PPG - História

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    Acesso aberto (Open Access)
    “Pontas Soltas”: uma análise histórica de A Saga do Monstro do Pântano (1983-1987)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-02-27) Carvalho, Millena Barbosa de; Nemi, Ana Lúcia Lana; http://lattes.cnpq.br/3238114239917472; http://lattes.cnpq.br/5418375785013690
    As histórias em quadrinhos fazem parte da nossa vida cotidiana desde o século XIX. Sua massificação se deu através da consolidação da imprensa, trazendo conteúdo humorístico com caráter crítico por meio de tiras, cartuns e charges. No século XX, os quadrinhos tornaram-se autônomos em relação aos jornais, criando sua própria indústria. As histórias em quadrinhos criaram, em seus universos ficcionais, personagens que "testemunharam" eventos políticos e sociais de seus contextos de produção. Um dos autores mais influentes de histórias em quadrinhos da contemporaneidade, o britânico Alan Moore, reconfigurou o gênero trazendo narrativas complexas, violentas, recheadas de críticas aos super-heróis e à organização da sociedade capitalista, voltadas ao público adulto. Moore escreveu histórias de muito sucesso, como A Saga do Monstro do Pântano (1984-87), Watchmen (1986), V de Vingança (1988). Em A Saga do Monstro do Pântano, Alan Moore abordou diversos temas que estavam sendo discutidos na década de 1980, como a questão nuclear, políticas desarmamentistas, políticas antidrogas, sexismo, racismo, através de símbolos do horror gótico e da ficção científica. Para discutir as representações da Saga do Monstro do Pântano, os estudos da linguagem dos quadrinhos ajudam a entender as especificidades da nona arte e o emaranhado de relações que se desenvolvem entre os quadros. Dessa maneira, espera-se compreender como Alan Moore articula, em sua narrativa, seu posicionamento diante dos governos neoliberais e da onda conservadora de Margaret Thatcher e Ronald Reagan nos anos de 1980, analisando, através dos estudos narrativos dos quadrinhos, as representações presentes na obra.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Reflexos urbanos nas vitrines do Mappin Stores: corpo e consumo na experiência paulistana da urbanização
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-21) Pitteri, Bruna de Souza [UNIFESP]; Atique, Fernando [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8425420305118490; http://lattes.cnpq.br/3106138895770907
    Inaugurada em 1913, a loja de departamentos Mappin Stores se mudou para um novo edifício no ano de 1919, onde permaneceu por vinte anos. A sua nova sede foi identificada como um edifício moderno, o primeiro da cidade a ter uma estrutura metálica, e cujo projeto de reforma foi assinado pelo escritório Ramos de Azevedo. O seu novo prédio foi amplamente mobilizado pela loja enquanto uma estrutura discursiva, que visava identificar o Mappin Stores enquanto um lugar moderno e a serviço do “progresso” de São Paulo. Partindo desse panorama, esta dissertação tem como objetivo estudar como o Mappin Stores se inseriu na dinâmica urbana e comercial de São Paulo no período de 1919 a 1939. Consideramos que a sua arquitetura incidiu sobre a cidade, incentivando novos ritmos de fruição dos corpos pelo espaço urbano. Esta análise será feita a partir do entendimento dos usos que o Mappin fez da sua arquitetura enquanto símbolo da Modernidade e do progresso, principalmente na lógica de exibição mediada pelas vitrines. O caráter efêmero das vitrines foi representativo daquilo que o Mappin intentava vender: um novo modo de vida associado com os valores e os ideais burgueses. Desse modo, cotejamos fontes históricas de diversas naturezas, como as plantas do edifício, periódicos, fotografias, publicidade e filme para compreender e analisar não só a produção do edifício, mas de que maneira ele circulou, foi apreendido e consumido pelo imaginário social.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Vozes da violência: relações e conflitos entre judeus e cristãos na Renânia durante a Primeira e Segunda Cruzadas (1096 – 1157)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-20) Bendl, Rafael Bello [UNIFESP]; Fernandes, Fabiano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5297278590369732; http://lattes.cnpq.br/2710975817014141
    A presente dissertação analisa as diferentes interpretações conceituais sobre os atos de violência perpetuados por cristãos e judeus durante a Primeira e Segunda Cruzadas. Para tal, usamos um conjunto de quatro crônicas escritas por judeus, especificamente três sobre a Primeira Cruzada, intituladas “A Crônica de Solomon bar Simson”, “A Crônica de Rabbi Eliezer bar Nathan” e “Anônimo de Mogúncia”, assim como o texto “Sefer Zechirá ou Livro da Recordação”, de Efraim ben Jacob de Bonn, sobre a Segunda Cruzada. Quanto à documentação cristã, uma sobre a Primeira Cruzada e outra sobre a Segunda, respectivamente “Historia Ierosolimitana” de Alberto de Aachen e Otto de Freising, chamada “Gesta Friderici imperatoris”. A partir da História dos Conceitos, de Reinhart Koselleck, utilizando uma abordagem sincrônica dos termos que associam e caracterizam os significados do conceito de violência, estudamos o conjunto documental como obras narrativas e registros históricos, para assim tentarmos compreender como a violência, empregada por ambas as comunidades, foi compreendida e definida. Além disso, como suporte metodológico, consideramos tais crônicas como parte de uma produção textual inserida em uma sociedade em que o oral era a maior força de comunicação, portanto, o próprio texto e a construção de seus conceitos leva em conta um processo definido por Paul Zumthor como “vocalidade”, são as repetições e ênfases que apontam para os elementos importantes para o que chamamos de leitor-ouvinte. Nossa análise busca compreender as conexões existentes entre a concepção judaica e cristã sobre um mesmo evento e sobre um mesmo ato, a violência, em uma lógica simbólica-conceitual que operava a partir da circulação cruzadística além do local, estabelecendo, de maneira simbólico-narrativo, uma associação entre o oeste e o leste, Europa e Jerusalém. Nossa hipótese reside na ideia de que a construção do conceito de violência, tanto para cristãos quanto para judeus, passa por um processo de defini-la dentro de um esquema de legítima ou ilegítima, enfatizando questões referentes à sua realidade local, com isso, tais atos dizem mais sobre essas comunidades específicas do que sobre a experiência total de ambos os grupos. Com isso, nossa abordagem sincrônica ganha uma perspectiva específica, que rejeitam qualquer tratamento que sintetize a relação entre hebreus e cristão como uma lenta marcha para o Holocausto.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Rienzi en chemise noire: o fenômeno dos usos do passado entre a Nova Direita francesa no mundo neoliberal (2000-2020)
    (Universidade Federal de São Paulo, 0008-03-24) Barone, Victor [UNIFESP]; Silva, Glaydson José da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6399650055335751; http://lattes.cnpq.br/1160662030993103
    Esta análise consiste em uma tentativa de encontrar na história do capitalismo europeu as raízes sociais de um fenômeno político que cresce significativamente nos últimos anos, a saber, os grupos identitários que integram a chamada nova direita francesa. A partir da análise das fontes, isto é, da revista do grupo Terre et Peuple e de autores ligados à Nouvelle Droite, buscou-se tanto compreender o discurso do grupo, que se vale assiduamente da História Antiga como instrumento de legitimação, quanto explicar a sua gênese e reivindicações diante de uma Europa globalizada, palco da imigração e das políticas de austeridade.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Construindo Liberdade: A Repressão ao Trabalho Escravo entre os anos de 1995 a 2010
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-29) Alves, Suzi Aparecida Pereira [UNIFESP]; Welch, Clifford Andrew [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9770627655517896; http://lattes.cnpq.br/5421015649146648
    Esta pesquisa tem por objetivo analisar a atuação dos trabalhadores diante dos instrumentos de fiscalização e controle do Estado, por meio de ações fiscalizatórias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho da 15ª região (MPT-15), no combate ao trabalho escravo entre os anos de 1995 até 2010. Pretendeu-se analisar qual o papel das fiscalizações no cumprimento das leis nas relações trabalhistas entre o período de 1995 até 2010, assim como a atuação dos sindicatos, órgãos e instituições defensoras dos Direitos Humanos e dos trabalhadores. O ano de 1995 é o ano que marcou o início do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) criado pelo Ministério do Trabalho, com o objetivo de se deslocar até os espaços a serem fiscalizados com o intuito de resgatar trabalhadores submetidos a condições análogas à de escravo. Este evento marcou o efetivo reconhecimento do Estado brasileiro de tais práticas, assim como sua responsabilização na solução do problema. O ano de encerramento deste recorte temporal é o ano de 2010, fim do segundo mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha por este recorte se deu por verificarmos que no período de 2003 até 2010, as fiscalizações deram um importante salto numérico, em relação ao período anterior, 1995 até 2022. Desta maneira, usando como fontes documentais os dados do MTE, atrelados aos procedimentos processuais do MPT-15, em cotejo com a legislação e fontes pertinentes à época, buscamos compreender o papel das fiscalizações e a busca por liberdade e justiça construída e impetrada pelos trabalhadores por meio das denúncias.