Terapia Ocupacional

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    Loucura e negritude: as instituições de saúde mental e a manutenção da patologização racial
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Siqueira, Ana Carolina Melo [UNIFESP]; Surjus, Luciana Togni de Lima e Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8786999221233177; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A população negra no Brasil tem sido associada a patologias mentais desde a implantação da psiquiatria no país, ganhando novos formatos após a Reforma Psiquiátrica, fazendo com que se faça necessária uma alteração da lógica de cuidado dos terapeutas ocupacionais e dos equipamentos públicos de saúde mental brasileiros através da descolonização do cuidado. Objetivo Geral: Compreender como a população negra no Brasil foi associada às patologias mentais desde a constituição dos manicômios até a extensão das políticas públicas atuais. Objetivos Específicos: Investigar a possível manutenção dos mecanismos de produção de sofrimento psíquico em pessoas negras e sua maior presença em equipamentos de saúde pública; investigar se há contribuições publicadas da Terapia Ocupacional para a construção de um olhar decolonial na saúde mental e como a lógica da profissão poderia contribuir nesse processo. Metodologia: Revisão de Escopo baseada no método PRISMA–ScR, com uso das bases de dados PubMed, Periódico CAPES, Scielo e Lilacs, através dos descritores (Raça OR etnia) AND loucura, “Saúde Mental” AND (raça OR etnia), “Terapia ocupacional” AND (raça OR etnia), “Terapia ocupacional” AND “saúde mental” AND (raça OR etnia)” e “Terapia ocupacional” AND “saúde mental”, tendo como critérios de inclusão a publicação em língua portuguesa, entre 2010 e 2024, que tenham disponibilidade completa e gratuita, incluindo ainda achados do banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (CAPES); e exclusão aquelas que não possuem a associação entre saúde mental e raça ou etnia, e aqueles que desconsideram o contexto de saúde mental nas instituições públicas brasileiras. Devido à escassez de achados específicos da terapia ocupacional, foram excluídos apenas aqueles que não trouxeram a relação da atuação clínica profissional e raça. Resultados e Discussão: Foram encontradas 1833 publicações, das quais foram excluídas: 5 (0,27%) por não associarem saúde mental e raça; 10 (0,54%) pelo distanciamento do tema proposto; 19 (1,03%) por não trazerem apontamentos raciais; 1 (0,05%) por não permitir o acesso completo gratuito; e 1766 (96,34%) por terem sido escritas em língua estrangeira. Foram selecionadas 32 publicações que foram lidas integralmente e irão compor a discussão desta monografia, dividida em 3 eixos temáticos de análise: População Negra e Reforma Psiquiátrica; Manutenção do Manicômio; e Terapia Ocupacional e Potência Decolonial. Considerações finais: Esta pesquisa nos permite observar que apesar da notória necessidade, a população negra tem sido excluída dos centros de discussão da saúde mental. A continuidade da lógica manicomial continua favorecendo uma pequena parcela da população que se mantém em uma posição de superioridade em relação ao povo negro. À Terapia Ocupacional cabe a incansável responsabilidade de se manter posicionada em relação à saúde mental da população negra, não só como profissão que compõem as equipes da RAPS, mas enquanto profissão com potencial de observar e atuar sobre cotidianos impactados por questões socioculturais.
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    Enraizando as relações humanas: saúde mental, terapia ocupacional, permacultura e outras práticas baseadas na natureza
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Silva, Gabriel Baptista e [UNIFESP]; Surjus, Luciana Togni de Lima e Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8786999221233177; https://lattes.cnpq.br/7749593813362904; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O presente trabalho teve como objetivo investigar como a permacultura, entendida como um método e uma filosofia de vida que busca soluções sustentáveis e integradas ao meio ambiente, pode contribuir para o resgate das raízes das relações humanas e para a promoção da saúde mental na terapia ocupacional. A permacultura se baseia em três pilares éticos: o cuidado com a terra, o cuidado com as pessoas e a partilha justa dos excedentes, e em 12 princípios que orientam o planejamento e a ação permaculturais. A terapia ocupacional, por sua vez, é uma ciência da ocupação humana aplicada que compreende que as atividades e as ocupações fazem parte da constituição do sujeito e são produtoras de processos de saúde e doença. Nesse sentido, a permacultura e a terapia ocupacional se aproximam pela valorização das atividades humanas como instrumento e/ou elemento centralizador e orientador do processo ocupacional, bem como pela perspectiva holística, crítica e cultural que adotam. Os resultados da revisão de literatura sugere que Permacultura e a Terapia Ocupacional podem compartilhar de ferramentas teóricas e práticas para a promoção e cuidado em saúde mental, especialmente nas questões relacionadas ao estresse, à ansiedade, à depressão e ao isolamento social, que têm se agravado no contexto atual de uma crise socioambiental vivenciada nos dias de hoje. Os resultados dos achados nos revelam que a integração entre permacultura e terapia ocupacional não só atende às necessidades individuais de saúde mental, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva, participativa e sustentável. A Terapia Ocupacional Ecossocial emerge como uma aposta inovadora no enfrentamento da crise ecológica atual, uma resposta, reconhecendo que a saúde da humanidade e a saúde dos ecossistemas estão intrinsecamente ligadas. Em um contexto de economia capitalista neoliberal, onde o crescimento econômico insustentável prejudica tanto o meio ambiente quanto o bem-estar social, a Terapia Ocupacional Ecossocial propõe a adoção de alternativas que visam enfrentar problemas sociais e ecológicos.
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    Tecnologia Assistiva para Idosos em Cuidados Paliativos: atuação da Terapia Ocupacional
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Martire, Beatriz Beserra [UNIFESP]; Mattos, Emanuela Bezerra Torres [UNIFESP]; Ferretti, Eliana Chaves [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6560097254021874; http://lattes.cnpq.br/3746624378040152; http://lattes.cnpq.br/7993261189458116; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e o principal fator de risco para doenças crônicas sem possibilidade de cura. Neste caso, é primordial o acesso a abordagem de cuidados paliativos (CP) a pessoa acometida e sua família desde o diagnóstico e ao longo do adoecimento por uma equipe multiprofissional, na qual o terapeuta ocupacional é o principal responsável pela prescrição de tecnologias assistivas (TA). Objetivo Identificar e caracterizar as TA utilizadas por terapeutas ocupacionais (TO) no atendimento a idosos em CP. Metodologia Estudo quantitativo com abordagem transversal com terapeutas ocupacionais, os participantes tiveram acesso a um formulário online disponibilizado através da ferramenta Google Forms contendo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e um questionário semiestruturado com 46 itens que contemplavam questões de múltipla escolha e abertas. Os dados quantitativos foram tabulados e analisados em planilhas Microsoft Excel 2016. Resultados Participaram do estudo 30 TO majoritariamente mulheres (90%), com predominância de atuação na região sudeste (43,3%). Metade dos participantes teve o tema CP na graduação e 73,3% participaram de eventos na área. A maioria atendia pessoas idosas com doenças oncológicas (90%) e prescrevia TA. A categoria de TA mais prescrita para essa população foi auxílios para vida diária e prática (n=30). Tecnologias de baixo custo foram confeccionadas por 96% TO, enquanto 63,3% prescreveram TA de alto custo, adquiridas principalmente pelo SUS (80%). O treinamento da TA prescrita foi realizado por 28 TO, 83% realizaram acompanhamento contínuo e 73% fizeram manutenção e reparos. Discussão O fato de ter a maior oferta de cursos de terapia ocupacional e de cuidados paliativos na região Sudeste vinculados às instituições públicas trouxe esta representação em nossos achados. Apesar da abordagem de CP ser recomendada a pessoas com qualquer doença sem possibilidade de cura, ainda predomina a oferta junto a pessoas idosas com doenças oncológicas diante da sólida Política Nacional para o Controle do Câncer. Mesmo sendo os recursos de baixo custo amplamente prescritos e confeccionados, a dispensação de TA de alto custo é fornecida majoritariamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O suporte contínuo dos TO foi essencial para a garantia da correta utilização e manutenção desses dispositivos para evitar o abandono. Considerações Finais É evidente a relevância do trabalho da TO em CP de maneira desigual em relação aos aspectos geográficos do país. A forte associação de CP em pessoas idosas com doenças oncológicas está fortemente articulada com a política pública e a dispensação de TA majoritariamente feita pelo Sistema Único de Saúde.
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    Intervenção de estimulação multissensorial ambulatorial para pessoas idosas com demência vivendo na comunidade: estudo piloto
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Tamashiro, Mariana [UNIFESP]; Novelli, Marcia Maria Pires Camargo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0472842252184977; http://lattes.cnpq.br/8186514977450836; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução: Intervenções de Estimulação Multissensorial (EMS) são ações que estimulam os sentidos como, visão, audição, tato, paladar, olfato, sistema vestibular e proprioceptivo, podendo ser um importante recurso para o cuidado em demência na terapia ocupacional. Objetivo: Avaliar os benefícios de uma proposta de Intervenção de EMS baseada nos princípios do Snoezelen ambulatorial voltada para pessoas idosas com síndromes demenciais vivendo na comunidade brasileira. Materiais e Métodos: A Intervenção de EMS foi desenvolvida em 12 sessões individuais, com duração de 45 minutos e frequência de duas sessões semanais. Participaram do estudo 10 pessoas idosas com síndrome demencial, divididas em grupo experimental (n=5) e grupo controle (n=5). Os benefícios da intervenção foram avaliados por medida objetiva, como o Inventário Neuropsiquiátrico (INP) e a Escala de Percepção Subjetiva de Melhora dos SCPD (sintomas comportamentais e psicológicos da demência), e por medidas subjetivas a partir da coleta de relatos e percepções das pessoas idosas com demência e de seus cuidadores. Foram realizadas análises descritivas e comparativas considerando pré e pós-intervenção e o tamanho do efeito da intervenção. Resultados: Comparando o pré e pós-intervenção através do INP, houve melhora no grupo experimental: pontuação total no INP (d Cohen=-0.40), Frequência (d Cohen=-1.20), Intensidade (d Cohen=-0.61), Desgaste do cuidador (d Cohen=-1.56) e quantidade de comportamentos (d Cohen=-1.06). Ademais, ao analisar a escala de percepção subjetiva a partir da perspectiva dos cuidadores familiares, 80% afirmam perceber melhoras dos SCPD. Conclusão: A intervenção de EMS baseada nos princípios do Snoezelen ambulatorial tem efeito positivo, a partir da análise do INP, na redução da frequência e intensidade dos sintomas comportamentais e psicológicos da demência (SCPD) nas pessoas idosas participantes, sendo perceptível pelos cuidadores familiares este impacto positivo de melhora. Ademais a intervenção demonstrou-se expressivamente benéfica quando analisado o desgaste do cuidador associado a essas alterações de comportamentos.
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    Espaços Domiciliares de Estimulação Multissensorial (EMS) baseada nos princípios do Snoezelen: estudo piloto
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Batista, Rosezélia da Silva [UNIFESP]; Novelli, Marcia Maria Pires Camargo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0472842252184977; http://lattes.cnpq.br/7480142257369132; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução: A Estimulação Multissensorial (EMS) tem como objetivo estimular os sentidos como, visão, audição, tato, paladar, olfato, sistema vestibular e proprioceptivo que podem ser áreas afetadas pela demência. Os espaços domiciliares, podem ser um potente recurso de EMS para pessoas idosas com síndromes demenciais e estudos sobre essa terapia, seus benefícios e efeitos tanto para pessoas idosas que vivem na comunidade, quanto para seus cuidadores/familiares, são escassos. Objetivo: Avaliar os benefícios dos espaços domiciliares de EMS baseada nos princípios de Snoezelen para pessoas idosas com demência vivendo na comunidade. Materiais e Métodos: O estudo foi desenvolvido em quatro fases. Na primeira fase foram recrutadas as pessoas idosas com demência. Na segunda fase as pessoas idosas foram avaliadas na linha de base pré intervenção (T0) e foram divididas em grupo experimental (n=5) e controle (n=4). Na terceira fase a Intervenção de EMS nos espaços domiciliares foi aplicada na amostra em 7 sessões. E na quarta fase, ao término do período de intervenção, foram aplicadas as avaliações de medida de resultado para avaliar o impacto dos espaços domiciliares de EMS (T1). Para analisar o impacto foi utilizado o tamanho do efeito considerando as médias, antes e depois da Intervenção, no Inventário Neuropsiquiátrico (INP) e na Escala de Depressão, Ansiedade e Stress (DASS 21) aplicada nos cuidadores familiares. Resultados: Comparando os resultados do INP no pré e o pós-intervenção no grupo EMS, identificamos um tamanho de efeito de grande magnitude na: pontuação total no INP (d cohen = -1,25) , frequência (d cohen = -1,09), intensidade (d cohen = -1,26), no desgaste do cuidador frente aos comportamentos alterados (d cohen = -0,89) e na quantidade de comportamentos alterados (d cohen = -1,58). Na DASS 21 os resultados apontam que o tamanho de efeito, nas variáveis emocionais dos cuidadores familiares, foram variáveis no grupo EMS sendo alto na ansiedade (d cohen = -1,09), moderado na depressão de (d cohen = -0,65) e pequeno no stress (d cohen = -0,28). Conclusão: É possível afirmar que os espaços domiciliares de estimulação multissensorial, considerando essa amostra, proporcionam impactos positivos diminuindo as alterações de comportamento vivenciadas pela pessoa idosa, considerando a frequência e intensidade destes comportamentos bem como o desgaste dos cuidadores familiares e o seu estado emocional nos domínios ansiedade e depressão.