Navegando por Palavras-chave "Povos Indígenas"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Centro de Trabalho Indigenista: suas produções (para)didáticas no ensino de História para indígenas(Universidade Federal de São Paulo, 2021-05-25) Monteiro, Luciano Araujo [UNIFESP]; Almeida Neto, Antonio Simplício de; http://lattes.cnpq.br/4291908233389825; http://lattes.cnpq.br/4426699901827810Este trabalho analisa as produções didáticas e paradidáticas indígenas, voltadas ao ensino de História e/ou que transmitam conhecimentos históricos, tendo por foco sua materialidade e conteúdo. Trata-se de obras produzidas pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI), uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 1979 por antropólogos e que atua por mais de quarenta anos, prestando assessoria para comunidades indígenas que buscam por seu auxílio, tendo sempre em vista o princípio de autodeterminação dos povos originários. As fontes de pesquisa foram produzidas entre 1999-2012, momento em que havia maior abertura política para estabelecer o debate em prol das minorias sociais, como ocorrem com as comunidades indígenas. Situação que não é propícia nos dias atuais, dado o exacerbado interesse de agentes do Estado republicano em violar direitos constitucionais dos povos originários, a fim de beneficiar atividades voltadas ao desmatamento predatório, grilagem de terras, garimpo ilegal e agronegócio. Por conta desses entraves que acontecem no tempo presente, este tema de estudo é justificável. Esta dissertação apresenta a importância da educação indígena diferenciada, isto é, o modelo educacional protagonizado pelas comunidades tradicionais em que estas são representadas, segundo suas próprias perspectivas, tendo em vista, as demandas coletivas. Além disso, é apresentado o CTI e suas frentes de atuação, sendo uma delas, a elaboração de livros didáticos em coparceria com grupos indígenas. Foram analisadas sete obras didáticas, de acordo com as ideias difundidas, representações expressas no conteúdo textual e iconográfico e recursos utilizados que tornam ou não a leitura atraente para alunos em via de alfabetização ou que se encontram nos anos finais do ensino fundamental. Os livros produzidos foram distribuídos entre as comunidades ameríndias Guarani, Terena, Timbira e Matis, apresentando-os com agentes históricos e não como personagens passivos, conforme é apresentado por uma historiografia tradicional.
- ItemAcesso aberto (Open Access)As contribuições e saberes dos povos indígenas do Brasil: estratégias para a manutenção e conservação da biodiversidade.(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-11) Dotoli, Gabriella Arrifano [UNIFESP]; Rufino, Marcos Pereira; http://lattes.cnpq.br/3823145049624146Este trabalho pretende questionar a exaltação da natureza intocada defendida por preservacionistas, diante do papel dos povos indígenas na manutenção da biodiversidade do Brasil. Tendo como objetivo refutar a ideia preconcebida de que a riqueza biológica da fauna e flora brasileira só pode ser conservada de forma plena em um estado de intocabilidade, sem qualquer intervenção humana. Traz algumas das tecnologias de manejo utilizadas por povos indígenas, com o intuito de compreender suas contribuições, disseminar o conhecimento e unir o Estado a essas populações como estratégia de conservação ambiental. Além de apresentar a importância do reconhecimento e proteção dos direitos territoriais desses povos possibilitando e garantindo a interação com a natureza de forma sustentável, permitindo assim a manutenção de suas culturas e tradições.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Currículo e decolonialidade na cidade de São Paulo: um estudo sobre as Orientações Pedagógicas: Povos Indígenas(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Lopes, Matheus Hariki Verzegnassi; Carvalho, João do Prado Ferraz de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7803829758779154; http://lattes.cnpq.br/3433027370579146A presente pesquisa aborda a construção de currículos escolares com uma perspectiva decolonial, analisando o documento "Orientações Pedagógicas: Povos Indígenas", produzido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O objetivo do estudo é compreender os avanços desse currículo na abordagem de questões indígenas a partir de uma perspectiva decolonial, ressaltando seu alinhamento com os princípios e desafios dos estudos decoloniais. A pesquisa adota uma abordagem documental, além de incorporar teorias decoloniais de autores como Quijano (2009), Gomes (2012), Santos (2009) e Azevedo (2020), e perspectivas curriculares de Goodson (2008), Moreira e Tadeu (2013) e Sacristán (2000). Os resultados destacam um avanço significativo na educação sobre os povos indígenas sob uma perspectiva decolonial, promovendo a valorização da diversidade cultural, histórica e desafiando as heranças coloniais. As conclusões ressaltam a necessidade contínua de revisitar e reformular os currículos escolares para desconstruir totalmente a herança colonial e promover uma visão decolonial abrangente na educação e na sociedade.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Multifaces da questão social: a atuação do/da Assistente Social na defesa dos direitos dos povos indígenas na aldeia de Paranapuã – São Vicente(Universidade Federal de São Paulo, 2023-03-10) Teixeira, Idalina Costa [UNIFESP]; Pini, Francisca Rodrigues de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7613304101759247; http://lattes.cnpq.br/7910734232638683; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O trabalho intitulado Multifaces da questão social: a atuação do/da assistente social na defesa dos direitos dos povos indígenas na Aldeia de Paranapuã – São Vicente teve por objetivo identificar e analisar as expressões da questão social e compreender o trabalho profissional da/do assistente social e sua incidência na garantia dos direitos da população indígena na aldeia de Paranapuã situada no município de São Vicente/SP. O problema de pesquisa pautou-se nas seguintes questões, como as desigualdades socioeconômicas afetam os povos indígenas? As desigualdades que afetam os povos indígenas são expressões da questão social? E como ocorre a atuação do serviço social na defesa dos direitos da população? Assim, a nossa hipótese se orientou na reflexão referente ao compromisso ético-político do/a assistente social para contribuir com o enfrentamento das violações de direitos vivenciadas pela população indígena, podendo ser este um elo entre as políticas sociais, os direitos e a população indígena, na luta contra as formas de discriminação e exploração sociais existentes. O processo metodológico se pautou pela teoria social, que parte da compreensão dos fenômenos sociais, das expressões da questão social para compor a totalidade do objeto. A metodologia da pesquisa se constituiu em processo qualitativo, por meio de pesquisa bibliográfica sobre a temática, grupo focal com duas lideranças indígenas e entrevista com questões semiestruturada com a assistente social do Centro de Referência de Assistência Social, que atende os povos indígenas. Após a sistematização dos dados coletados identificamos que as expressões da questão social que afetam a vida dos indígenas são decorrentes da formação social, política, econômica e cultural do Brasil e que as lutas e resistências forjadas nesse processo pelos povos indígenas nos permitiram a compreensão dos modos de vida, a sua cultura e lutas travadas desde o processo de colonização até a atualidade. Neste movimento dinâmico e dialético se insere a Aldeia Paranapuã, como tantas outras no Brasil, enfrenta a luta pela terra, por meio da regularização fundiária, em disputas exaustivas para defender seu espaço e sua cultura de forma articulada com coletivos, profissionais e Universidades, em particular o/a assistente social que tem se apresentado como aliado na defesa intransigente dos direitos.
- ItemEmbargoPaisagem cultural e conservação de florestas na Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Prumirim (Tekoa Jaexaá Porã)(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-16) Berte, Marccella Lopes [UNIFESP]; Vieira, Elisa Hardt Alves [UNIFESP]; Talebi, Mauricio Gomes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8900428205538307; http://lattes.cnpq.br/1622817303276574; http://lattes.cnpq.br/5109478892294084A Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Prumirim, ocupada pelos indígenas do povo Guarani Mbya é considerada uma área duplamente protegida e a mais eficaz na conservação da vegetação nativa em todo o território nacional. Os indígenas dessa comunidade são responsáveis por conservar 5.298 hectares de Floresta Atlântica o que representa 97% da cobertura da área atual. As atividades dos indígenas neste território envolvem o uso parcial dos recursos naturais, baseados na sua cosmovisão de conservação de florestas. Tal cosmovisão determina o uso e cobertura da terra, incluindo a construção de moradias em áreas de menor valor para a proteção da vegetação nativa. O objetivo deste estudo foi compreender relações entre cultura e natureza na área de estudo e construir e analisar expectativas de mudanças no uso e cobertura da terra. O método utilizado baseou-se em uma revisão bibliográfica sobre a área de estudo e um conjunto de ferramentas participativas para a construção de mapas em sistema de informação geográfica, cálculo e análise de métricas de ecologia de paisagem, comparando o cenário de expectativas com a o mapa recente. Os resultados mostram um cenário para os próximos 13 anos, baseado no desejo de ocupar áreas já "abertas", e demandas voltadas principalmente para a construção de moradias e espaços comunitários de lazer e práticas culturais, que representam menos de 1% da cobertura da terra. Embora não seja um conceito que exista na cultura Guarani Mbya, a área caracteriza-se como uma paisagem cultural, que se adapta ao contexto atual sem renunciar aos valores culturais de conservação de florestas. Os indígenas desejam restaurar áreas na zona que corresponde as áreas intocadas e guardadas por entidades sagradas. O cenário de expectativa prevê uma diminuição de apenas 0,08% de floresta, com aumento de 1,5 metros na distância entre os fragmentos florestais em 13 anos. Por outro lado, fica evidente que há uma manutenção da disponibilidade de recurso ótimo para a conservação da biodiversidade. As análises de ecologia de paisagem indicam que o cenário de expectativas dos indígenas nesta área de estudo segue um padrão de uso e ocupação atual, próprio dos Mbya, que se caracteriza pelo aldeamento em áreas de menor valor para a conservação e por estabelecer uma fronteira de amortecimento entre a ocupação humana e a floresta composta principalmente por sistemas agroflorestais que funcionam como uma zona de amortecimento para a floresta e ao mesmo tempo aumenta o bem-estar da população. A relação entre os indígenas e a natureza nesta localidade é baseada na sua cosmologia e é na própria cosmologia, nos conhecimentos tradicionais e no seu modo de organização social que se encontram os valores imateriais que conduzem a conservação da floresta. Este estudo trouxe aspectos metodológicos inovadores no mapeamento, com potencial contribuição para outras terras indígenas em contextos similares, especialmente aquelas em processo de demarcação. As métricas de paisagem, quando aplicadas à perspectiva de uma paisagem cultural, complementam a compreensão sobre os efeitos das dinâmicas espaço-temporais da paisagem. Porém, as métricas não são suficientes para compreender a complexidade desse tipo de paisagem, bem como mensurar os efeitos no bem-estar das populações que as constroem. Neste estudo de caso, a cosmologia Guarani Mbya emerge como uma inspiração para o planejamento de paisagens para a conservação da biodiversidade. Esta cosmologia tem resistido e conservado a Mata Atlântica.
- ItemAcesso aberto (Open Access)As resistências ao etnocídio na Aldeia Tekoa Paranapuã(Universidade Federal de São Paulo, 2020-11-27) Oliveira, Vinícius Duarte de [UNIFESP]; Imbrizi, Jaquelina Maria [UNIFESP]; Guimarães, Danilo Silva; http://lattes.cnpq.br/9266781984642215; http://lattes.cnpq.br/8682215618761531; http://lattes.cnpq.br/2323794177510432; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Em 2004, a comunidade da Aldeia Tekoa Paranapuã, situada em São Vicente, litoral do Estado de São Paulo, realizou a retomada de seu território sagrado. A reterritorialização indígena se fundamenta nas cosmologias dos povos Guarani Mbya e Tupi Guarani, que reconhecem a ocupação tradicional do território do Tekoa Paranapuã por seus ancestrais. Por conta da situação de litígio, na qual o Estado paulista é autor de uma ação civil pública que solicita a remoção da comunidade indígena do local, e do contexto de sobreposição territorial do Parque Estadual XixováJapuí, uma Unidade de Conservação, ocorrem violações de direitos e são impostas restrições ao modo de vida tradicional dos povos originários no território. Diante desta conjuntura, a presente dissertação tem por objetivo produzir uma reflexão crítica sobre a resistência da comunidade da Aldeia Tekoa Paranapuã ao etnocídio. Esta é uma pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica. A fundamentação teórica produz o diálogo com um campo interdisciplinar, sobretudo com as áreas da psicanálise implicada, psicologia indígena, antropologia e dos estudos decoloniais. A resistência indígena possui múltiplas dimensões, sendo que a permanência no território é apontada como a principal luta da comunidade do Tekoa Paranapuã. Isto posto, produzi articulações com conceitos de racismo estrutural, etnocídio e dimensão sociopolítica do sofrimento, que são determinantes nos processos de sistemática violação de direitos, esbulho das terras indígenas e reprodução da colonialidade. As resistências da comunidade da Aldeia Tekoa Paranapuã ao etnocídio estão direcionadas a fortalecer o nhandereko, por meio do revigoramento do conhecimento ancestral e das práticas xamânicas, que sustentam a reterritorialização, permanência no tekoa e transmissão intergeracional da cosmovisão indígena. Esta pesquisa produz contribuições para a comunidade indígena e para os campos da interdisciplinaridade e psicologia, pois, aprofunda e amplia discussões no âmbito das relações interculturais e étnico-raciais sobre a resistência ao etnocídio.