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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação de DNA de toque depositado em tela de aparelho celular para finalidade forense
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-25) Kisberi, Juliany Barreto [UNIFESP]; Rave, Cintia Fridman; Iwamura, Edna Sadayo Miazato [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7497785333422804; http://lattes.cnpq.br/9452953927245233; http://lattes.cnpq.br/9637798948124056
    Os avanços na área forense permitiram o desenvolvimento de um novo método de análise, que consiste na obtenção de perfis genéticos de STR por meio do DNA depositado através do toque. A partir dos estudos do DNA de toque, foi identificada a existência de diversas variáveis associadas à sua deposição. Historicamente, associou-se o DNA de toque apenas à descamação das mãos, ignorando outras fontes como o sebo facial. Desse modo, esta pesquisa visa avaliar fatores (sebo, sexo e faixa etária) que podem influenciar a deposição de DNA de toque considerando a superfície de vidro das telas de aparelhos celulares. Para esse fim, foram selecionados quinze homens e quinze mulheres, os quais foram divididos em três faixas etárias (18-29 anos, 30-49 anos e ≥50 anos), excluindo-se aqueles com doenças dermatológicas que afetam as mãos ou a face, descamação frequente e fumantes. Os voluntários forneceram DNA de toque em dois dias de experimento, coletado por meio de swab duplo. No primeiro dia, foi testado o toque prévio a face (região sebácea) e, no segundo, a deposição do DNA endógeno das mãos (região não sebácea). Após a extração do DNA, foi realizada PCR (kit PowerPlex® ESI17 System, que contém 16 STR autossômicos e o marcador de sexo - amelogenina) e eletroforese capilar. Os perfis das amostras-referência (swab oral) foram comparados com os das amostras de touch DNA e foi calculada a porcentagem de alelos concordantes para cada indivíduo e quantidade de marcadores completos. Os resultados mostraram que o contato com região sebácea antes da deposição de DNA de toque em telas de aparelhos celulares contribui para a obtenção de percentuais de alelos concordantes maiores do que os obtidos por meio do DNA produzido pelas mãos (p=0,0021), assim como, permite a obtenção de perfis genéticos com melhor qualidade – parciais e completos – (p=0,047) e maior quantidade de perfis úteis para a identificação humana (p=0,0022), de acordo com os critérios estabelecidos pela Rede Integrada Brasileira de Perfis Genéticos (RIBPG). Ademais, destaca-se a ausência de significância estatística para a influência do sexo e faixa etária sobre os percentuais de alelos coincidentes obtidos ao considerar o sebo como origem do DNA de toque, bem como, quando foi considerado o DNA endógeno das mãos como fonte do material genético. Além disso, foi avaliada a influência dos fatores sexo e faixa etária sobre o tipo de perfil gerado (nulo, parcial e completo) e a utilidade na identificação humana, não havendo significância estatística para ambas as origens de DNA analisadas. Assim, os resultados obtidos mostraram a possibilidade de recuperar perfis genéticos a partir do DNA de toque depositado em telas de aparelhos celulares e a confirmação de que o contato com regiões sebáceas potencializa a qualidade dos perfis genéticos de STR autossômicos. Esse resultado é interessante para a área forense, indicando que em casos de impressões digitais pouco úteis para análises datiloscópicas, a coleta do DNA de toque consiste em alternativa viável, podendo gerar muitos perfis parciais e alguns perfis completos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Desenvolvimento pós-implantacional in vitro de embriões aneuploides humanos: avaliação da presença de vesículas extracelulares secretadas no meio de cultura
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Pereira, Nathami Crescenzo [UNIFESP]; Oyama, Ivone Cipriano [UNIFESP]; Erberelli, Renata Fabiane; Motta, Eduardo Leme Alves da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7532548942218501; http://lattes.cnpq.br/6388383479072134; http://lattes.cnpq.br/8800396373494149
    A maioria das aneuploidias estão associadas à erros cromossômicos que ocorrem durante a meiose em oócitos e em mulheres acima de 40 anos esses erros podem ocorrer com mais frequência. Entretanto, várias linhas de pesquisas consideram que a aneploidia é um fenômeno comum e não “permanente”, sugerindo que o embrião possui mecanismos para eliminar erros cromossômicos durante o processo de diferenciação promovendo uma autocorreção. Neste contexto, surgem as vesículas extracelulares secretadas no meio de cultivo de embriões aneuploides e sua carga de biomoléculas, como DNA e RNA, como possível atuante nos mecanismos de autocorreção embrionários. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de VEs no meio de cultura dos embriões e a sua carga de DNA em relação a capacidade de desenvolvimento embrionário e idade materna. Para isso, foram selecionados blastocistos aneuploides provenientes de dois grupos com diferentes idades: Grupo I, mulheres com ≤ 37 anos e Grupo II, mulheres com ≥ 38 anos. Os blastocistos foram descongelados e submetidos ao cultivo estendido na ausência de tecidos maternos, por até 12 dias. Amostras do meio de cultura de cada embrião foram coletadas para isolamento das VEs pelo método de (ultra) centrifugação diferencial. A técnica de Nanoparticle Tracking Analysis (NTA) foi utilizada para quantificar e identificar as VEs de acordo com o diâmetro, além da análise da presença do DNA por meio do corante fluorescente laranja de acridina (LA). Entretanto, não foram observadas diferenças entre os grupos estudados em relação a esses aspectos ou no conteúdo de DNA. As características morfológicas das VEs foram estudadas por microscopia eletrônica de transmissão, após contratação negativa. AS VEs apresentaram tanto formas arredondadas como ovaladas nas amostras de ambos os grupos.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Autofagia mediada pelo canabidiol em modelo de Doença de Parkinson em Caenorhabditis elegans
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-28) Kano, Rodrigo Issamu [UNIFESP]; Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]; Trindade, Claudia Bincoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/616900663495182; http://lattes.cnpq.br/7125107888186769; https://lattes.cnpq.br/8098981250558712
    O envelhecimento é o fator de risco primário para doenças neurodegenerativas como a Doença de Parkinson (DP). Muitos indivíduos acometidos pela DP recebem tratamento farmacológico paliativo que ajudam a controlar as manifestações clínicas da doença, porém, sem inibir sua progressão. Neste contexto, embora o canabidiol (CBD) tenha sido cada vez mais estudado na DP, devido a seus efeitos no sistema nervoso central e por apresentar efeitos neuroprotetores, o seu mecanismo de ação ainda não está totalmente elucidado. Muitas evidências apontaram para um papel do CDB na indução da autofagia em vários modelos celulares e animais. Sabe-se que a deficiência da autofagia leva ao acúmulo citosólico de agregados proteicos ubiquitinados, que são características importantes de processos neurodegenerativos, como os corpos de Lewis na DP, que são formados principalmente pela proteína α-sinucleína. Desta forma, o objetivo deste projeto foi estudar a ação do CBD em modelos in vivo da Doença de Parkinson, avaliando a modulação da termotolerância, o papel da autofagia e uma possível via de ação HLH-30/TFEB. Foram utilizados modelos de C. elegans transgênicos, para expressão de GFP::LGG-1 e GFP::HLH-30, para a avaliação das proteínas LC3 e TFEB, respectivamente. A microscopia de fluorescência foi utilizada para avaliar os efeitos do CBD na formação de pontuações e a translocação de HLH-30/TFEB para o núcleo para avaliar uma possível indução da autofagia através da ativação do HLH-30/TFEB após o tratamento de CBD. Verificou-se também a possível modulação do CBD na longevidade pelo ensaio de termotolerância em diferentes concentrações, CBD 0,1 µM, CBD 0,5 µM, CBD 1 µM, CBD 5 µM e CBD 100 µM. Os dados obtidos por microscopia de fluorescência sugeriram a ativação do fluxo autofágico pela via TFEB após o tratamento com CBD a 100 μM por 2 horas. Dessa forma, esse estudo contribui para uma melhor compreensão sobre os potenciais alvos terapêuticos canabinoides e como perspectiva futura um possível papel neuroprotetor.
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    Embargo
    Avaliação de elementos regulatórios e domínios funcionais de SRY na etiologia molecular da disgenesia gonadal 46,XY utilizando diferentes metodologias citogenômicas e moleculares
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-27) Ferreira, Karen Rodrigues [UNIFESP]; Silva, Magnus Régios Dias da [UNIFESP]; Ferreira, Lucas Garcia Alves [UNIFESP]; Kizys, Marina Malta Letro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2251799531659813; http://lattes.cnpq.br/8126556017013838; http://lattes.cnpq.br/2598816440086436; https://lattes.cnpq.br/5804250910667258
    A determinação típica do sexo durante a gestação depende da presença ou ausência do cromossomo (chr) Y, que abriga o gene SRY (Yp11.2), o qual está localizado na fita antissenso e atua como um fator-gatilho para determinação molecular pró-testicular. Variantes patogênicas no SRY estão geralmente associadas à disgenesia gonadal (DG) 46,XY. Tem ficado evidente a importância de se investigar os elementos de regulação da expressão gênica em regiões não codificantes. Por isso, o presente trabalho rastreou variantes e rearranjos estruturais no locus gênico do SRY e regiões flanqueadoras em um caso esporádico e um caso familiar de DG 46,XY na forma completa (DGC), parcial (DGP) ou mista (DGM) acompanhados no Ambulatório de Desenvolvimento do Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo. O caso #1 é esporádico e corresponde a um indivíduo com gônada displásica e genitália atípica. O cariótipo por bandamento G no sangue periférico revelou duas linhagens celulares: 45,X,psu dic(22;Y)(p13;p?11.32)[32]/45,X[8]. A reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida do sequenciamento do tipo Sanger demonstrou a presença do gene SRY sem variantes. O whole genome sequecing (WGS) foi utilizado para auxiliar na determinação dos pontos de quebra da translocação. Contudo, não foi possível a avaliação da região do rearranjo cromossômico. O cariótipo sugeriu que o ponto de quebra da translocação é mais telomérico em relação ao SRY. Perda de segmentos genômicos a jusante do SRY que se estendem até a banda Yp11.32 já foram associadas a casos de DGP 46,XY. Por isso, realizamos a técnica de hibridização in situ fluorescente (FISH) com sonda para o gene SHOX em sangue periférico para estimar o tamanho da perda da banda Yp11.32. No entanto, houve falha na hibridização das sondas. Já FISH em tecido testicular evidenciou a presença do SHOX, demonstrando que o ponto de quebra está a mais de 2 Mb em região mais telomérica que o SRY. A técnica de mapeamento óptico do genoma (OGM) foi também realizada para auxiliar na investigação dos segmentos genômicos envolvidos com a translocação. Embora tenha corroborado a presença de uma população de células 45,X, o OGM não identificou a translocação Y;22 observada pelo cariótipo. A partir desses dados, o caso #1 foi reclassificado como DGM 45,X/46,XY, tendo a haploinsuficiência do mosaicismo como etiologia molecular. O caso #2 é familiar, sendo que o probando #2.1 apresenta DGC 46,XY, seu meio-irmão #2.2 apresenta desenvolvimento testicular típico e seu sobrinho #2.3 (filho de #2.2) tem DGP 46,XY. Apesar da variabilidade fenotípica, dados anteriores demonstraram que os três membros estudados dessa família apresentam duplicação de 17 pb no gene SRY, a qual leva à variação no domínio C-terminal da proteína SRY (p.Tyr198CysfsX18). Investigamos se variantes em outros genes relacionados a diferenças de desenvolvimento do sexo (DDS) poderiam explicar essa variabilidade por WGS. Não foram encontradas outras variantes patogênicas que segregam com o fenótipo. Para investigar o efeito dessa variante sobre a atividade do SRY, realizamos um ensaio dual-luciferase para fatores de transcrição, porém a resposta de um dos controles do experimento não foi como esperada.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Fadiga em pacientes com síndrome de COVID Longa: Investigação de mecanismos fisiológicos e perceptuais
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-25) Cilli, Eduardo Lourenço [UNIFESP]; Silva, Bruno Moreira [UNIFESP]; Lopes, Thiago Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3124709789967282; http://lattes.cnpq.br/6680100353729718; http://lattes.cnpq.br/9590704593794001
    A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é uma doença complexa, também conhecida por encefalomielite mialgica, responsável por causar fadiga persistente mental e física e que resulta na incapacidade de realizar as tarefas do cotidiano, impactando negativamente a qualidade de vida. Essa doença ainda possui etiologia e pato-fisiologia indefinida, sendo o seu diagnóstico um grande desafio devido à variedade de sintomas inespecíficos e falta de um biomarcador objetivo e acurado. Esta dificuldade acarreta falsos diagnósticos de depressão ou Burnout, impossibilitando o tratamento correto e gerando falsos dados da prevalência da SFC. Durante e após a pandemia de COVID-19, a SFC voltou a ter destaque no âmbito clínico e da pesquisa, pois parte dos pacientes com COVID-19 longa relata fadiga muscular, mesmo sem apresentar doenças cardiorrespiratórias e com quadros leves da doença em sua fase aguda. Sendo assim, a hipótese atual, ainda não confirmada, é que o vírus transpassa a barreira hematoencefálica (BHE) e atinge regiões cerebrais responsáveis pela sensação de esforço e fadiga, ocasionando disfunção ou morte de neurônios, debilitando essas regiões e gerando uma sensação exacerbada de esforço e fadiga ao desempenhar atividades físicas e mentais. Apesar de existir um teste de força de preensão manual como um marcador objetivo da presença de SFC em pacientes com câncer e outras infecções virais, tal teste ainda não foi empregado para detectar objetivamente a presença da SFC em pacientes com COVID longa. Além disso, os mecanismos subjacentes à geração de fadiga na COVID longa ainda não são bem conhecidos. Com isso, o presente estudo visa utilizar um teste de exercício de preensão manual para detecção da SFC em pacientes com COVID longa. Além disso, foram realizadas medidas de percepção de esforço e de fadiga, força e atividade elétrica muscular durante o teste de exercício para obter pistas sobre mecanismos de geração de fadiga e parâmetros para interpretar respostas fisiológicas e perceptuais em pacientes com COVID Longa que possuem a SFC. Os achados desse estudo indicam uma alteração na força máxima basal e ao longo do tempo no grupo COVID longa nos exercícios de aquisição de força máxima, protocolo de preensão manual e na contração voluntária máxima sustentada com a mão não dominante. Além disso, não foi possível obter dados que indicam a presença de fadiga central, nem mudanças na atividade elétrica muscular ao longo do protocolo e, por conta da falta de alterações no índice de fadiga e de recuperação, o protocolo de pareamento de força, nesse contexto, não se mostrou eficaz de identificar pacientes com COVID longa que possuem SFC. Sendo assim, conclui-se que o grupo COVID longa possui uma força basal menos que o grupo Controle, entretanto possui uma fadiga, recuperação e percepção do esforço similares.