PPG - Medicina (Hematologia)

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    Identificação de alelos RHD variantes, fenótipos Duffy e variante c.-67T>C no gene GATA-1 em doadores de sangue de diferentes regiões do Brasil
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-03) Silva, Thamy Caroline Souza [UNIFESP]; Bordin, José Orlando [UNIFESP]; Dinardo, Carla Luana; http://lattes.cnpq.br/2069769466957361; http://lattes.cnpq.br/4235368036147314; http://lattes.cnpq.br/6895906608002328
    Introdução: A variabilidade dos alelos codificantes de antígenos dos sistemas Rh e Duffy apresenta desafios na transfusão sanguínea devido aos fenótipos variantes (Rh) e à variabilidade de frequência antigênica conforme ancestralidade individual (Duffy). A presença de variantes Rh parciais e ausência de antígenos de alta frequência podem levar à aloimunização eritrocitária. Compreender essas variantes é crucial para transfusões seguras, especialmente em pacientes com doença falciforme. Conhecer a distribuição regional dessas variantes pode facilitar a busca por hemácias compatíveis, melhorando a eficácia e segurança das transfusões sanguíneas e da prescrição de imunoglobulina Rh (anti-D) para gestantes D-fraco. Objetivos: Descrever os alelos variantes de RHD, os fenótipos Duffy e a presença da variante c.c.1-67T>C em GATA-1 em doadores de sangue de quatro regiões do Brasil. Casuística e métodos: A partir de 311.998 amostras de doadores de sangue de quatro regiões do Brasil (sudeste, sul, centro-oeste e nordeste) foram selecionadas 781 amostras para o estudo. As amostras foram escolhidas a partir de 2 critérios: 1) fenótipo D-fraco; e 2) Fenótipo D-negativo com antígenos C e/ou E positivos. Todos os doadores foram submetidos a testes de fenotipagem ABO/RhD, RhCE, Fya e Fyb e confirmação de D-fraco. Além disso, foram realizadas a genotipagem RHD em todas as amostras e RHCE e FY em amostras selecionadas. Resultados: Das 295 amostras do grupo D-fraco, 88% apresentaram pelo menos um alelo que expressa um antígeno RhD alterado, sendo 19% D-parcial e fraco, 67% D-fraco tipo 1, 2 ou 3 e 14% eram outros tipos de D-fraco, 12% não apresentaram nenhuma das variantes investigadas. Houve uma correlação significante estatísticamente entre as regiões brasileiras estudadas as quais esses doadores pertecem e a variante de Rh encontrada. Dos 295, 10% eram Fy(a-b-), 59% apresentam pelo menos um alelo com a variante c.1-67T>C no gene GATA-1 e uma associação estatisticamente significativa (p<0,05) foi encontrada entre os fenótipos Duffy e as variantes Rh do grupo D-fraco. Das 486 amostras do grupo 2, 26 (5%) apresentavam o gene RHD, sendo que 13 (50% ) apresentaram a variante RHD*Ψ em pelo menos 1 alelo. Em estudo estatístico avaliando associação entre as regiões geográficas e fenotipagem Duffy de todos os indivíduos (n=781) foi encontrada associação estatisticamente significativa (p<0,05), bem como na associação das regiões e a variante c.1-67T>C daqueles individuos que eram Fy(b-). Os grupos 1 e 2, que tinham variantes em RHD, quando comparados com o grupo controle (sem o gene RHD), não mostraram diferenças estatisticamente significativas nos testes, independentemente da presença ou ausência da variante c.1-67T>C (p>0,05). Conclusões: Foi analisada a diversidade do gene RHD e a fenotipagem Fya e Fyb na população de doadores brasileiros. Ao mesmo tempo realizamos associações para avaliar as regionalidades das variantes RhD, fenótipos Duffy e a variante c.1-67T>C, que é indicativa de ancestralidade Africana. As variantes encontradas nos doadores refletem a diversidade do gene RHD e fenótipos Duffy e permitem extrapolação para a população de pacientes a serem transfundidos ou a serem manejados durante a gestação.
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    Ativação mitogênica combinada com inibição de vias de controle de estresse celular: uma nova proposta terapêutica para o câncer
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-02) Torres, Thompson Eusébio Pavan [UNIFESP]; Armelin, Hugo Aguirre; http://lattes.cnpq.br/8341719454584768; http://lattes.cnpq.br/1033230696621998
    Células malignas, diferentemente das normais, são muito dependentes das vias moleculares de sinalização dedicadas ao controle do estresse celular. Em tumores de crescimento rápido, a proliferação acelerada de clones celulares malignos impõe níveis cronicamente elevados de estresses, exigindo ativação constante de vias que mitigam este estresse. Historicamente, as etapas dos tratamentos terapêuticos desenvolvidos para o câncer usaram a estratégia de inibir o estímulo mitogênico. Contudo, dados do nosso laboratório demonstram que o clássico fator de crescimento FGF-2 inibe a proliferação das células malignas adrenocorticais da linhagem Y1. Estas células, quando estimuladas por FGF-2 tornam-se altamente dependentes de vias de controle de estresse. Com base nessas observações, levantamos a hipótese de que células tumorais são hipersensíveis às combinações de mitógenos com inibidores de vias de controle de estresse, enquanto células normais são tolerantes a essas combinações. Logo, sugerimos que essas combinações são promissoras estratégias terapêuticas para o tratamento de câncer. Esta tese tem como objetivo principal a análise in vivo da combinação de mitógenos e inibidores de vias de controle de estresse no tratamento de tumores de mama triplo negativos. Os resultados experimentais deste estudo indicam que as combinações in vitro de FGF-2 + Bortezomibe e LB-100 + Bortezomibe são sinérgicas na morte de células tumorais sem danificar células normais, e in vivo, essas combinações inibem o crescimento de tumores e metástases, sem afetar os modelos xenográficos e ortotópicos. Estas observações experimentais sugerem a possibilidade do desenvolvimento de protocolos terapêuticos novos e não convencionais para o tratamento do câncer.
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    Avaliação biológica e clínica da linfocitose B monoclonal em seus diferentes estágios: baixa contagem, alta contagem e leucemia linfocítica crônica
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-09) Gonçalves, Juliana Maria Martins [UNIFESP]; Sandes, Alex Freire [UNIFESP]; Silva, Celso Arrais Rodrigues da [UNIFESP]; Gonçalves, Matheus Vescovi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9252089988474953; http://lattes.cnpq.br/6962573800002763; http://lattes.cnpq.br/3068321544719667; http://lattes.cnpq.br/9279187798348833
    Introdução. A linfocitose B monoclonal (LBM) é uma condição hematológica assintomática caracterizada pela presença de expansão clonal de células B no sangue periférico <5000/mm³ por pelo menos 3 meses e pode ser dividida em baixa (linfócitos B clonais inferior 500/mm³) e alta contagem (≥500/mm³ linfócitos clonais). Este clone pode apresentar 3 fenótipos distintos: o mais comum (75%) é semelhante ao da leucemia linfocítica crônica (LLC), ou LLC-símile, CD5+, CD19+, CD20+ fraco, CD23+, imunoglobulina de superfície (sIg) reduzida, CD79b+ fraco, CD22 fraco e FMC7 negativo; o segundo perfil mais comum apresenta CD20+ forte, sIg+ forte e CD23, chamado de LBM atípica; e o terceiro, menos frequente, CD5-, CD19+, CD20+, sIg+ forte, relação kappa lambda (K:L) alterada, chamado de CD5-negativo. Sabe-se que todos os casos de LLC são precedidos por LBM. A prevalência da LBM é de 0.2% a 0.3% em indivíduos abaixo de 40 anos, pode aumentar para 3.5% a 6.7% em indivíduos entre 40 e 60 anos, e nos indivíduos >60 anos pode variar entre 5% e 9%. A LBM-baixa tem baixo risco de progressão para LLC. A LBM-alta representa expressiva maioria dos casos de LBM, cerca de 85%. A progressão para LLC está relacionada a uma condição complexa que envolve fatores genéticos e micro ambientais. O status da mutação somática do gene IGHV é considerado um importante marcador biológico. Defeitos na imunidade inata e adaptativa parecem ocorrer precocemente na LBM, como hipogamaglobulinemia e redução dos linfócitos B normais. Células T CD8+ podem apresentar expansão oligoclonal, atuando como imunidade adaptativa. Até o momento dados de vida real de pacientes com LBM no Brasil ou em países da América Latina são escassos. Neste estudo avaliamos de forma retrospectiva pacientes residentes no Brasil submetidos a exame de imunofenotipagem de sangue periférico no laboratório Fleury compatível com LBM CD5+. Material e métodos. Foram avaliados 199 pacientes com diagnóstico de LBM no período de 01 janeiro de 1997 até 31 de agosto de 2019 em relação a variáveis clínicas, biológicas, sobrevida livre de progressão (SLP) para LLC, sobrevida livre de tratamento (SLT) e sobrevida global (SG), além de pareamento de dados com o Registro Brasileiro de LLC (RBLLC). Resultados. 106 (53%) pacientes eram homens e 93 mulheres (47%). O tamanho do clone LBM variou de 1 a 4873 linfócitos/mm³, com mediana de 2757 linfócitos/mm³. A idade dos pacientes variou entre 21 e 103 anos, com mediana de 68 anos. 34 (17%) pacientes eram LBM-baixa e 165 (83%) LBM-alta. A mediana de idade na LBM-baixa foi de 69 anos e na LBM-alta de 67 anos. Das variáveis clínicas analisadas a linfocitose absoluta apresentou significância estatística (p<0,001), assim como a distribuição proporcional entre o número total de linfócitos e o tamanho do clone LBM. A pesquisa da hipermutação somática do gene IGHV foi realizada em 6,5% dos pacientes, todos eram LBM-alta. O FISH para LLC foi realizado em 12% dos pacientes, dos quais 55% apresentavam deleção do 13q, 35% trissomia do cromossomo 12 e nenhum com deleção do 17p. Nenhum paciente LBM-baixa progrediu para LLC. A SLP em 5 anos foi de 52% na LBM-alta, com significância estatística para o número de linfócitos totais, relação entre linfócitos B normais e linfócitos totais (ILBN) < 2% e o número de linfócitos B normais. 37,2% pacientes progrediram para LLC, destes 21,6% precisaram de tratamento, com SLT de 92% em 5 anos. 41 (20,6%) pacientes faleceram durante o seguimento. A SG em 5 anos foi de 84%. As variáveis idade >65 anos e o ILBN <2% tiveram significância estatística na SG. A análise conjunta com os pacientes do RBLLC mostrou SLT e SG mostrou significância estatística em relação à contagem absoluta de linfócitos < ou ≥30.000/mm³. Conclusão. O número absoluto de linfócitos, o tamanho do clone de linfócitos B e o ILBN, associados a fatores biológicos da doença, são importantes para definir SLT e SG e devem ser incluídos em escores prognósticos para LBM. Os valores de corte de linfocitose absoluta atualmente utilizados parecem não ser a melhor opção para correlação clínica com tempo para primeiro tratamento, novos valores devem ser validados.
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    Anticorpos pré-formados contra os Antígenos de Neutrófilos Humanos-3 (HNA-3): métodos de detecção e associação com episódios de rejeição aguda após o transplante renal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-06) Ramos, Juliana Oliveira Martins [UNIFESP]; Bordin, José Orlando [UNIFESP]; Silva Junior, Helio Tedesco [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1621797721074970; http://lattes.cnpq.br/4235368036147314; http://lattes.cnpq.br/1669872385507535
    Introdução: O aperfeiçoamento dos regimes de imunossupressão determinou uma redução significativa da incidência de rejeição aguda (RA) em receptores de transplante renal. Contudo, a RA ainda é uma das causas mais frequentes de perda progressiva da função do rim transplantado. A presença de anticorpos pré-formados contra o sistema de antígenos leucocitários humanos (HLA) está associada com a maior incidência de RA mediada por anticorpos (RMA) e menor sobrevida do enxerto renal. Recentemente, um número crescente de rejeição renal relacionada a episódios de RMA têm sido diagnosticados, sugerindo que este fenótipo histológico de rejeição seja atualmente uma das causas mais frequentes de perda do enxerto. Inusitadamente, numa proporção significativa desses episódios de RMA não se identifica nenhum anticorpo contra antígenos do sistema HLA, o que sugere que anticorpos direcionados contra outros antígenos podem participar da fisiopatologia da RMA após o transplante renal. Alguns alvos incluem receptores presentes nas células endoteliais renais, como por exemplo o receptor AT1R, MICA e CTL-2. A proteína CTL-2 está presente em diversos tecidos do corpo humano, principalmente nas células endoteliais microvasculares dos pulmões e nas células tubulares renais. Os antígenos de neutrófilos humano-3 (HNA-3) estão localizados na primeira alça extramembranar dessa proteína. Os anticorpos direcionados contra esses antígenos são formados a partir da exposição alogênica e estão associados principalmente a casos de reações transfusionais graves. Devido à presença do antígeno HNA-3 nas células tubulares renais, existe a suspeita de que a aloimunização neutrofílica também possa estar envolvida no desenvolvimento da RA após o transplante renal. Objetivo: Investigar a associação entre a presença de anticorpos anti-HNA-3 pré-formados e o desenvolvimento do segundo episódio de RA após o transplante renal. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que incluiu 1256 pacientes que apresentaram o primeiro episódio de RA após o transplante renal entre os anos de 2011 e 2019. A pesquisa e a identificação dos anticorpos anti-HNA-3 foram realizadas em amostras de soro obtidas antes do transplante renal, através das seguintes técnicas sorológicas: Teste de Aglutinação de Granulócitos (GAT), Teste de Imunofluorescência de Granulócitos (Flow-GIFT) e técnica baseada em microesferas (kit LABSCreen Multi, One Lambda). A genotipagem HNA-3 dos pacientes e de seus respectivos doadores de rim foram realizadas por PCR-RFLP apenas nas amostras com suspeita da presença de anticorpos anti-HNA-3. O grupo sem anticorpos anti-HNA-3 incluiu pacientes que também apresentaram o primeiro episódio de RA e que não apresentavam anticorpos anti-HNA-3 antes do transplante, pareados pela data do transplante, idade, sexo, tempo em diálise, tipo de doador (vivo ou falecido), total de incompatibilidades HLA, porcentagem de reatividade contra painel (PRA), terapia de indução e imunossupressão de manutenção. Resultados: Dos 1256 pacientes incluídos no estudo, 33 (2,6%) apresentaram anticorpos anti-HNA-3 antes do transplante, sendo 4 anti-HNA-3a e 29 anti-HNA-3b. Destes, 13 (39,4%) eram anticorpos específicos contra os antígenos HNA-3 do doador. Não foram observadas diferenças significativas nas características demográficas entre os grupos com e sem anticorpos anti-HNA-3. A incidência do segundo episódio de RA foi maior no grupo de pacientes com anticorpos anti-HNA-3 (33,3 vs. 9,1%, OR=5.00; 95% CI=1.245 – 30.083; p= 0,033). Além disso, a sobrevida do enxerto 12 meses após o segundo episódio de RA foi menor no grupo de pacientes com anticorpos anti-HNA-3 em comparação com o grupo de pacientes sem anticorpos anti-HNA-3 (66,7% vs. 90,9%, p= 0,014, através dos testes de Log Rank, Breslow e Tarone-Ware). Conclusão: O estudo demonstrou que a presença de anticorpos anti-HNA-3 antes do transplante renal está associada a um aumento da incidência do segundo episódio de RA do transplante renal e a uma menor sobrevida do enxerto, possivelmente devido a mecanismos inflamatórios, imunológicos e disfunção endotelial semelhantes aos observados na RMA por anticorpos anti-HLA. Esses resultados têm implicações clínicas significativas, indicando a necessidade de considerar os anticorpos anti-HNA-3 como fatores de risco para a RA do transplante renal e de aprofundar as investigações dos mecanismos subjacentes a esse processo.
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    Atuação das polimerases de síntese translesão κ e ι na replicação e sobrevivência de células com danos no genoma
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-06) Ariwoola, Abu-Bakr Adetayo [UNIFESP]; Menck, Carlos Frederico Martins [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8043136069525312; https://lattes.cnpq.br/4014114860449204
    A molécula de DNA é constantemente exposta a agentes que geram diferentes tipos de lesões, sejam esses de origem endógena ou exógena. Porém, como resposta a esses danos as células desenvolveram uma rede de vias moleculares cuja função é o reparo das lesões presentes no genoma. A presença de lesões durante a replicação do DNA pode levar a paradas e colapsos das forquilhas de replicação, gerando quebras, desencadeando processos mutagênicos e carcinogênicos ou a morte celular. Porém, esse cenário é evitado pela presença de DNA polimerases especializadas, capazes de sintetizar DNA através das lesões, em um processo denominado Síntese Translesão (TLS). Após diversos avanços na pesquisa sobre essas polimerases, sabe-se hoje que sua atuação vai além da TLS, pois essas enzimas atuam também em diversas outras vias, como vias de reparo e replicação. Apesar dos avanços, pouco se sabe das outras funções dessas proteínas nas células humanas. Assim, no presente trabalho avaliamos os diferentes mecanismos de atuação de duas TLS polimerases da família Y a Polκ e na Polι, replicação e sobrevivência de células humanas tumorais contendo danos no genoma causados por dois agentes citotóxicos diferentes, a amplamente estudada luz UVC e o quimioterápico cisplatina, muito utilizado no combate à diferentes tipos de tumores. Para isso, utilizamos células de Glioblastoma Multiforme humano (GBM) nocaute para Polκ (U251MG Polκ), Polι (U251MG Polι) e selvagem (U251MG WT), editadas e validadas em outro trabalho por membros do nosso grupo de pesquisa. Nossos resultados por ensaio de viabilidade celular por colorimetria (XTT) não indicaram diferenças na sensibilidade causada por UVC entre as linhagens testadas, sendo que esse resultado se manteve mesmo quando foi feita a inibição da via ATR/Chk1. Já no ensaio clonogênico, ambas as linhagens nocautes foram mais sensíveis a UVC, sendo a principal diferença observada entre as células deficientes Polι e as WT. Observamos efeito da irradiação no ciclo celular apenas na linhagem deficiente em Polκ. Além disso, quantificamos via reativação por célula hospedeira (HCR) a capacidade de reparo e remoção de lesões causadas por UVC e observamos que a ausência de Polκ impactou a capacidade das células de GBM em remover essas lesões. A seguir, avaliamos a resposta dessas células frente a lesões induzidas pelo quimioterápico cisplatina. Nossos resultados de viabilidade celular indicaram que as células nocautes foram mais sensíveis quando comparadas com a linhagem selvagem. Vale ressaltar que as células deficientes em Polι apresentaram a maior sensibilidade em todas as condições analisadas. Resultados similares foram observados para a sobrevivência clonogênica. Vimos também que, quando comparadas com as células WT, a ausência das TLS polimerases inibiu a passagem das células de GBM pelas fases S/G2-M e diminuiu gravemente a capacidade de migração, cicatrização após o tratamento com o quimioterápico. Por fim, realizamos o ensaio de fibra de DNA e observamos maior parada das forquilhas de replicação na ausência de Polκ. Nesse mesmo experimento, observamos que, apesar de cisplatina não provocar paradas nas células selvagem, as duas linhagens de células nocautes apresentavam paradas em resposta ao tratamento. Em conclusão, os resultados obtidos indicaram de diversas formas que a presença das polimerases de TLS protege as células de GBM contra a citotoxicidade causada por cisplatina, mas seus efeitos na resposta à UVC não foram completamente claros. Dessa forma, é necessário que mais estudos sejam realizados com ambos os agentes nesse cenário.