas após). Instrumentos de avaliação: O ACR 20 por cento, 50 por cento e 70 por cento para avaliação de melhora de atividade de doença em AR e valor isolado de cada um dos seus 7 sub-itens; escala visual analógica (EVA) para dor à palpação articular; goniometria articular (EPM-ROM); tempo de rigidez articular matinal; questionário genérico de qualidade de vida SF-36; valor de ACTH (radioimunoensaio); uso de AINH (comp./dia) e uso de corticosteróide oral (mg/dia); pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD); número de efeitos colaterais locais e sistêmicos; número de chamadas ao médico; número de idas ao hospital por eventos relacionados. Considerou-se como significante uma diferença estatística de 5 por cento. Resultados: Foram estudados 69 pacientes com idade média de 47,4 anos (t 9,3anos), dos quais 65 mulheres e 31 brancos. Observou-se diferença estatisticamente significante (p< 0,05) a favor do grupo 1 para as seguintes variáveis: ACR 20 por cento (T1 e T4), ACR 50°/a (T1 e T4), ACR 70 por cento (T1), avaliação do paciente para melhora de atividade da doença, número de articulações dolorosas, PAS, PAD e número de efeitos colaterais sistêmicos. O número total de eventos, de ligações ao médico e de ides ao hospital também foi estatisticamente menor (p<0,05) no grupo 1. A média da variação de ACTH mostrou-se estatisticamente menor (p<0,05) no grupo 2 (minipulsoterapia) em T4 e T12. Os cotovelos foram as articulações que melhor responderam às infiltrações. Conclusões: O esquema de poliinfiltração concomitante com coticosteróide em pacientes com AR mostrou-se tão efetiva a médio prazo quanto o esquema de administração de corticosteróide sob a forma de minipulsoterapia intramuscular, se bem que melhor a curto prazo segundo o ACR 20 por cento, 50 por cento e 70 por cento, provocando menos efeitos adversos e eventos relacionados, além de uma diminuição de secreção de ACTH de menor duração
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2004. 149 p.