PPG Clínica Médica (até 2010)

URI Permanente para esta coleção

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 5 de 25
  • Item
    Efeitos da pentoxifilina na anemia resistente à eritropoetina em pacientes sob hemodiálise
    (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2008) Antunes, Sandra Azevedo [UNIFESP]; Gabriel Júnior, Alexandre [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A anemia na Insuficiência Renal Crônica deve-se à redução da produção de eritropoetina, devido à diminuição da massa renal funcionante. A eritropoetina tem sido preconizada para o tratamento da anemia, no entanto, cerca de 5% dos pacientes são resistentes à mesma. A resistência à eritropoetina é definida como a necessidade do uso de uma dose maior que 12.000U/Kg por semana, sem atingir o hematócrito alvo de 33 a 36%. As citocinas pró-inflamatórias têm uma associação importante com a anemia resistente ao tratamento com eritropoetina(EPO). A pentoxifilina tem sido usada para inibir a produção dessas citocinas pró-inflamatórias. Este estudo foi realizado com os pacientes sob hemodiálise no Instituto de Nefrologia Ribamar Vaz, do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Maceió-AL. Os pacientes com diagnóstico de resistência à eritropoetina receberam pentoxifilina na dose de 400mg VO, após hemodiálise por seis meses. Avaliamos o hematócrito e a proteína C reativa (PCR) em 2 momentos: ao final de três meses com 12 pacientes e, ao final de seis meses, com 7 pacientes. A média de PCR dos 12 pacientes, no primeiro mês, foi de 5,65mg/l. No terceiro mês, de 2,58mg/l. Porém, no sexto mês, considerando apenas os 7 que terminaram o projeto, foi de 4,55mg/l. Não foi observada diferença significativa. A média final dos hematócritos(Htc) observada nos pacientes foi de 28,74 %. A média dos Htc na avaliação de seis meses que precederam o início do projeto, foi de 26,22%. Não foi observada diferença estatisticamente significante, quer nos 12 pacientes acompanhados por três meses ou nos 7 que conseguiram concluir o estudo. Não observamos correlação entre os níveis de PCR e os de hematócrito. No entanto, em nossa amostragem, a média de PCR basal não estava elevada e este pode ter sido um fator importante nos resultados díspares em relação aos dados da literatura. Sendo assim, concluímos que, em nossa amostra, não obtivemos benefícios com o uso da pentoxifilina. Porém, certamente se fazem necessários estudos mais amplos e controlados para que se possa chegar a conclusões que norteiem a indicação clínica desta droga como coadjuvante da EPO.
  • Item
    Prevalência de portadores de Neisseria meningitidis em profissionais de Saúde recém-admitidos em um hospital escola.
    (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2008) Pacheco, Luciana Maria de Medeiros [UNIFESP]; Pereira, Luiz Alberto Amador [UNIFESP]
    Introdução: Os profissionais de saúde estão expostos a vários riscos no desenvolvimento de suas atividades, no ambiente hospitalar, especialmente os biológicos. As doenças infectocontagiosas são as principais fontes de transmissão de microrganismos de pacientes para profissionais, através de diferentes vias. A doença meningocócica, cuja transmissão é respiratória, causa pânico na população, inclusive entre estes profissionais, devido ao seu caráter epidêmico e letalidade elevada. Objetivos: Determinar a prevalência de portadores de Neisseria meningitidis em profissionais de saúde recém-admitidos em um hospital escola e verificar a colonização da nasofaringe destes profissionais expostos ao microrganismo 12 meses após a admissão, bem como a aplicação das medidas de prevenção e uso de quimioprofilaxia preconizadas. Métodos: Estudo de painel de medidas repetidas, onde os indivíduos selecionados foram avaliados, através de coleta de cultura de nasofaringe, antes da exposição e, num segundo momento, doze meses após a exposição já definida anteriormente. Participaram da pesquisa 117 profissionais de saúde aprovados em concurso púbico e lotados no hospital entre janeiro de 2004 e dezembro de 2005. A análise descritiva das variáveis qualitativas foi apresentada em valores absolutos e relativos e as quantitativas através das medidas de tendência central e de distribuição do conjunto de medidas registradas. Foi utilizado o teste de McNemar para comparar a distribuição de duas variáveis correlacionadas. Resultados: Os 117 profissionais de saúde avaliados apresentaram uma média de idade de 34 anos e 86% eram da categoria de enfermagem. Apenas 3% eram portadores de Neisseria meningitidis no exame admissional. Distribuídos nos setores do hospital, 76% foram selecionados para enfermarias, pronto atendimento e unidade semi-intensiva. Cerca de 66% dos profissionais trabalharam anteriormente em serviços de saúde e 46,1% exerciam, concomitantemente à admissão no hospital, a mesma atividade em outras unidades. Apenas 19% referiram contato recente com pacientes com doença meningocócica e 90% foram orientados a usar máscara ao prestarem assistência a pacientes com esta doença. No intervalo estudado, somente 4% destes profissionais utilizaram rifampicina como quimioprofilaxia, sendo que 68% tiveram contato com pacientes internados com doença meningocócica neste período. Apesar da orientação sobre o uso de máscara, 32% não a utilizaram. Não houve registro de nenhum resultado positivo para Neisseria meningitidis, na cultura realizada nestes profissionais, após um ano de exposição ao microrganismo, no ambiente hospitalar. Conclusões: Não houve colonização dos profissionais de saúde pela Neisseria meningitidis, o que nos permite corroborar as medidas de precaução, padronizadas universalmente, para prevenção da doença meningocócica no ambiente hospitalar
  • Item
    Prevalência da hepatite por vírus C nas unidades de dialise em Maceió
    (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Gouveia, Ebeveraldo Amorim [UNIFESP]; Pinhal, Maria Aparecida da Silva [UNIFESP]
    Objetivo: Detectar a prevalência da hepatite C nas unidades de diálise em Maceió. Métodos: 569 pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em programa regular de hemodiálise (HD) em 6 clínicas de diálise foram incluídos. A análise laboratorial constou da pesquisa do anticorpo do vírus da hepatite C (anti-HCV) ELISA-3ª (ensaio imunoenzimático de 3ª geração) nos pacientes. Nos casos positivos para o anti-HCV, foi realizada a transcrição reversa seguida da amplificação do c-DNA em cadeia RT-PCR (HCV-RNA). Resultados: Detectaram-se 66/569 pacientes com sorologia positiva, o que corresponderia a uma prevalência de 11,6%, porém, quando realizamos a RT-PCR nos pacientes com anti-HCV positivo, o percentual da viremia encontrada é de 39,5% (26/66). Conclusões: O anti-HCV, por sua sensibilidade e baixo custo, deve ser realizado entre os portadores de DRC como teste para screening e que a RT-PCR, por ser um exame de maior especificidade, deve ser usado para a confirmação de resultados positivos e verificação de falsopositivos encontrados no ELISA-3ª.
  • Item
    Ferropenia em doadores de sangue da Santa Casa de Misericórdia em Maceió-Alagoas
    (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2007) Araujo, Cinthya Pereira Leite Costa de [UNIFESP]; Braga, Alfésio Luís Ferreira [UNIFESP]
  • Item
    Efeitos de metaloproteases do veneno de jararaca (Bothrops leucurus) e do veneno de aranha marrom (Loxosceles intermedia) sobre células endoteliais e componentes da matriz extracelular
    (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2006) Gremski, Luiza Helena [UNIFESP]; Veiga, Silvio Sanches [UNIFESP]
    A nova metaloprotease fibrinolítica isolada do veneno de Bothrops leucurus, denominada leucurolisina-a (23kDa), apresenta-se como um componente de significativo potencial terapêutica para o tratamento de distúrbios de coagulação, pela sua capacidade de dissolução de trombos. A caracterização dessa enzima mostrou similaridade de seqüência com outras metaloproteases de veneno de cabra que pertencem à classe P-I, além de exibir o sítio catalítico consenso para ligação do íon zinco. É destituída de atividade hemorrágica. Além de fibrinolítica, a enzima mostrou atividade também sobre fibronectina e fibrinogênio. No entanto, a laminina, não foi degradada pela protease, assim como o colágeno I. A protease inibiu a agregação plaquetária induzida por ADP de maneira dose dependente. O efeito citotóxico da leuc¬a sobre células endoteliais em cultura pôde ser observado apenas quando a exposição ocorreu em tempos prolongados e com altas concentrações da metaloprotease. Quando nessas condições, as células expostas alteram a sua morfologia por uma diminuição da adesão, tornando-se arredondadas e culminando no desprendimento lotal do substrato. Não houve redução da viabilidade das células endoteliais expostas à leuc-a em concentrações moderadas. Quando a sua concentração e tempo de exposição foram aumentados de maneira significativa, as células desprendidas perderam sua estabilidade estrutural, o que resultou na lise de parte delas. A atividade do veneno total de B. leucurus sobre as células endoteliais foi similar à leuc-a, porém numa intensidade muito maior. Outra metaloprotease purificada do veneno de Bothrops leucurus pelo grupo foi uma enzima pertencente à classe P-III das metaloproteases de venenos de serpentes (55 kDa). Resultados preliminares mostram uma atividade hemorrágica intensa por parte dessa protease. Análises do perfil proteolítico dessa nova metaloprotease caracterizaram-na com uma potente α-fibrinogenase. A metaloprotease de 55 kDa não mostrou atividade proteolítica sobre laminina e degradou apenas parcialmente colágeno IV. No entanto, mostrou atividade bastante potente sobre a entactina. Análises da atividade dessa protease sobre os colágenos do tipo I e IV mostraram apenas degradação parcial. No entanto, quando testada sobre gelatina essa protease de massa molecular aproximada de 55 kDa comporta-se com uma gelatinase. Diversas metaloproteases também já foram isoladas e caracterizadas nos venenos de aranhas marrons (gênero Loxosceles). Quando células endoteliais em cultura foram expostas ao veneno do L. intermedia observou-se uma profunda alteração na morfologia dessas células, tornando-se arredondadas e com longas filopodia sendo projetadas da periferia da célula. A marcação dos filamentos de actina e da vinculina por fluorescência, mostrou a desorganização do citoesqueleto e reorganização dos pontos de adesão focal, eventos estes que acontecem simultaneamente com as mudanças morfológicas observadas. Houve diminuição do perfil de adesão das células sobre fibronectina após exposição ao veneno de L. intermedia. Além disso, a imunomarcação da fibronectina na matriz extracelular das células em cultura expostas ao veneno confirmou a atividade fibronectinolítica do veneno. Esse resultado, junto com a observação da ligação direta do veneno à superfície celular, pode explicar a citotoxicidade induzida pelo veneno sobre as células endoteliais.