PPG - Neurologia - Neurociências

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 5 de 719
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Caracterização do perfil metabólico do roedor Proechimys sp. submetido a um modelo de doença de Parkinson induzida pela 6-hidroxidopamina
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-08) Cardillo, Giancarlo de Mattos [UNIFESP]; Scorza, Fulvio Alexandre [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3665794780601169; http://lattes.cnpq.br/3570071135079525
    Introdução: A doença de Parkinson é uma das mais frequentes doenças neurodegenerativas em seres humanos. Ela é caracterizada por tremores, acinesia, rigidez muscular e perda de reflexo postural, causados pela perda de neurônios dopaminérgicos na substantia nigra, processo que está intimamente relacionado ao aumento de estresse oxidativo na região. O Proechimys sp. é um roedor amazônico de grande potencial no campo da neurociência, apresentando resistência a tratamentos epileptogênicos, citoarquitetura hipocampal diferenciada e resistência à indução de morte dopaminérgica induzida pela 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Métodos que exploram de forma ampla o perfil fisiológico ou em um contexto patológico são essenciais para a caracterização do modelo, bem como encontrar possíveis alvos terapêuticos. Entre esses métodos destaca-se a metabolômica, que fornece informações do estado de funcionamento metabólico dos sistemas biológicos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil metabólico do roedor Proechimys sp. frente ao modelo de morte dopaminérgica induzido pela 6-OHDA. Métodos: 6-OHDA foi administrada intracerebralmente no estriado de roedores Proechimys sp. para acessar o perfil de concentração de metabólitos no estriado, córtex frontal, hipocampo e cerebelo 40 dias após a administração da droga, sendo o grupo controle composto por roedores que receberam soro fisiológico intracerebralmente, pela mesma metodologia. Resultados: A análise metabolômica apontou significantes alterações nas concentrações de metabólitos no estriado e córtex frontal nos animais que receberam 6-OHDA, com destaque para cisteína, glicose-6-fosfato, mio-inositol e glicerol-3-fosfato mostrando impactos em vias metabólicas associadas principalmente ao metabolismo da glicose e resposta à geração de espécies reativas de oxigênio. Conclusões: Nossos dados apontam um quadro metabólico alterado nos animais que receberam 6-OHDA, sugerindo um aumento no nível de estresse oxidativo e alterações no metabolismo fisiológico associado à glicose, semelhantes aos observados em pacientes com doença de Parkinson, suplantando a aparente resistência aguda indicada previamente no Proechimys sp. As vias impactadas, além de corroborarem a literatura, indicam potenciais alvos terapêuticos a serem explorados e a relevância do Proechimys sp. como modelo animal para esses estudos.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Efeito das intervenções educativas para cuidadores familiares de pacientes com demência
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-22) Montiel Aponte, Mariel Carolina [UNIFESP]; Bertolucci, Paulo Henrique Ferreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0536597854124056; http://lattes.cnpq.br/4500227770456650
    Introdução e Objetivos: A doença de Alzheimer é o principal tipo de demência em todo o mundo, embora existam outros tipos de demência dos quais a população, de maneira geral, não tem conhecimento. Os cuidadores familiares não profissionais (cônjuges, filhas, filhos, amigos próximos) desempenham um papel importante, prestando apoio e assistência às pessoas que vivem com demência para que possam continuar a viver com qualidade e dignidade. Porém, alguns estudos relatam que estes cuidadores não estão preparados para tal função, e isso pode estar relacionado ao estresse, transtornos de humor e sentimentos negativos. A capacidade de lidar com uma pessoa que vive com demência parece melhorar quando o cuidador recebe apoio profissional. O objetivo deste estudo foi determinar o efeito de intervenções educativas sobre o conhecimento em demências e sobre os aspectos negativos relacionados ao cuidado em demência, a través da aplicação de duas modalidades de intervenção educativa para cuidadores familiares não profissionais, sob o título de “Curso Básico de Demência”. Métodos: Duas intervenções foram realizadas durante quatro semanas: (1) reuniões educativas presenciais e (2) um grupo de bate-papo online no WhatsApp® com informações educativas postadas regularmente sobre o cuidado em demências, ambas estratégias com conteúdo semelhante. Os participantes foram cuidadores familiares não profissionais, sendo um estudo experimental, prospectivo e longitudinal. Um total de 36 participantes foram alocados, conforme disponibilidade, em um dos três grupos: Grupo 1 (n=10), intervenção educativa tradicional presencial; Grupo 2 (n=12), intervenção educativa online (assíncrona); e Grupo 3 (n=14) que foi o grupo controle. Todos responderam ao questionário de memória e envelhecimento (QME) e à versão de 7 itens do questionário de sobrecarga do cuidador (Zarit Burden Interview 7 items, ZBI-7), em dois momentos: antes e imediatamente após as intervenções. Para o acompanhamento, seis meses após as intervenções, os participantes responderam ao ZBI-7 e a um questionário qualitativo relacionado ao cuidado da demência. Resultados: Os participantes das modalidades presencial e online do curso melhoraram os escores do QME na avaliação imediata pós-intervenção, porém não houve diferença no ZBI-7 em nenhum dos momentos. Contudo, na avaliação de seguimento, o questionário qualitativo mostrou melhora em aspectos do cuidado, como comunicação e comportamento. Conclusão: Esta pesquisa mostra que as intervenções educativas propostas foram um bom recurso, melhorando a compreensão e o conhecimento sobre a demência entre os cuidadores familiares testados, com impacto positivo complementar em alguns aspectos do cuidado. Ainda há necessidade de planejar estratégias personalizadas para focar na melhoria do impacto negativo nos cuidadores familiares. Embora a sobrecarga do cuidador possa estar associada a fatores como apoio social global, a pesquisa abre discussão para melhorias em aspectos controláveis ​​para um cuidado mais assertivo.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Efeito do exercício físico resistido como tratamento na fase inicial e avançada da doença de Alzheimer
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-15) Silva, Eduardo Alves da [UNIFESP]; Arida, Ricardo Mario [UNIFESP]; Beatriz Monteiro, Longo [UNIFESP]; Jean, Faber Ferreira de Abreu [UNIFESP]; Jansen, Fernandes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0245964878412260; http://lattes.cnpq.br/7024428296425939; http://lattes.cnpq.br/4642635326690949; http://lattes.cnpq.br/8352745170435172; http://lattes.cnpq.br/4169664125793140
    A doença de Alzheimer (DA) representa uma condição neurodegenerativa que impacta funções relacionadas à memória e cognição, com prevalência maior em mulheres. As principais áreas afetadas incluem o hipocampo e o córtex pré-frontal, onde ocorre produção de beta amiloide (βA). Dada a presença de déficits cognitivos significativos e a falta de um tratamento totalmente eficaz para a DA, a atividade física regular tem se destacado como uma abordagem complementar para prevenir ou retardar a progressão da doença. Apesar de diversos estudos em humanos e animais indicarem que o exercício aeróbio induz alterações substanciais no cérebro, o impacto do exercício físico resistido (ER) na DA ainda não está completamente esclarecido. Objetivo: O propósito deste estudo foi verificar as alterações comportamentais e moleculares induzidas pelo ER em camundongos fêmea transgênicos para a DA na fase inicial e avançada da doença. Material e Métodos: Foram utilizados camundongos fêmea, distribuídos em 8 grupos: Controle/Controle, Controle/Exercício Alzheimer/Controle (sem treinamento) e Alzheimer/Exercício adultos e idosos submetidos a protocolo de treinamento resistido por quatro semanas. A mobilidade foi avaliada pelo teste de campo aberto, o comportamento do tipo ansioso foi realizado pelo o teste de labirinto em cruz elevado. A memória de longo prazo (MLP) foi avaliada pela tarefa de reconhecimento de objetos e esquiva inibitória. O comportamento do tipo depressivo foi avaliado pelo teste de suspensão pela cauda. A quantificação de peptídeos βA no hipocampo e de citocinas circulantes foi realizada pela técnica de ELISA. Resultados: Nossos resultados mostraram que houve aumento progressivo na força de ambos grupos treinados nas diferentes idades. O genótipo e o exercício aumentaram a ambulação dos animais adultos e dos animais idosos com DA. O ER reverteu o déficit de memória observado nos animais adultos com DA, entretanto, esse resultado não ocorreu nos animais idosos. O ER nos animais adultos produziu uma resposta adaptativa ao estresse ou uma maior disposição para investigar ambientes confinados e nos animais idosos, o ER reverteu o comportamento tipo ansioso observado nos animais com DA. O comportamento do tipo deprimido observados em animais adultos e idosos com DA foi revertido pelo programa de ER. O ER reduziu os peptídeos βA somente nos animais adultos com DA. O ER não teve um impacto notável na memória aversiva nos animais adultos e idosos. Conclusão: Na fase inicial da DA, o ER reduziu a produção de peptídeos βA e a expressão de TNF-α, IL-6, IL-10 e IL1-α. Além disso, o ER reverteu o déficit de memória, e reverteu o quadro de depressão. Nos animais na fase avançada, o ER não apresentou redução dos níveis de βA e não reverteu o déficit de memória, indicando que seu efeito é mais limitado. No entanto, o ER mostrou-se eficaz na redução da ansiedade e do comportamento do tipo depressivo.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Estudo clínico, de neuroimagem e molecular das síndromes de neurodegeneração com acúmulo cerebral de ferro
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-04-01) Salomão, Rubens Paulo Araujo [UNIFESP]; Pedroso, José Luiz [UNIFESP]; Barsottini, Orlando Graziani Povoas [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0768140730368272; http://lattes.cnpq.br/9366916338480574; https://lattes.cnpq.br/6341261320182517
    INTRODUÇÃO: A neurodegeneração com acúmulo cerebral de ferro (NBIA), do inglês neurodegeneration with brain iron accumulation, refere-se a um grupo de doenças raras, cuja característica principal é o acúmulo cerebral de ferro com predomínio na região dos gânglios da base. O quadro clínico da NBIA é heterogêneo e caracterizado por uma combinação de sinais e sintomas, como transtorno de movimento, disfunção cognitiva, sinais piramidais, alterações psiquiátricas e anormalidades oftalmológicas. Existem 10 genes classicamente relacionados à NBIA, que incluem: PANK2, PLA2G6, C19orf12, FA2H, COASY, ATP13A2, DCAF17, CP, FTL e WDR45. Devido ao sequenciamento de última geração, novos genes relacionados às NBIAs têm sido descritos. OBJETIVOS: Avaliar e descrever os aspectos clínicos, as características de neuroimagem e a investigação genética de pacientes com suspeita de NBIA, os quais foram selecionados por exames de imagem de crânio, que apresentavam acúmulo cerebral de ferro e por exame neurológico, que apresentavam quadro clínico característico de NBIA. Como objetivo secundário, propõe-se um guia de orientação diagnóstica para pacientes com suspeita de NBIA. METODOLOGIA: Foram avaliados 24 pacientes com acúmulo de ferro em exame neuroimagem e com quadro clínico compatível com o espectro de doenças NBIAs, os quais não eram explicados por outras etiologias. Os pacientes foram submetidos à avaliação neurológica, ao estudo de neuroimagem e à investigação genética. Com base em dados do estudo e revisão da literatura, foi proposto um guia de orientação diagnóstica para pacientes com NBIA. RESULTADOS: O estudo apresentou aspectos clínicos, de neuroimagem e genéticos de 24 pacientes com suspeita de NBIA, dos quais 14 deles tiveram o diagnóstico de NBIA confirmado. Em 2 pacientes, foi detectado mutação nos genes TIMM8A e KMT2A, os quais não pertecem ao espectro de doenças classificadas como NBIA. Oito pacientes realizaram pesquisa dos genes PANK2, PLA2G6 e C19orf12 e não obtiveram resultado para mutação nesses genes, permanecendo em investigação. Foi proposta uma orientação diagnóstica em pacientes com suspeita de NBIA relacionando o exame neurológico e estudo de ressonância magnética de crânio. CONCLUSÕES: A descrição das características fenotípicas, de neuroimagem e genéticas dos pacientes do estudo proporcionou maior compreensão das NBIAs em pacientes brasileiros. Um guia de orientação para pacientes com suspeita diagnóstica de NBIA foi proposto.
  • Item
    Acesso aberto (Open Access)
    Correlação entre a área da craniectomia descompressiva e o prognóstico em pacientes com acidente vascular cerebral maligno de artéria cerebral média
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-18) Rodrigues, Thiago Pereira [UNIFESP]; Centeno, Ricardo Silva [UNIFESP]; Chaddad-Neto, Feres Eduardo Aparecido; http://lattes.cnpq.br/9356651929657562; http://lattes.cnpq.br/9709796351055284; http://lattes.cnpq.br/0763428294253292
    Introdução: No Brasil, as doenças cerebrovasculares, que englobam os acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquêmicos, são uma importante causa de morbimortalidade. O chamado AVC maligno de artéria cerebral média ocorre quando uma grande quantidade de tecido cerebral, que inclui o território de irrigação da artéria cerebral média, é acometida. O infarto neste território, associado ao edema cerebral secundário à isquemia de grandes territórios cerebrais, leva a uma síndrome caracterizada por início súbito de hemiplegia contralateral ao lado acometido, com desvio conjugado do olhar direcionado ao lado da lesão cerebral. Estes pacientes evoluem, do segundo ao quinto dia, com progressivo rebaixamento do nível de consciência, que resulta em morte cerebral. Nestes casos, a craniectomia descompressiva (CD) pode melhorar o prognóstico. O tamanho da descompressão craniana, que é o pilar do procedimento de craniectomia descompressiva, vem sendo avaliado na literatura através de mensurações que não levam em consideração o formato, relevo tridimensional e o tamanho do crânio do indivíduo em questão. Objetivo: Quantificar de forma mais precisa a área do crânio removida durante a craniectomia descompressiva para tratamento de AVC maligno de artéria cerebral média, e avaliar a correlação desta área com o prognóstico. Métodos: Avaliamos uma série consecutiva de pacientes com AVC maligno de artéria cerebral média submetidos à CD. Descrevemos um método, baseado num programa de computação gráfica aberto, para cálculo preciso da área da craniectomia e consideramos a máxima área do hemicrânio supratentorial para criar o índice de descompressão craniana (IDC). Analisamos a associação do IDC e de outros fatores preditores previamente descritos com o prognóstico. Resultados: Incluímos no estudo 45 pacientes, que foram submetidos à CD para tratamento de AVC maligno de artéria cerebral média, entre 2015 e 2020. Identificamos 3 possíveis preditores: Idade, tempo entre o início dos sintomas e a CD e o IDC. Conclusões: Em nossa série de pacientes com AVC maligno de artéria cerebral média submetidos à craniectomia descompressiva, a relação entre a área da craniectomia e a máxima área teórica do hemicrânio supratentorial (IDC) foi associada ao prognóstico. Outros preditores foram: idade, tempo entre o início dos sintomas e a craniectomia descompressiva. Estudos prospectivos são necessários para confirmar estes achados e avaliar a causalidade entre os preditores descritos e o desfecho.