PPG - Medicina (Obstetrícia)

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    Acesso aberto (Open Access)
    Resultados perinatais de neonatos com gastrosquise em uma maternidade de referência do Ceará: estudo retrospectivo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-14) Esteche, Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; Araujo Júnior, Edward [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/7773772110714792
    Objetivos: Avaliar os desfechos de recém-nascidos(RN) com gastrosquise em uma maternidade terciária em Fortaleza- Ceará; apresentar a prevalência da gastrosquise entre 2014-2022. Método: Estudo observacional, retrospectivo, coorte de base hospitalar, realizado em RN com gastrosquise na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará/ EBSERH, entre 2014 e 2022. Foram analisados os prontuários de todos os RN portadores de gastrosquise e que nasceram na maternidade referida, perfazendo uma amostra total de 46 RN. Os dados do estudo foram coletados e gerenciados usando a ferramenta REDCap. As variáveis foram apresentadas em média e desvio-padrão e mediana, percentis, razão de chance. Na investigação de associação entre as variáveis foram utilizados os seguintes testes: Teste qui-quadrado de independência; Teste de soma de postos de Wilcoxon; Teste exato de Fisher e regressão logística binominal. Adotou-se um nível de significância de 5%. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico R. Resultados: Nos casos de gastrosquise analisados, observou-se que 65,2% dos recém-nascidos tiveram alta, enquanto 34,8% vieram a óbito. Dos 46 casos identificados, 44 foram categorizados, sendo 33 como gastrosquise simples e 11 como gastrosquise complexa. Em 97,8% dos recém-nascidos foi realizada alguma intervenção cirúrgica, sendo que em 71,1% dos casos foi feita apenas uma intervenção e 82,2% dos recém-nascidos receberam reparo por fechamento primário. A infecção neonatal foi a intercorrência clínica mais frequente. Todos os recém-nascidos foram encaminhados para a UTIN. Conclusão: A mortalidade em recém-nascidos com gastrosquise é multifatorial e influenciada por diversos fatores relacionados à mãe, ao bebê e à assistência recebida. A otimização do acompanhamento pré-natal, a realização de um fechamento primário precoce e a minimização do tempo de ventilação mecânica são medidas importantes para melhorar o prognóstico desses bebês.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Fatores clínicos e ultrassonográficos associados ao abortamento espontâneo em gestações intrauterinas viáveis no primeiro trimestre de gestação
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-03) Saucedo, Hugo Batista[UNIFESP]; Sun, Sue Yazaki [UNIFESP]; Hatanaka, Alan Roberto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3509453567791268; http://lattes.cnpq.br/3253295555494164
    Introdução: o estudo aborda fatores demográficos e clínicos como idade materna avançada, náuseas, vômitos, dor mamária e sangramento vaginal e ultrassonográficos associados a abortamentos espontâneos em gestações intrauterinas viáveis de primeiro trimestre. Métodos: Foi realizado um estudo transversal prospectivo no ambulatório de gestação inicial (AGI) da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e na clínica Ultramed Serviços Médicos LTDA, entre maio de 2021 e maio de 2024. Foram incluídas gestantes com viabilidade embrionária comprovada entre 5 semanas e 4 dias e 10 semanas e 6 dias. Gestações múltiplas e malformações uterinas foram excluídas. Ultrassonografias transvaginais foram realizadas para avaliar parâmetros como saco gestacional, embrião/feto, saco vitelínico, hematoma subcoriônico, frequência cardíaca fetal, entre outros. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados e analisados estatisticamente. Resultados: Das 294 participantes iniciais, 258 foram incluídas, com 83,3% progredindo para uma gravidez evolutiva e 16,7% sofrendo abortamento espontâneo. Marcadores como diferença entre o diâmetro do saco gestacional e CCN e frequência cardíaca fetal abaixo do percentil 5 para a idade gestacional foram significativamente associados ao risco de aborto espontâneo. Não houve associação com hematoma subcoriônico, presença de saco vitelínico, tamanho do corpo lúteo ou variáveis clínicas como sangramento vaginal e sintomas como náusea/vômito e dor mamária. Discussão: Os resultados confirmam a literatura sobre a taxa de abortamento espontâneo e a associação de marcadores de ultrassonografia como preditores de resultados adversos. Uma diminuição na diferença saco gestacional/CRL e frequência cardíaca fetal abaixo do 5º percentil demonstraram aumentar significativamente o risco de abortamento espontâneo. No entanto, o tamanho do hematoma subcoriônico e outros marcadores não mostraram associações consistentes com o resultado do abortamento espontâneo. Conclusão: Marcadores ultrassonográficos de frequência cardíaca fetal e diferença entre saco gestacional/CRL foram os únicos associados ao abortamento espontâneo no primeiro trimestre, diferentemente de variáveis clínicas como sangramento vaginal e sintomas gastrointestinais. Esses resultados reforçam a importância da avaliação ultrassonográfica precoce na predição de riscos gestacionais. Este resumo condensa os principais métodos e achados do estudo, destacando a relevância da ultrassonografia no manejo clínico de gestações de alto risco.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Curvas de referência dos escores Z dos parâmetros biométricos de corações fetais
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-07) Vieira, Márcio Fragoso [UNIFESP]; Araujo Júnior, Edward [UNIFESP]; Bravo-valenzuela, Nathalie Jeanne Magioli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0874075465945934; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/1087235714401355
    Objetivos: determinar equações para cálculo do escores Z de estruturas cardíacas fetais entre 18 e 34 semanas de gestação. Construir tabelas e curvas de referência de percentis das estruturas estudadas. Avaliar a reprodutibilidade intra e interobservador das medidas obtidas. Método: foi realizado um estudo prospectivo transversal envolvendo 340 fetos de gestações únicas entre 18 e 34 semanas de idade gestacional (IG). Avaliaram-se 19 estruturas cardíacas: diâmetro do anel da valva mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar; comprimento, diâmetro e área dos ventrículos esquerdo e direito; área e circunferência cardíaca; diâmetro da aorta ascendente, istmo aórtico, tronco pulmonar, artéria pulmonar direita, artéria pulmonar esquerda e ducto arterioso. Realizou-se análise de regressão determinando-se equações para média e desvio-padrão (DP) de todas as estruturas utilizando como variáveis independentes a IG, diâmetro biparietal (DBP) e comprimento do fêmur (CF). Resultados: todas as equações obtiveram altos coeficientes de determinação (R²). O melhor desempenho foi utilizando-se a IG (R² 0,819 a 0,944), seguido pelo CF (R² 0,813 a 0,937) e DBP (R² 0,792 a 0,934). A estrutura que demonstrou maior R² foi circunferência cardíaca e a menor, o ducto arterioso. Criaram-se tabelas de referência dos percentis 2,5, 5, 10, 50, 90, 95 e 97,5 e curvas de referência dos percentis 5, 10, 50, 90 e 95 para todas as estruturas cardíacas em função da IG. Todas as medidas demonstram boa a excelente reprodutibilidade com coeficiente de correlação intraclasse (CCI) interobservador de 0,774 a 0,972 e intraobservador de 0,938 a 0,993. Conclusões: produziram-se equações para o cálculo dos escores Z, além de tabelas e curvas de percentis para 19 estruturas cardíacas fetais. Todas as medidas demonstraram boa reprodutibibilidade.
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    Acesso aberto (Open Access)
    A experiência de gestar na pandemia de COVID-19: um estudo qualitativo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-28) Lopes, Mariana Corniani [UNIFESP]; Abuchaim, Erika de Sá Vieira [UNIFESP]; Beck, Cheryl Tatano; https://nursing.uconn.edu/person/cheryl-beck/; http://lattes.cnpq.br/9049493842666015; lattes.cnpq.br/7963862721230512
    Introdução: Inicialmente, as gestantes não foram consideradas população de risco. Após as gestantes e puérperas se mostrarem potenciais vítimas deste vírus, essa posição foi revista. Na tentativa de conter a disseminação da doença, medidas de distanciamento social foram tomadas impactando diretamente a dinâmica de vida destas mulheres que gestaram durante a pandemia. Objetivo: Descrever a experiência das mulheres acerca da vivência da gestação na pandemia Covid-19. Métodos: A Análise de Conteúdo de Krippendorff foi adotada como referencial teórico e metodológico. O estudo foi desenvolvido em duas unidades de uma maternidade privada localizada no município de São Paulo. A população investigada foi composta de mulheres com 18 anos ou mais, que pariram com IG ≥36 semanas e estavam com mais de 24h pós-parto. A amostra, definida por conveniência temporal, estabeleceu-se com 106 mulheres. Os dados foram coletados entre novembro de 2020 a maio de 2021, por meio de uma equipe de coletores previamente treinados. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas, transcritas e posteriormente analisadas segundo as etapas preconizadas pelo referencial escolhido. Resultados: Seguindo os pressupostos da análise de Krippendorff, quatro temas principais emergiram: Medo, Cuidando e comemorando a gestação, Malefícios do Isolamento e Benefícios do Isolamento. Os achados deste estudo se alinham à literatura internacional. Conclusão: A pandemia influenciou negativamente a vivência das gestantes, quebrando suas expectativas e tornando a gravidez solitária, exaustiva e ocasionando importante sofrimento mental a essas mulheres. Porém, para uma parcela, houve um importante “lado bom”. A pandemia foi considerada um momento propício de dedicação à gestação, de tranquilidade, fortalecimento de vínculo familiar e de oportunidade de mudanças.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Correlação do sítio de implantação placentário frente às principais intercorrências da transfusão intrauterina pela aloimunização ao fator RH
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-04) Pacheco, Gilda Helena Arruda Sousa [UNIFESP]; Pares, David Baptista da Silva [UNIFESP]; Lobo, Guilherme Antonio Rago [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0616754415902415; http://lattes.cnpq.br/6323380679327937; http://lattes.cnpq.br/1610210738310090
    RESUMO Objetivos: este trabalho teve como proposição estudar a correlação do sítio de implantação placentário frente às principais intercorrências da transfusão intrauterina pela aloimunização ao fator Rh, através da análise dos resultados do programa de TIU da Escola Paulista de Medicina (EPM), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no período entre janeiro de 1991 e julho de 2021. Foram também avaliadas as associações entre a localização do sítio placentário com as seguintes intercorrências: aumento do tempo de procedimento, aumento do tempo de sangramento, hidropsia fetal e bradicardia fetal e também em relação ao desfecho adverso do óbito fetal e neonatal, bem como, do óbito global. Método: Foram avaliadas retrospectivamente 388 TIUs realizadas em 169 fetos de mães aloimunizadas, entre janeiro de 1991 e julho de 2021. Regressões logísticas univariadas e multivariadas e também o modelo linear foram utilizados para avaliação da ocorrência das seguintes intercorrências do procedimento: aumento do tempo do procedimento, aumento do tempo de sangramento do cordão umbilical e bradicardia fetal frente a localização placentária e verificação da associação desses fatores com a ocorrência tanto do óbito fetal quanto do neonatal. Fetos com hidropisia e bradicardia fetal que foram submetidos ao procedimento foram analisados quanto ao desfecho através de modelos logísticos. Resultados: A idade média da população materna estudada foi de 29,3 anos. A maioria dos procedimentos (56,4%) ocorreram em idade gestacional entre 28 e 32 semanas. A taxa global de sobrevida foi de 79%, com 8% de óbitos fetais e 13% de óbitos neonatais. Quanto à localização placentária, 60,6% estavam localizadas na parede anterior e 39,4% na parede posterior. O tempo de realização do procedimento foi menor nas placentas anterioresem relação às posteriores. Em média, as TIUs nas placentas posteriores têm 5,40minutos a mais do que naquelas na parede anterior. TIUs realizadas em pacientes com placenta localizada na parede posterior têm 30,1 vezes maior chance de tempo de sangramento maior. Em nosso estudo, apenas 13,1% das transfusões apresentaram tempo de sangramento superior a 120 segundos. Destes, 31,7% ocorreram em fetos com hidropisia e 60,6% nas placentas localizadas na parede anterior. De forma global, a análise dos óbitos (fetal e neonatal) foram percentualmente maiores no grupo com tempo de sangramento superior a 120 segundos (56,7%) e com placenta localizada na parede posterior (de forma global) em 32,8%. Resta final que a chance de óbito em casos de hidropisia é 97,57 vezes maior do que em casos sem essa condição; de 97,99 vezes maior nos casos de bradicardia em relação aos casos sem essa condição e finalmente 78% maior nos casos de placenta posterior em relação àqueles com sítio de implantação placentário na parede anterior. Conclusões: A TIU para correção da anemia fetal é método seguro. Neste trabalho, conseguimos demonstrar que há correlação entre o sítio de implantação placentário e o maior risco de intercorrências e complicações nesses procedimentos. Nas TIUs de fetos com placenta posterior, a chance de óbito é 78% maior em relação aos fetos com placenta localizada na parede anterior. A hidropisia é condição que sempre remonta a maior risco, sendo marcador importante de gravidade diante de qualquer abordagem terapêutica fetal. Em nosso estudo a chance de óbito fetal nas TIUs nos casos de hidropisia é 131,1 vezes maior e de óbito global (incluindo fetal e neonatal) é 97,57 vezes maior.