Biomedicina
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Integração de estudos de associação genômica ampla de doenças crônicas com dados de sequenciamento de RNA de célula única (scRNAseq) do hipotálamo de humanos(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-06) Kim, Gloria Bada [UNIFESP]; Mecawi, André de Souza [UNIFESP]; Mantelli, Camila Nascimento [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9910039221878007; http://lattes.cnpq.br/7081349017203771; http://lattes.cnpq.br/9462312203678993As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão arterial, depressão maior e obesidade, representam as principais causas de morbimortalidade global, afetando milhões de pessoas. Estas condições multifatoriais estão frequentemente relacionadas ao hipotálamo, uma região cerebral responsável pela regulação de diversos mecanismos fisiológicos, como controle de ritmo circadiano e respostas ao estresse, termorregulação, regulação de comportamentos reprodutivos, alimentares, de crescimento, entre outros. Este trabalho buscou compreender as vias fisiopatológicas subjacentes a essas doenças nos níveis celular e molecular por meio da integração de dados de estudos de associação genômica ampla (GWAS) destas três doenças com dados de sequenciamento de RNA de célula única (scRNAseq) do hipotálamo de camundongos, convertidos para os ortólogos humanos. Para essa análise, foi utilizada a ferramenta bioinformática MAGMA.Celltyping, empregando dados de transcriptoma de célula única em três níveis de clusterização celular: 7, 25 e 66 tipos celulares. Os resultados revelaram que genes com polimorfismos associados às DCNT analisadas podem estar enriquecidos mais ou menos convergentes nos diferentes tipos celulares hipotalâmicos, de acordo com o nível de clusterização utilizado. Além disso, desafios técnicos, como problemas de versionamento dos pacotes, foram identificados ao implementar outras ferramentas bioinformáticas, como CELLECT e sc-linker, que também integram dados de GWAS e de scRNAseq.
- ItemEmbargoHerança epigenética dos autismos: investigação do envolvimento de sncRNA via esfregaço bucal(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-11) Santos, Beatriz Camilo dos [UNIFESP]; Teixeira, Taiza Stumpp [UNIFESP]; Mecawi, Andre de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7081349017203771; http://lattes.cnpq.br/1024329256080770; http://lattes.cnpq.br/8205126559884102O autismo é uma condição relacionada ao neurodesenvolvimento, caracterizada por dificuldades nas áreas de comunicação e interação social e podendo exibir comportamentos repetitivos. A herança do autismo ainda não é compreendida e pesquisas buscam explicar essa condição por meio da interação entre fatores genéticos e ambientais traduzida pela epigenética. Os microRNAs representam um dos mecanismos epigenéticos que podem ser associados a anormalidades no desenvolvimento cerebral e ao autismo, tornando-os possíveis candidatos a biomarcadores. Em busca de métodos menos invasivos e menos custosos de coleta de amostras para estudos, o esfregaço bucal é uma alternativa. Objetivos: Avaliar a validade de amostras de esfregaço bucal para análise da expressão de miRNAs relacionados ao autismo. Métodos: Foram coletadas amostras de esfregaço bucal de participantes diagnosticados com autismo (n = 13) e de indivíduos controle (n = 12). A extração de miRNAs foi realizada utilizando o High Pure miRNA Isolation kit e a análise se sua expressão será por RT-qPCR utilizando reagentes TaqMan. Resultados: A extração de miRNA se mostrou efetiva em amostras de PBMC e esfregaço bucal. O alvo Let-7g-5p não apresentou variação de expressão entre grupos e tipos de amostra, sendo um possível controle endógeno. A miR-23a-5p também não apresentou variação entre o tipo de amostra, mas apresentou uma tendência acentuada no aumento de expressão no grupo TEA em ambos os tipos celulares. Já os demais alvos, miR-146a-5p e miR-18a-5p, apresentaram variação entre o tipo de amostra, mas mantiveram as proporções de expressão, indicando uma tendência no aumento de expressão no grupo TEA. Conclusão: Existem fortes sugestões que o esfregaço bucal pode substituir a coleta de PBMC em análises posteriores.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do efeito da metaloprotease bacteriana arazima sobre a polarização fenotípica M1/M2 de macrófagos no modelo de melanoma murino B16F10-Nex2(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-10) Fils-Aime, Biguerson [UNIFESP]; Rodigues, Elaine Guadelupe [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6913514130496062O melanoma é um tipo de câncer de pele com a menor incidência entre os tumores de pele, no entanto, ele apresenta a maior taxa de letalidade, devido à sua rápida invasão local e formação de metástases à distância. As alternativas terapêuticas ao melanoma consistem na remoção do tumor primário, quando possível, quimioterapia e recentemente foram adicionadas nesse arsenal a imunoterapia e a terapia-alvo. A inclusão dessas duas últimas terapias melhorou muito a resposta dos pacientes aos tratamentos, no entanto, a resposta clínica ainda é considerada muito baixa. Por esse motivo, a busca por alternativas terapêuticas que possam ser associadas às terapias já existentes é necessária. Nosso grupo vem trabalhando com as propriedades imunomoduladoras de metaloproteases procarióticas e eucarióticas. Foi demonstrado que essas proteases quando inativadas modulam vários componentes do sistema imune levando à uma resposta antitumoral bastante significativa tanto do tumor primário como de metástases, através da sua ligação ao receptor Toll-like 4 (TLR-4). Entre os componentes do sistema imune, demonstrou-se que essas proteases ativam células apresentadoras de antígenos (APCs), como células dendríticas e macrófagos ex-vivo. No entanto, o tratamento in vivo com as proteases nesses estudos iniciou-se quando ainda os tumores primários estavam no início de seu desenvolvimento, ainda não detectáveis. É conhecido que, à medida que os tumores se desenvolvem, o microambiente tumoral assume preferencialmente um perfil inflamatório e pró-tumoral devido às citocinas e quimiocinas secretadas pelas células tumorais, endoteliais, fibroblastos, matriz extracelular e células do sistema imune que compõe esse microambiente. Nessas condições, os macrófagos recrutados ao tumor assumem um perfil M2, que corresponde ao perfil anti-inflamatório e pró-tumoral, enquanto seria desejável que essas células assumissem um perfil M1, pró-inflamatório e antitumoral para conter o crescimento tumoral. Poucos são os fatores que conseguem reverter um fenótipo M2 para M1 em APCs, in vitro ou in vivo. Como a arazima mostrou-se capaz de ativar APCs ex-vivo, nosso objetivo com este estudo é determinar se o tratamento com arazima é capaz de reverter o fenótipo de macrófagos já comprometidos com um fenótipo M2 (previamente ativados com LPS/IFN-g ou antígenos tumorais de melanoma murino B16F10-Nex2), para um fenótipo protetor M1 in vitro. A padronização da purificação e inativação da arazima foi obtida após várias tentativas, inicialmente frustradas, e agora foi desenvolvido um protocolo reprodutível. Também já foi padronizado o número de células da linhagem macrofágica RAW 264.7 e o tempo de incubação a serem utilizados nos testes com os ativadores com o subsequente tratamento com arazima. Esperamos com nossos resultados progredir um pouco mais na compreensão do mecanismo de ação imunomodulador da arazima, e de outras metaloproteases, para torná-las uma opção terapêutica antitumoral.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Bioimpressão 3D de neuroesferas murinas em microambiente contendo oligômero beta amiloide para modelar a Doença de Alzheimer(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-10) Ferreira, Natalia Dall´Agnol [UNIFESP]; Porcionatto, Marimelia Aparecida [UNIFESP]; Salles, Geisa Rodrigues [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8234187349017355; http://lattes.cnpq.br/6155537170968904; http://lattes.cnpq.br/1880232332388906Globalmente, estima-se que a demência mais comum na sociedade, a Doença de Alzheimer (DA), poderá acometer cerca de 75 milhões de pessoas em 2030 e mais de 130 milhões, em 2050. Os principais mecanismos fisiopatológicos da DA são a formação extracelular de placas amiloides (A ) e de emaranhados neurofibrilares β βintracelulares. Ambas as alterações causam extrema neurotoxicidade, resultando em dano sináptico e aumento do estresse oxidativo, com resposta inflamatória local seguida de morte neuronal. A neuroinflamação é também responsável por inibir a neurogênese, contribuindo com a aceleração da senescência de células-tronco neurais, perda de memória e comprometimento cognitivo. Modelos in vivo e in vitro são fundamentais para o entendimento das patologias neurodegenerativas, incluindo a DA. Recentemente, o desenvolvimento de novos biomateriais e da tecnologia de bioimpressão tem contribuído com a proposição de modelos in vitro mais complexos. A combinação de células e materiais biocompatíveis, além de minimizar o uso de animais de experimentação permite a simulação in vitro dos principais eventos patogênicos de doenças. Deste modo, a bioimpressão e a cultura tridimensional (3D) representam alternativas para mimetizar o microambiente 3D do tecido cerebral e estudar interações célula-célula e célula-microambiente extracelular. O objetivo deste projeto foi produzir um modelo in vitro que mimetizasse o microambiente da DA, por meio da bioimpressão 3D utilizando biotinta contendo oligômeros A (AβOs) e neuroesferas originadas de β células-tronco neurais, extraídas de zonas neurogênicas do cérebro de camundongos wild type (C57bl/6) e de modelos transgênicos da DA, sendo esses o APPswe/PSEN1dE9 (APP/PS1) e o 5xFAD. Os biomateriais foram desenvolvidos, caracterizados e padronizados para serem utilizados na bioimpressão 3D. Os parâmetros biológicos avaliados foram: diferenciação das células nas neuroesferas, estresse oxidativo e morte celular. Os construtos 3D produzidos pelo protocolo desenvolvido durante a execução deste projeto, são modelos in vitro promissores para o estudo da DA. A composição de biomaterial que utilizamos proporcionou condições favoráveis para a bioimpressão, mantendo a organização e integridade dos construtos, evidenciando sua adequação para o cultivo celular. As neuroesferas bioimpressas do grupo controle proliferaram e apresentaram resultados similares aos observados em culturas em suspensão, indicando que o processo de bioimpressão não foi deletério para as células. Além disso, a adição de AβOs à biotinta permitiu reproduzir características-chave da DA, como diminuição da viabilidade celular, indução de estresse oxidativo e diferenciação das células-tronco neurais, reforçando o potencial do modelo para estudos de mecanismos patológicos. Análises comparativas entre culturas 3D contendo neuroesferas de camundongos transgênicos APP/PS1 e 5xFAD, modelos da DA, indicam o potencial do modelo para estudos in vitro. Esses resultados destacam a relevância dos modelos 3D bioimpressos que produzimos como ferramentas para investigar a DA, permitindo avanços em estudos futuros envolvendo mecanismos moleculares da doença, bem como possíveis alvos terapêuticos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Desenvolvimento de aplicativo para monitoramento de doenças tropicais negligenciadas no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-05) Dias, Gabriel Graciano [UNIFESP]; Martins, Camila Bertini [UNIFESP]; Konstantyner, Thaís Cláudia Roma de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6640172986748642; http://lattes.cnpq.br/3770708843269785; http://lattes.cnpq.br/1983541961582705As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) representam um desafio global de saúde pública, em especial no Brasil, sendo potencializadas por fatores como desigualdade social crescente, vasta extensão territorial, mudanças climáticas e investimentos insuficientes em pesquisas e ferramentas de análise e controle. O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de uma aplicação em R, utilizando a biblioteca Shiny, que busca monitorar e exibir dados e informações acerca de um grupo de nove DTNs: dengue, doença de Chagas, esquistossomose, envenenamento por picada de cobra, febre chikungunya, hanseníase, leishmaniose visceral, leishmaniose tegumentar americana e raiva humana. O aplicativo, denominado ‘VigiTrop’, integra dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e os processa com o intuito de gerar análises gráficas interativas. A construção da aplicação se baseou no download dos microdados das DTNs selecionadas via Python, na estruturação de um servidor MySQL responsável pelo armazenamento dos dados e na hospedagem do aplicativo em um servidor, tornando-o acessível via web.