PPG - Neurologia - Neurociências

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    Aspectos de saúde de pacientes sobreviventes da poliomielite durante a pandemia por Covid-19
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-05) Nogueira, Jeyce Adrielly André [UNIFESP]; Oliveira, Acary Souza Bulle [UNIFESP]; Motta, Monalisa Pereira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3188750493494593; http://lattes.cnpq.br/3911841387107665; http://lattes.cnpq.br/8503675404247825
    Objetivo: Avaliar os aspectos relacionados à saúde mental e física de pacientes com sequela de Poliomielite Anterior Aguda (PAA), diagnosticado com Síndrome Pós Poliomielite (SPP) e em investigação diagnóstica durante a pandemia por Covid-19. Método: Foi realizada uma pesquisa epidemiológica do tipo observacional com pacientes com sequelas de PAA e SPP através de questionário online executado na plataforma de formulários do Google. O link foi compartilhado por mídias sociais e pelo site da Associação G-14 de apoio aos pacientes com PAA e SPP. No questionário foram abordadas questões epidemiológicas, de saúde física e mental. A análise descritiva foi feita através do cálculo das frequências absolutas (n) e relativas (%). O teste Qui-quadrado foi utilizado para comparação entre os grupos estudados. Resultados: Foram obtidas 383 respostas, os participantes foram divididos em três grupos: GP (grupo com sequela de poliomielite) – 141 (36,8%); GSPP (grupo diagnosticado com SPP) – 193 (50,4%) e GSPPi (grupo de pessoas que estavam em investigação de SPP) – 49 (12,8%). O sexo feminino, faixa etária de 50 a 59 anos e Ensino Superior Completo foram mais prevalentes em todos os grupos. Cerca de 61,7% do GSPP relataram estar desempregados apresentando diferença estatisticamente significante entre os grupos: GP (41,8%) e GSPPi (34,7%). Foi observada maior prevalência do GSPP entre os pacientes que fazem acompanhamento em centro especializado (p<0,001). O acometimento mais encontrado foi a monoparesia no GP e GSPPi, no GSPP a tetraparesia foi mais relatada. A maioria dos participantes é deambulante (83,6%) independente do grupo a que pertence. Foi observada maior frequência de uso da cadeira de rodas no GSPP (33,7%; p=0,013). A falta de ar foi apontada por 50,8% do GP e 53,1% do GSPPi. Com relação às modificações nos aspectos mentais durante a pandemia, os participantes relataram: estar mais ansiosos e estressados durante a pandemia – GP 36,4%, GSPP 43,5% e GSPPi 42,9% (p=0,358); sentimento de maior vulnerabilidade do que outras pessoas devido à condição física – GP 37,1%, GSPP 46,6% e GSPPi 40,8% (p=0,285); dificuldade em relaxar GP 26,4%, GSPP 36,3% e GSPPi 40,8% (p=0,073); estar se sentindo mais produtivo no trabalho – GP 14,3%, GSPP 4,1% e GSPPi 6,1% (p=0,009). Com relação às modificações nos aspectos físicos durante a pandemia, os participantes relataram: aumento da fadiga/ cansaço – GP 32,6%, GSPP 45,6% e GSPPi 46,9% (p=0,039); piora da fraqueza – GP 24,1%, GSPP 42%, GSPPi 42,9% (p=0,002); aumento no número de quedas – GP 7,8%, GSPP 14%, GSPPi 22,4% (p=0,024); maior dificuldade na realização das tarefas de casa e de autocuidado – GP 21,3%, GSPP 30,1% e GSPPi 36,7% (p=0,066). Conclusão: Foi observado um acometimento mais grave assim como maior impacto à saúde mental nos pacientes diagnosticados com SPP. O grupo em investigação diagnóstica apresentou semelhança clínica com o GSPP, entretanto relataram mais relatos de quedas, cãibras, dificuldade na realização de atividades diárias e queixa de falta de ar. Este fato aponta a vulnerabilidade a qual este grupo está exposto e reforça a importância do diagnóstico precoce e cuidado adequado a fim de prevenir complicações e, de certa forma, retardar o processo de perda funcional decorrente da evolução da doença.
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    Desfechos cognitivos de pacientes com malformação arteriovenosa cerebral submetidos à microcirurgia
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-07) Coelho, Daniela de Souza [UNIFESP]; Chaddad Neto, Feres Eduardo Aparecido [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9356651929657562; http://lattes.cnpq.br/3251530625558141
    A Malformação Arteriovenosa Cerebral (MAVc), é uma doença cerebrovascular de origem congênita caracterizada por uma comunicação anormal entre artérias e veias, sem a interposição de capilares, que se caracteriza por uma veia de drenagem precoce. Sua prevalência estimada é de aproximadamente 50 casos para cada 100.000 pessoas. Algumas escalas foram desenvolvidas para prever o desfecho do tratamento. Contudo, por se tratar de uma doença rara, a literatura científica é incipiente no que tange aos aspectos cognitivos destes pacientes. Objetivo: Descrever os desfechos neuropsicológicos de pacientes submetidos à microcirurgia para exérese de MAVc com ou sem embolização prévia considerando a forma de apresentação, rota ou não rota, grau na escala da escala de Spetzler e Martin, e topografia neuroanatomica, comparando os resultados pré e após 6 meses da microcirurgia. Métodologia: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, com uma amostra por conveniência com 154 pacientes, no qual foram descritos os domínios cognitivos de pacientes operados entre janeiro de 2018 a janeiro de 2023. Para quantificar os aspectos cognitivos, foram utilizados dados da testagem operacional padrão das instituições participantes, que incluiu anamnese e o instrumento de avaliação neuropsicológica breve – Neupsilin, que avalia oito domínios cognitivos: orientação, atenção, percepção visual, memória, habilidades aritméticas, linguagem, e funções executivas, por meio de 32 subtestes. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram considerados 40 casos operados. Os resultados da avaliação indicaram que não houve diferença estatisticamente significativa. Por meio da análise da frequência de déficits constatou-se que trinta e um pacientes (77,5%) apresentaram escore Z caracterizados como déficit, abaixo da amostra normativa para pessoas com a mesma faixa etária e escolaridade, em pelo menos um dos oito domínios cognitivos testados. Após o tratamento microcirúrgico, trinta pacientes (75%) continuaram com déficit, de pelo menos um desvio padrão (-1 DP). A mesma análise da frequência de déficits identificou uma melhora no domínio das funções executivas nos casos de MAVc frontais. Conclusão: Os dados obtidos demonstraram que a microcirurgia não melhorou ou piorou a maioria das funções cognitivas, mesmo em áreas consideradas eloquentes. Se faz necessário mais estudos para generalizações e otimização do tratamento de pessoas com MAVc.
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    Estudo das alterações morfofisiológicas no hipocampo de ratos idosos submetidos a um programa de exercício físico aeróbico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-14) Rocha, Paulo Ricardo [UNIFESP]; Arida, Ricardo Mario [UNIFESP]; Gutierre, Robson Campos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3048510516924444; http://lattes.cnpq.br/8352745170435172; http://lattes.cnpq.br/9261559782100184
    Objetivo: Este estudo visa investigar as alterações morfofisiológicas do hipocampo de ratos idosos, envelhecidos naturalmente, divididos em dois grupos: sedentários e submetidos a um programa de exercício físico aeróbico. Métodos: Foram utilizados dez ratos Wistar com 18 meses de idade, cinco controles sedentários e cinco que realizaram treinamento físico em esteira por oito semanas. Após a eutanásia e obtenção das amostras de hipocampo, foram preparadas lâminas para análise histológica. Dez lâminas selecionadas por sorteio foram submetidas a três métodos histoquímicos – azul da Prússia de Perls, impregnação argêntica de Gallyas­Braak e Congo Red, para quantificação, através do método estereológico, da densidade numérica de neurônios piramidais, neurônios granulares, oligodendrócitos e micróglia (pelo fracionador óptico) e do volume de placas senis compostas pelo peptídeo beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares constituídos por proteína tau hiperfosforilada (pelo método de Cavalieri). A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student e da correlação de Pearson. Resultados: A avaliação da diferença entre as médias de número de células e volume de substâncias demonstrou que o grupo exercício apresentou maior número de neurônios piramidais (p = 0,006), neurônios granulares (p =0,003) e oligodendrócitos (p = 0,034) saudáveis em relação ao grupo controle. Ainda, houve diminuição do número de neurônios com a presença de emaranhados neurofibrilares (p = 0,001) e do volume de placas amiloide (p = 0,001), bem como de oligodendrócitos degenerados (p = 0,003) e micróglia fagocitária (p = 0,039). Das correlações, destaca­se a correlação forte e positiva entre os números de neurônios piramidais e granulares normais em ambos os grupos e a correlação forte e positiva entre o número de neurônios granulares afetados por p­tau e micróglia fagocitária no grupo controle. Houve, também, correlação forte e negativa entre o número oligodendrócitos senescentes e volume de emaranhados neurofibrilares no grupo exercício e correlação forte e negativa entre o número oligodendrócitos senescentes e volume de placas senis no grupo controle. Conclusões: Esses achados demonstram o efeito neuroprotetor exercido pela atividade física de intensidade moderada no que diz respeito à degeneração morfofisiológica do hipocampo relacionada ao envelhecimento. A observação integrada dos principais marcadores de neurodegeneração, do acúmulo de ferro e da atividade microglial fornece um panorama geral do comportamento do hipocampo em resposta à intervenção realizada.
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    Análise da cirurgia reparadora da encefalocele occipital: fetal versus pós-natal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-19) Nicacio, Jardel Mendonça [UNIFESP]; Cavalheiro, Sergio [UNIFESP]; Costa, Marcos Devanir Silva da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7948587682857585; http://lattes.cnpq.br/2579601954596213; http://lattes.cnpq.br/4749435307743327
    Objetivos: Analisar a evolução clínica e o desenvolvimento neuro-psico-motor nos pacientes submetidos à correção precoce da encefalocele occipital na vida intrauterina e comparar os resultados encontrados com os pacientes submetidos à cirurgia pós-natal. Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, os registros dos pacientes com diagnóstico de encefalocele occipital operados no período pós-natal e os pacientes operados no período fetal entre 19 e 27 semanas. Todos os casos foram diagnosticados, avaliados e acompanhados pelo mesmo serviço de ultrassonografia obstétrica (USGO) entre julho de 2012 a julho de 2018. Vinte e dois pacientes foram selecionados para este estudo e separados em dois grupos, Grupo Fetal e Grupo Pós-Natal. Os critérios de inclusão no Grupo Fetal foram gravidez única, idade gestacional entre 19 e 27 semanas, cariótipo normal, idade materna a partir de 18 anos, a microcefalia progressiva documentada pela USGO, presença de encefalocele occipital com volume maior que 10 ml e conteúdo do saco herniário predominantemente cístico (80% ou mais de conteúdo líquido). Os principais critérios de exclusão foram as anomalias fetais não associadas com a encefalocele occipital, cromossomopatias, parênquima encefálico extruso correspondendo a mais de 20% do conteúdo herniado, presença de tronco encefálico na encefalocele, seio venoso na encefalocele e volume do saco herniário menor que 10ml e sem progressão para microcefalia além das encefaloceles atrésicas. Todos os participantes deste estudo foram submetidos à criteriosa avaliação do desenvolvimento por meio da Escala de Bayley-II até os 2 anos e 11 meses de vida. Com esta ferramenta avaliamos as competências e habilidades das crianças operadas nos dois grupos nas seguintes áreas: cognição, linguagem, desenvolvimento motor, desenvolvimento sócioemocional e comportamento adaptativo. Além disto, foram analisados a evolução do PC no primeiro ano de vida nos grupos fetal e pós-natal e realizado estudo comparativo entre os grupos utilizando-se testes estatísticos apropriados. Resultados: No Grupo Fetal, um caso evoluiu com descolamento prematuro de placenta, sendo retirado do estudo e totalizando nove pacientes. No Grupo PósNatal, dois pacientes foram descartados por apresentarem diagnóstico de Síndrome de Walker-Warburg e, no outro paciente, o feto tinha mais de 20% de parênquima encefálico herniado na encefalocele, totalizando 10 casos. A circunferência cefálica ajustada para a idade gestacional obtida por estatística de regressão não linear com ajuste de curva de platô exponencial, plotada com a mediana e os percentis 5 a 95 com base nas curvas de referência da circunferência cefálica fetal de Snijders e Nicolaides, mostrou uma tendência a reversão da microcefalia progressiva após a correção das encefaloceles do Grupo Fetal. Após a análise do Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor (DNPM) utilizando a BSID-II, para todos os nove pacientes deste grupo, a mediana foi de 98.7, sendo que sete pacientes tiveram um escore maior que 90 pontos e dois pacientes apresentaram escore abaixo de 50 pontos. Um dos casos com escore baixo indicando um grave atraso do desenvolvimento tratou-se do doente que recebeu o diagnóstico de Síndrome de Knobloch e o outro, seu exame de Ressonância Magnética do Encéfalo mostrou a presença de heterotopias e hipoplasia do vermis cerebelar. No Grupo Pós-Natal, a avaliação do DNPM por meio da BSID-II, variou entre 9 – 96.7 com uma mediana de 27.8. Encontramos uma diferença estatisticamente significante na mediana do BSIDII entre os Grupo Pós-Natal (27.8) e Grupo Fetal (98.7) com p=0,007. A análise comparativa do PC nos primeiros 12 meses de vida pós-natal no GF e GPN mostrou uma diferença estatisticamente significante (p<0,001), mantendo-se nos limites da normalidade e microcefálico respectivamente. Conclusão: Há uma evidente superioridade no DNPM demonstrado pela diferença no escore de Bayley II estatisticamente significante nos pacientes do GF quando comparados aos pacientes do GPN. Observamos uma relação direta entre a reversão da microcefalia e o desenvolvimento neuro-psico-motor satisfatório. Novos estudos precisam ser feitos afim de ratificar a eficácia da cirurgia fetal e trazer maior entendimento à sua fisiopatologia.
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    Estudo observacional de avaliação de habilidades funcionais e cognitivas e uso de dispositivos móveis em idosos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-22) Andrade, Alan Cronemberger [UNIFESP]; Bertolucci, Paulo Henrique Ferreira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0536597854124056; http://lattes.cnpq.br/4017732469148792
    Objetivo: A detecção das síndromes demenciais em tempo oportuno é um grande desafio. Portanto, são necessárias soluções tecnológicas simples e inovadoras que permitam otimizar a coleta sistemática de dados de funcionalidade e de cognição em adultos e idosos, inclusive usando sistemas digitais. Neste contexto, como parte do Projeto DigiTAU, o objetivo deste estudo foi avaliar como a mensuração de habilidades e proficiência no uso de aparelhos móveis digitais se relaciona com parâmetros cognitivos em nossa população adulta. Dada a alta taxa de utilização desses dispositivos e o potencial das informações que podem ser obtidas a partir dos dados capturados, foi planejado estudo piloto para avaliar essas relações usando novos instrumentos. Métodos: Uma amostra diversificada de 210 adultos jovens e idosos saudáveis, sem demência, foi avaliada no Ambulatório de Neurologia do Comportamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em um estudo transversal. A avaliação incluiu características demográficas, testes cognitivos, estado de saúde global, funcionalidade e habilidades motoras. Estes foram avaliados para posterior comparação com a proficiência no uso de dispositivos digitais (literacia digital). Resultados: Utilizando técnicas de design cognitivo, foram adaptados, validados ou desenvolvidos três testes de proficiência no uso de dispositivos digitais: um novo teste baseado em performance, o Teste de Habilidades Digitais (THD), e dois testes traduzidos baseados em questionários, o Questionário de Proficiência em Dispositivos Móveis (QPDM) e o Questionário de Proficiência em Computadores (QPC). Observaram-se correlações positivas entre o THD e o questionário autorrelatado QPDM, assim como entre teste de cognição global (Montreal Cognitive Assessment, MoCA) e o uso proficiente de tecnologias. Conclusão: Os dados obtidos no estudo fornecem dados novos e trazem métodos aperfeiçoados de avaliação de uso de dispositivos digitais. Os instrumentos demonstraram potencial e poderiam servir tanto como instrumentos de testagem direta quanto como ferramentas para a coleta de informações autorreferidas, especialmente como parâmetros metodológicos válidos para a avaliação da saúde cognitiva usando meios digitais. Palavras-chave (DeCS/MeSH): cognição, dispositivos móveis, design centrado no usuário, testes cognitivos, testes de estado mental e demência, pesquisa médica translacional, demência, neurologia, tablets, interface homem-computador, eSaúde.