PPG - Neurologia - Neurociências

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    Acesso aberto (Open Access)
    Uso de levetiracetam na profilaxia de crises epilépticas em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-08) Aragão, Marcelo de Melo [UNIFESP]; Rodrigues, Marcelo Masruha [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6440065539616739; http://lattes.cnpq.br/1422189167730823
    Objetivo: avaliar a eficácia do levetiracetam oral como profilático de crises epilépticas em crianças e adolescentes submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas que receberam bussulfano no regime de condicionamento, e comparar a frequência de reações adversas graves, interação farmacocinética com o bussulfano, tempo de uso e custo do fármaco anticrise em relação à fenitoína. Método: este ensaio clínico aberto com controle histórico foi desenvolvido na Enfermaria de Transplante de Medula Óssea do IOP/GRAACC. Foram incluídos crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos que utilizaram bussulfano no condicionamento para o transplante. Os pacientes que utilizaram levetiracetam foram avaliados prospectivamente no período entre abril de 2019 e julho de 2022. Como grupo de controle histórico foram incluídos os últimos pacientes que utilizaram fenitoína oral entre 2017 e o início deste estudo. Resultados: nenhum paciente em ambos os grupos apresentou crise epiléptica ou reações adversas graves que levaram à modificação do fármaco anticrise. A duração da profilaxia e o custo da mesma foi menor nos pacientes que utilizaram levetiracetam. Houve diferença entre os grupos na farmacocinética do bussulfano nas doses de 3,2 mg/kg e 3,8 mg/kg, cuja área sob a curva da concentração ao longo do tempo foi maior no grupo que utilizou levetiracetam. Conclusões: o levetiracetam oral é eficaz e seguro na profilaxia de crises epilépticas induzidas pelo bussulfano. Seu uso está associado e menor custo e duração da terapia, e, provavelmente, menor interação com o bussulfano.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Análise da associação entre cognição e modificações microestruturais da substância branca em pacientes com malformação arteriovenosa cerebral
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-23) Nascimento, Victor Santos [UNIFESP]; Chaddad Neto, Feres Eduardo Aparecido [UNIFESP]; Coelho, Daniela de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3251530625558141; http://lattes.cnpq.br/9356651929657562; http://lattes.cnpq.br/4402845367157200
    Introdução: A Malformação Arteriovenosa Cerebral (MAV), é uma doença cerebrovascular congênita, caracterizada por um enovelado de vasos sem a presença de capilares e apresenta veia de drenagem precoce. A conexão direta submete a veia ao mesmo sistema pressórico das artérias, propiciando o rompimento. Mesmo antes do rompimento, pacientes podem apresentam sintomas como cefaleia, crise epiléptica, déficit neurológico focal e déficit de alguma função cognitiva. Além disso, há evidências iniciais de que a MAV é capaz de produzir uma reorganização da microestrutura da substância branca. Objetivo: Investigar a relação entre alterações microestruturais da substância branca cerebral e alterações cognitivas em pacientes com malformação arteriovenosa cerebral. Métodos: Este trabalho possui natureza exploratória, com abordagem transversal retrospectivo. Coletamos dados de 2020 a 2023. Optamos por utilizar uma amostra não probabilística por conveniência. Para coletar os dados cognitivos, foram utilizadas informações de prontuário e relatório de avaliação neuropsicológica. Já para investigar a integridade da substância branca, utilizamos a tractografia probabilística com a técnica de deconvolução esférica restrita. Ao aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram aceitos 22 pacientes. Resultados: Ao investigar aspectos cognitivos, 19 (86,4%) apresentaram déficit cognitivo em algum dos domínios avaliados. Encontramos alterações na anisotropia fracionada, em sua maioria de forma contralateral a lesão e em alguns casos no mesmo hemisfério lesionado. Já na métrica de difusividade média, a maioria das alterações estavam no mesmo lado da lesão. Aspectos cognitivos foram correlacionados negativamente com alterações na anisotropia fracionada e na difusividade média em sua maioria no hemisfério contralateral à lesão e em alguns casos no mesmo hemisfério. Conclusões: Encontramos evidências de que a MAV está relacionada às alterações estruturais que refletem na difusividade média da substância branca. Além disso, também foi possível observar uma reorganização estrutural que provavelmente está associada à doença.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Aspectos de saúde de pacientes sobreviventes da poliomielite durante a pandemia por Covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-05) Nogueira, Jeyce Adrielly André [UNIFESP]; Oliveira, Acary Souza Bulle [UNIFESP]; Motta, Monalisa Pereira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3188750493494593; http://lattes.cnpq.br/3911841387107665; http://lattes.cnpq.br/8503675404247825
    Objetivo: Avaliar os aspectos relacionados à saúde mental e física de pacientes com sequela de Poliomielite Anterior Aguda (PAA), diagnosticado com Síndrome Pós Poliomielite (SPP) e em investigação diagnóstica durante a pandemia por Covid-19. Método: Foi realizada uma pesquisa epidemiológica do tipo observacional com pacientes com sequelas de PAA e SPP através de questionário online executado na plataforma de formulários do Google. O link foi compartilhado por mídias sociais e pelo site da Associação G-14 de apoio aos pacientes com PAA e SPP. No questionário foram abordadas questões epidemiológicas, de saúde física e mental. A análise descritiva foi feita através do cálculo das frequências absolutas (n) e relativas (%). O teste Qui-quadrado foi utilizado para comparação entre os grupos estudados. Resultados: Foram obtidas 383 respostas, os participantes foram divididos em três grupos: GP (grupo com sequela de poliomielite) – 141 (36,8%); GSPP (grupo diagnosticado com SPP) – 193 (50,4%) e GSPPi (grupo de pessoas que estavam em investigação de SPP) – 49 (12,8%). O sexo feminino, faixa etária de 50 a 59 anos e Ensino Superior Completo foram mais prevalentes em todos os grupos. Cerca de 61,7% do GSPP relataram estar desempregados apresentando diferença estatisticamente significante entre os grupos: GP (41,8%) e GSPPi (34,7%). Foi observada maior prevalência do GSPP entre os pacientes que fazem acompanhamento em centro especializado (p<0,001). O acometimento mais encontrado foi a monoparesia no GP e GSPPi, no GSPP a tetraparesia foi mais relatada. A maioria dos participantes é deambulante (83,6%) independente do grupo a que pertence. Foi observada maior frequência de uso da cadeira de rodas no GSPP (33,7%; p=0,013). A falta de ar foi apontada por 50,8% do GP e 53,1% do GSPPi. Com relação às modificações nos aspectos mentais durante a pandemia, os participantes relataram: estar mais ansiosos e estressados durante a pandemia – GP 36,4%, GSPP 43,5% e GSPPi 42,9% (p=0,358); sentimento de maior vulnerabilidade do que outras pessoas devido à condição física – GP 37,1%, GSPP 46,6% e GSPPi 40,8% (p=0,285); dificuldade em relaxar GP 26,4%, GSPP 36,3% e GSPPi 40,8% (p=0,073); estar se sentindo mais produtivo no trabalho – GP 14,3%, GSPP 4,1% e GSPPi 6,1% (p=0,009). Com relação às modificações nos aspectos físicos durante a pandemia, os participantes relataram: aumento da fadiga/ cansaço – GP 32,6%, GSPP 45,6% e GSPPi 46,9% (p=0,039); piora da fraqueza – GP 24,1%, GSPP 42%, GSPPi 42,9% (p=0,002); aumento no número de quedas – GP 7,8%, GSPP 14%, GSPPi 22,4% (p=0,024); maior dificuldade na realização das tarefas de casa e de autocuidado – GP 21,3%, GSPP 30,1% e GSPPi 36,7% (p=0,066). Conclusão: Foi observado um acometimento mais grave assim como maior impacto à saúde mental nos pacientes diagnosticados com SPP. O grupo em investigação diagnóstica apresentou semelhança clínica com o GSPP, entretanto relataram mais relatos de quedas, cãibras, dificuldade na realização de atividades diárias e queixa de falta de ar. Este fato aponta a vulnerabilidade a qual este grupo está exposto e reforça a importância do diagnóstico precoce e cuidado adequado a fim de prevenir complicações e, de certa forma, retardar o processo de perda funcional decorrente da evolução da doença.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Desfechos cognitivos de pacientes com malformação arteriovenosa cerebral submetidos à microcirurgia
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-07) Coelho, Daniela de Souza [UNIFESP]; Chaddad Neto, Feres Eduardo Aparecido [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9356651929657562; http://lattes.cnpq.br/3251530625558141
    A Malformação Arteriovenosa Cerebral (MAVc), é uma doença cerebrovascular de origem congênita caracterizada por uma comunicação anormal entre artérias e veias, sem a interposição de capilares, que se caracteriza por uma veia de drenagem precoce. Sua prevalência estimada é de aproximadamente 50 casos para cada 100.000 pessoas. Algumas escalas foram desenvolvidas para prever o desfecho do tratamento. Contudo, por se tratar de uma doença rara, a literatura científica é incipiente no que tange aos aspectos cognitivos destes pacientes. Objetivo: Descrever os desfechos neuropsicológicos de pacientes submetidos à microcirurgia para exérese de MAVc com ou sem embolização prévia considerando a forma de apresentação, rota ou não rota, grau na escala da escala de Spetzler e Martin, e topografia neuroanatomica, comparando os resultados pré e após 6 meses da microcirurgia. Métodologia: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, com uma amostra por conveniência com 154 pacientes, no qual foram descritos os domínios cognitivos de pacientes operados entre janeiro de 2018 a janeiro de 2023. Para quantificar os aspectos cognitivos, foram utilizados dados da testagem operacional padrão das instituições participantes, que incluiu anamnese e o instrumento de avaliação neuropsicológica breve – Neupsilin, que avalia oito domínios cognitivos: orientação, atenção, percepção visual, memória, habilidades aritméticas, linguagem, e funções executivas, por meio de 32 subtestes. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram considerados 40 casos operados. Os resultados da avaliação indicaram que não houve diferença estatisticamente significativa. Por meio da análise da frequência de déficits constatou-se que trinta e um pacientes (77,5%) apresentaram escore Z caracterizados como déficit, abaixo da amostra normativa para pessoas com a mesma faixa etária e escolaridade, em pelo menos um dos oito domínios cognitivos testados. Após o tratamento microcirúrgico, trinta pacientes (75%) continuaram com déficit, de pelo menos um desvio padrão (-1 DP). A mesma análise da frequência de déficits identificou uma melhora no domínio das funções executivas nos casos de MAVc frontais. Conclusão: Os dados obtidos demonstraram que a microcirurgia não melhorou ou piorou a maioria das funções cognitivas, mesmo em áreas consideradas eloquentes. Se faz necessário mais estudos para generalizações e otimização do tratamento de pessoas com MAVc.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Estudo das alterações morfofisiológicas no hipocampo de ratos idosos submetidos a um programa de exercício físico aeróbico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-14) Rocha, Paulo Ricardo [UNIFESP]; Arida, Ricardo Mario [UNIFESP]; Gutierre, Robson Campos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3048510516924444; http://lattes.cnpq.br/8352745170435172; http://lattes.cnpq.br/9261559782100184
    Objetivo: Este estudo visa investigar as alterações morfofisiológicas do hipocampo de ratos idosos, envelhecidos naturalmente, divididos em dois grupos: sedentários e submetidos a um programa de exercício físico aeróbico. Métodos: Foram utilizados dez ratos Wistar com 18 meses de idade, cinco controles sedentários e cinco que realizaram treinamento físico em esteira por oito semanas. Após a eutanásia e obtenção das amostras de hipocampo, foram preparadas lâminas para análise histológica. Dez lâminas selecionadas por sorteio foram submetidas a três métodos histoquímicos – azul da Prússia de Perls, impregnação argêntica de Gallyas­Braak e Congo Red, para quantificação, através do método estereológico, da densidade numérica de neurônios piramidais, neurônios granulares, oligodendrócitos e micróglia (pelo fracionador óptico) e do volume de placas senis compostas pelo peptídeo beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares constituídos por proteína tau hiperfosforilada (pelo método de Cavalieri). A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student e da correlação de Pearson. Resultados: A avaliação da diferença entre as médias de número de células e volume de substâncias demonstrou que o grupo exercício apresentou maior número de neurônios piramidais (p = 0,006), neurônios granulares (p =0,003) e oligodendrócitos (p = 0,034) saudáveis em relação ao grupo controle. Ainda, houve diminuição do número de neurônios com a presença de emaranhados neurofibrilares (p = 0,001) e do volume de placas amiloide (p = 0,001), bem como de oligodendrócitos degenerados (p = 0,003) e micróglia fagocitária (p = 0,039). Das correlações, destaca­se a correlação forte e positiva entre os números de neurônios piramidais e granulares normais em ambos os grupos e a correlação forte e positiva entre o número de neurônios granulares afetados por p­tau e micróglia fagocitária no grupo controle. Houve, também, correlação forte e negativa entre o número oligodendrócitos senescentes e volume de emaranhados neurofibrilares no grupo exercício e correlação forte e negativa entre o número oligodendrócitos senescentes e volume de placas senis no grupo controle. Conclusões: Esses achados demonstram o efeito neuroprotetor exercido pela atividade física de intensidade moderada no que diz respeito à degeneração morfofisiológica do hipocampo relacionada ao envelhecimento. A observação integrada dos principais marcadores de neurodegeneração, do acúmulo de ferro e da atividade microglial fornece um panorama geral do comportamento do hipocampo em resposta à intervenção realizada.