PPG - Medicina (Obstetrícia)

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    Acesso aberto (Open Access)
    Características clínicas, evolutivas e assistenciais da doença trofoblástica gestacional em dois centros de referência do Ceará
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-29) Linhares, Eveline Valeriano Moura [UNIFESP]; Sun, Sue Yazaki [UNIFESP]; Feitosa, Francisco Edson de Lucena; http://lattes.cnpq.br/8026288025235650; http://lattes.cnpq.br/3253295555494164; http://lattes.cnpq.br/4832676562292666
    Objetivo: Determinar o perfil das mulheres submetidas ao esvaziamento uterino por suspeita de mola hidatiforme (MH), de acordo com suas características sociodemográficas, clínicas, laboratoriais, ultrassonográficas, anatomopatológicas e desfecho em dois serviços de referência no Nordeste do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo em dois centros de referência entre outubro de 2016 e dezembro de 2022 com mulheres submetidas a esvaziamento uterino por suspeita de MH. Foram avaliadas características sociodemográficas, clínicas, bioquímicas, ultrassonográficas, anatomopatológicas e desfecho. Resultados: 507 mulheres com suspeita clínica de doença trofoblástica gestacional foram admitidas, das quais 334 foram confirmadas, sendo 107 no centro de referência do Hospital Regional Norte- Sobral (CR- HRN): 64 MC, 27 MP, 8 MNC, 4 abortamentos/ restos deciduais, 4 NTG, e 227 no centro de referência da Maternidade Escola Assis Chateaubriand- Fortaleza (CR- MEAC): 136 MC, 78 MP, 5 MNC, 3 abortamentos / restos deciduais, 5 NTG. A distância média entre o centro de referência e a cidade da paciente foi de 88 km. A média de idade das mulheres foi de 27 ± 9 anos, com predomínio de 19 a 39 anos (72%), e aproximadamente 60% dos casos foram diagnosticados ≤ 12 semanas de gestação. Acerca da paridade, a maioria das pacientes eram multíparas 185/55%, sendo que no CR- HRN houve maior percentual (63/58.9%). Sangramento vaginal foi observado em 79.3% das pacientes, e dentre os sintomas associados, prevaleceu pré- eclampsia no CR- MEAC (13/5.7%). Quando comparados os centros, predominou em Fortaleza (p = 0,002), o hCG quantitativo pré- esvaziamento maior que 225 mil. A ultrassonografia transvaginal apresentou aspecto típico em 90% dos exames. O aspecto macroscópico foi descrito como vesícula em 70% dos casos. O esvaziamento uterino foi realizado principalmente por curetagem uterina (44.2%), mas comparando os centros, este procedimento se deu mais por AMIU em Fortaleza (94/41.8%) do que em Sobral (16/15.8%), com significância estatística (p<0.001). A maioria das mulheres não teve complicações (68.6%). O desfecho considerado remissão foi alcançado em 37.1% dos casos; o abandono do seguimento, foi maior em Sobral (26/24.3%) do que em Fortaleza (31/13.7%). Outras 30/9% não chegaram a iniciar o seguimento (15/14% CR- HRN e 15/6.6% no CR- MEAC). Dentre as 73 pacientes acompanhadas por NTG, 9 mulheres abandonaram o seguimento com hCG ainda positivo. Conclusões: Foram analisados os dados de 334 pacientes conduzidas por suspeita de mola nos dois centros, dos quais, 107 casos no CR- HRN e 227 casos no CR- MEAC. A idade média foi 27±9 anos e a idade gestacional média foi 12.6±4.2 semanas, sem diferença entre os centros. Houve maior percentual de multípara (63/58.9%) no CR- HRN. Somente 8/2,4% referiram antecedente obstétrico de DTG. A maioria das mulheres relatou sangramento genital 264/333 (79.3%), e pré- eclampsia foi mais prevalente no CR- MEAC 13/5,7%. A distância percorrida pelas mulheres até os centros de referência foi elevada, mas a maioria delas não apresentou complicações. Categorizando o hCG quantitativo, observou-se que o maior valor (>225mil) foi encontrado na mola completa- 68,4% no CR- HRN e 81,8% no CR- MEAC. A remissão foi observada em 37.1% das mulheres com mola hidatiforme, porém em 48% o desfecho é desconhecido pois tiveram última consulta com hCG ainda positivo. Além disso, 12% das pacientes com NTG também não completaram tratamento. Conclui-se que o seguimento pós-molar e de pacientes em tratamento por NTG nos dois centros estudados, necessitam ser aprimorados pela busca ativa das pacientes, que enfrentam inúmeras barreiras sociais e demográficas.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Marcadores ultrassonográficos e resultados perinatais adversos em fetos portadores de gastrosquise simples e complexa
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-24) Caldas, João Victor Jacomele (UNIFESP); Araújo Júnior, Edward [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/5179085789918719
    Objetivos: o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre marcadores ultrassonográficos de fetos com gastrosquise e desfechos neonatais adversos. Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que incluiu na análise estatística 46 recém-nascidos com gastrosquise que tiveram assistência pré-natal e parto entre 2009 a 2019. As variáveis observadas incluíram dados sociodemográficos, dados ultrassonográficos, dados de nascimento e os respectivos resultados neonatais. Os testes de normalidade D'Agostino e Pearson foram utilizados para analisar se os valores apresentaram distribuição Gaussiana. O teste de Mann Whitney foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição não paramétrica entre os grupos. O teste T Student foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição paramétrica entre os grupos. O teste Qui quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre os grupos e variáveis categóricas. A regressão logística binária foi utilizada para determinar os melhores preditores gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos. A razão de chances (OR) para o desenvolvimento gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos com diferença estatística entre os grupos foi determinada por regressão logística binomial stepwise. Resultados: após o nascimento, 78% gastrosquises foram classificadas como simples e 22% como complexas. Foi observado associação significativa entre o tipo de gastrosquise e a prevalência em primigestas, sendo as gastrosquises simples mais prevalentes nesse grupo (40,0 vs 77,8%, p=0,022). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre idade materna (p=0,658), índice de massa corporal (p=0,877), número de gestações (p=0,096), etnia (p=0,706), uso de drogas (p=1,00), uso de antinflamatório não esteroidal/ácido acetilsalicílico (p=0,591), uso de anticoncepcional oral (p=0,971), infecção sexualmente transmissível (p=0,432) e infecção do trato urinário (p=0,482). Os fetos com gastrosquise complexa apresentaram peso fetal estimado durante o exame de ultrassonografia significativamente menor que aqueles com gastrosquise simples (1907,0 vs 2171,0, p=0,040, respectivamente). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre a medida do índice de líquido amniótico (p=0,137), diâmetro da alça intra-abdominal (p=0,089), diâmetro da alça extra-abdominal (p=0,092), espessura da alça intestinal (p=1,00) e diâmetro da abertura do defeito (p=0,158). Os recém-nascidos com gastrosquise complexa, apresentaram maior prevalência de óbito neonatal precoce, quando comparados aos recém-nascidos com gastrosquise simples (30,0% vs 2,8%, p=0,007, respectivamente). A medida da abertura do defeito associou-se a sepse neonatal [X2: 6.31 (1), OR:0,92, IC95% (0,85-0,98), p=0,020] e a presença de gastrosquise complexa [X2: 7,33 (1), OR: 23,25, IC95% 1,92- 280,77, p=0,013] foi o único preditor significativo para óbito neonatal precoce. A presença de gastrosquise complexa aumenta o risco óbito neonatal precoce em 23,25 vezes. Conclusões: gastrosquise complexa esteve associada a redução na necessidade de nutrição enteral e aumento do risco de óbito neonatal precoce. A medida de abertura do defeito se mostrou um preditor significativo para sepse neonatal em ambas as gastrosquises simples e complexas.
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    Intervenção com o uso da classificação de Robson para reduzir as taxas de cesáreas em hospitais municipais de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-11) Guimarães, Alberto Jorge Sousa [UNIFESP]; Torloni, Maria Regina [UNIFESP]; Sass, Nelson [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6079546404174722; http://lattes.cnpq.br/5661395483781554; http://lattes.cnpq.br/2755071833604953
    Introdução: A elevada porcentagem de partos por cesárea (CS) é um problema de saúde pública global desafiador que também afeta hospitais públicos brasileiros. Várias estudos descrevem o uso de auditoria e feedback usando a classificação de Robson para reduzir as taxas de CS. Porém, até 2015 havia poucos estudos sobre o tema envolvendo hospitais públicos brasileiros. Objetivo: Analisar a efetividade e segurança de uma intervenção multifacetada envolvendo auditoria e feedback com a classificação de Robson para reduzir as taxas de CS em hospitais públicos municipais da cidade de São Paulo. Métodos: Este estudo de serie temporal interrompida envolveu os seis hospitais públicos paulistanos com as maiores taxas de CS em 2014. O estudo foi realizado em 20152017 (30 meses). Colhemos dados mensais sobre as taxas gerais de CS e por grupo de Robson durante três períodos: PréIntervenção (01/07/201530/06/2016, 12 meses), Intervenção (01/07/201631/12/2016, 6 meses) e PósIntervenção (01/01/201731/12/2017, 12 meses). A intervenção teve seis componentes dirigidos aos gestores e profissionais de saúde: 1) auditoria e feedbaack periódicos das taxas de CS usando a classificação de Robson, 2) goal setting para a taxa geral de CS (< 35%), 3) distribuição e incentivo ao uso de protocolos assistenciais baseados em evidências, 4) reuniões educativas informativas periódicas com os coordenadores de obstetrícia dos hospitais, 5) Newsletters informativas periódicas, 6) tutoria entre hospitais. Resultados: Não houve mudança estatisticamente significativa nas taxas gerais médias de CS entre os três períodos em nenhum dos hospitais. Porém, cinco dos seis hospitais tiveram redução significativa nas taxas de CS em pelo menos um dos grupos de Robson no período pósintervenção comparado com o período préintervenção ou intervenção. Ocorreu redução significativa nas taxas de CS nos grupos de Robson 1 e 5a em dois hospitais, no grupo 2a em um hospital, no grupo 4 (e 4a) em um hospital, e no grupo 5b em um hospital. Não houve mudança significativa na razão de mortalidade materna durante o estudo em nenhum dos hospitais. Cinco dos seis hospitais não tiveram mudança significativa nas taxas de asfixia (Apgar <7 no 5º minuto) entre os três períodos do estudo. O único hospital que não teve mudança significativa nas taxas de CS em nenhum dos grupos de Robson teve um aumento significativo na taxa de asfixia neonatal no período pósintervenção comparado com o préintervenção. As taxas de mortalidade perinatal ficaram inalterada ao longo do estudo em cinco hospitais e cairam significativamente em um hospital no período pósintervenção comparado com o período intervenção. Conclusão: A intervenção multifacetada não produziu uma redução significativa nas taxas gerais de CS. Porém, cinco dos seis hospitais tiveram redução significativa nas taxas de CS em pelo menos um dos grupos de Robson, sem aumentar eventos adversos maternos ou perinatais.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Resultados perinatais de neonatos com gastrosquise em uma maternidade de referência do Ceará: estudo retrospectivo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-14) Esteche, Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; Araujo Júnior, Edward [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/7773772110714792
    Objetivos: Avaliar os desfechos de recém-nascidos(RN) com gastrosquise em uma maternidade terciária em Fortaleza- Ceará; apresentar a prevalência da gastrosquise entre 2014-2022. Método: Estudo observacional, retrospectivo, coorte de base hospitalar, realizado em RN com gastrosquise na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará/ EBSERH, entre 2014 e 2022. Foram analisados os prontuários de todos os RN portadores de gastrosquise e que nasceram na maternidade referida, perfazendo uma amostra total de 46 RN. Os dados do estudo foram coletados e gerenciados usando a ferramenta REDCap. As variáveis foram apresentadas em média e desvio-padrão e mediana, percentis, razão de chance. Na investigação de associação entre as variáveis foram utilizados os seguintes testes: Teste qui-quadrado de independência; Teste de soma de postos de Wilcoxon; Teste exato de Fisher e regressão logística binominal. Adotou-se um nível de significância de 5%. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico R. Resultados: Nos casos de gastrosquise analisados, observou-se que 65,2% dos recém-nascidos tiveram alta, enquanto 34,8% vieram a óbito. Dos 46 casos identificados, 44 foram categorizados, sendo 33 como gastrosquise simples e 11 como gastrosquise complexa. Em 97,8% dos recém-nascidos foi realizada alguma intervenção cirúrgica, sendo que em 71,1% dos casos foi feita apenas uma intervenção e 82,2% dos recém-nascidos receberam reparo por fechamento primário. A infecção neonatal foi a intercorrência clínica mais frequente. Todos os recém-nascidos foram encaminhados para a UTIN. Conclusão: A mortalidade em recém-nascidos com gastrosquise é multifatorial e influenciada por diversos fatores relacionados à mãe, ao bebê e à assistência recebida. A otimização do acompanhamento pré-natal, a realização de um fechamento primário precoce e a minimização do tempo de ventilação mecânica são medidas importantes para melhorar o prognóstico desses bebês.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Fatores clínicos e ultrassonográficos associados ao abortamento espontâneo em gestações intrauterinas viáveis no primeiro trimestre de gestação
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-03) Saucedo, Hugo Batista[UNIFESP]; Sun, Sue Yazaki [UNIFESP]; Hatanaka, Alan Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3509453567791268; http://lattes.cnpq.br/3253295555494164
    Introdução: o estudo aborda fatores demográficos e clínicos como idade materna avançada, náuseas, vômitos, dor mamária e sangramento vaginal e ultrassonográficos associados a abortamentos espontâneos em gestações intrauterinas viáveis de primeiro trimestre. Métodos: Foi realizado um estudo transversal prospectivo no ambulatório de gestação inicial (AGI) da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e na clínica Ultramed Serviços Médicos LTDA, entre maio de 2021 e maio de 2024. Foram incluídas gestantes com viabilidade embrionária comprovada entre 5 semanas e 4 dias e 10 semanas e 6 dias. Gestações múltiplas e malformações uterinas foram excluídas. Ultrassonografias transvaginais foram realizadas para avaliar parâmetros como saco gestacional, embrião/feto, saco vitelínico, hematoma subcoriônico, frequência cardíaca fetal, entre outros. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados e analisados estatisticamente. Resultados: Das 294 participantes iniciais, 258 foram incluídas, com 83,3% progredindo para uma gravidez evolutiva e 16,7% sofrendo abortamento espontâneo. Marcadores como diferença entre o diâmetro do saco gestacional e CCN e frequência cardíaca fetal abaixo do percentil 5 para a idade gestacional foram significativamente associados ao risco de aborto espontâneo. Não houve associação com hematoma subcoriônico, presença de saco vitelínico, tamanho do corpo lúteo ou variáveis clínicas como sangramento vaginal e sintomas como náusea/vômito e dor mamária. Discussão: Os resultados confirmam a literatura sobre a taxa de abortamento espontâneo e a associação de marcadores de ultrassonografia como preditores de resultados adversos. Uma diminuição na diferença saco gestacional/CRL e frequência cardíaca fetal abaixo do 5º percentil demonstraram aumentar significativamente o risco de abortamento espontâneo. No entanto, o tamanho do hematoma subcoriônico e outros marcadores não mostraram associações consistentes com o resultado do abortamento espontâneo. Conclusão: Marcadores ultrassonográficos de frequência cardíaca fetal e diferença entre saco gestacional/CRL foram os únicos associados ao abortamento espontâneo no primeiro trimestre, diferentemente de variáveis clínicas como sangramento vaginal e sintomas gastrointestinais. Esses resultados reforçam a importância da avaliação ultrassonográfica precoce na predição de riscos gestacionais. Este resumo condensa os principais métodos e achados do estudo, destacando a relevância da ultrassonografia no manejo clínico de gestações de alto risco.