Avaliação dos programas assistenciais em interconsulta psiquiátrica

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Data
1998
Autores
Andreoli, Paola Bruno de Araujo [UNIFESP]
Orientadores
Mari, Jair de Jesus [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Os critérios utilizados na avaliação de programas assistenciais em saúde variado de um apego à biomédicos, tais como cura e mortalidade, até modelos mais abrangentes. A inatingibilidade dos critérios de sucesso desses modelos mais abrangentes, tem imobilizado os processos de avaliação. Na área de saúde mental, em especial nos serviços de interconsulta psiquiátrica, a adequação dos critérios utilizados para estudos de avaliação tem se desenvolvido desddas estritamente epidemiológicas, medidas administrativas (custo-efetividade) até medidas mais subjetivas que procuram abarcar a diversidade do objeto de estudo- o paciente, o médico e a relação estabelecida por ambos. Este trabalho tem como objetivo, investigar os conceitos e objetivos subjacentes à organização dos programas assistenciais em interconsulta psiquiátrica, bem como avaliar a consecução destes na estruturação, procedimentos e resultados. Foi feita uma avaliação onde procurou-se estabelecer os principais critérios operacionais onde se assentam os programas assistenciais da interconsulta psiquátrica, em quatro centros universitários do Estado de São Paulo. Foi feiro ainda, um estudo do serviço de interconsulta psiquiátrica da UNIFESP-EPM, avaliando a consciência do uso dos referenciais teóricos e objetivos dentro da prática clínica. Os programas assistenciais em interconsulta psiquiátrica pesquisados organizam-se, segundo as teorias propostas por Z.J. Lipowsky e I.L. Luchina, em: 1. aqueles com foco no paciente; 2. foco no médico;3.foco na situação. Essas três propostas engendram três produtos básicos que são ofertados pelos serviços de interconsulta psiquiátrica: a assistência psiquiátrica/psicológica ao paciente, a assistência à relação médico-paciente e a assistência educacional. Os resultados do serviço de interconsulta psiquiátrica da UNIFESP-EPM refletem distorções produzidas pela junção das concepções de consultoria e de ligação. Estas distorções trazem para a operacionalização da assistência um investimento maciço em produtos mais dirigidos ao médico do que ao paciente, o que não corresponde à expectativa deste usuários. Existe uma necessidade de conhecimento mais aprofundado dos elementos subjacentos à composição dos serviços. O alcance das intervenções em interconsulta psiquiátrica são minimizadas pelo desconhecimento da missão destes serviçoa, aliado ao pouco conhecimento de seus produtos e o distanciamento da demanda do usuário.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 1998. 137 p.