Navegando por Palavras-chave "Pesquisa participativa"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Cartografia da participação no Conselho Popular de Saúde na cidade de Diadema/SP(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-03) D'Aurea, Rodrigo Garcia [UNIFESP]; Fegadolli, Claudia [UNIFESP]; Mendes, Rosilda [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3746693286898810; http://lattes.cnpq.br/6541145627909917; http://lattes.cnpq.br/8185440118548098; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Este trabalho abordou a temática da participação popular no contexto do Conselho Popular de Saúde de Diadema/SP, nascido de pressões populares e que se tornou uma vivência específica de controle social criada localmente na tentativa de ser um canal de participação popular na vida político-administrativa daquele município. O enfoque escolhido é o do território usado, da obra de Milton Santos, na tentativa de, ao olhar para o caso específico, considerar a totalidade envolvida. O objetivo da pesquisa foi cartografar a participação popular a partir do conselho popular de saúde municipal. Trata-se de um estudo qualitativo e cartográfico com capacidade e intencionalidade interventora, cuja produção de dados foi realizada por meio de observação participante de reuniões do conselho, diários de campo, entrevistas com roteiro semiestruturado e análise documental de regimento, lei e atas de reunião. A cartografia realizada foi capaz de revelar práticas e aspectos da atuação dos conselheiros, incluindo suas aspirações e valores e suas relações com a população, com os trabalhadores de saúde e com a gestão, apontando um caminho para a participação popular que coloca o controle social como parte, necessitando de outros elementos para alcançar e exercer a totalidade da participação.
- ItemEmbargoFalando com o território: percepções de usuárias e profissionais da Atenção Básica sobre Saúde(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-23) Alves, Aline Bernardes [UNIFESP]; Frutuoso, Maria Fernanda Petroli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4750299902344077; http://lattes.cnpq.br/8320195639914464; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A colonialidade interposta à sociedade sustenta a dicotomia que define hegemonicamente modos de ser, saber e fazer, estabelecendo hierarquias e excluindo pluralidades. A mesma lógica se estende às compreensões sobre saúde, reduzindo-as à concepção positivista e biomédica, desconsiderando as raízes histórico-sociais da desigualdade social e da produção social de saúde. A educação emancipatória, dentro da atenção básica, busca conscientizar e ampliar as percepções sobre saúde, a fim de instigar o protagonismo e a transformação social frente à estrutura colonial. Portanto, o objetivo deste estudo foi propor, discutir e analisar o entendimento de saúde a partir do território de uma Unidade de Estratégia da Saúde da Família (USF) da área continental de São Vicente, São Paulo. Trata-se de uma pesquisa participativa que contou com cinco oficinas baseadas no método pedagógico freiriano ao abordar as potencialidades e fragilidades de viver e estar no território. A pesquisa foi realizada com 16 mulheres, sendo 6 profissionais de saúde de diferentes categorias e 10 usuárias do território adscrito. Os encontros foram registrados em diários de campos, assim como a análise coletiva dos registros fotográficos obtidos pelo método foto-voz e a construção da memória coletiva narrativa do bairro. Coletivamente, foram construídas nove categorias de análises para das fotos pelas mulheres-pesquisadoras: 1. ponto de tráfico de drogas; 2. comércios; 3. lazer; 4. lixo/ falta de saneamento básico; 5. asfalto; 6. moradias; 7. serviços públicos; 8. perigos iminentes; 9. “severinas”. Em todas as análises foram refletidos os processos políticos do território e das razões sociais que estruturaram as potencialidades e fragilidades de tais contextos. As discussões das oficinas foram relacionadas à produção social de saúde a partir das observações das condições do território (fatores de risco e proteção à saúde) e do processo histórico de constituição do território. O processo de ‘fazer com’, possibilitou a análise da saúde como parcela da vida, onde as potencialidades e fragilidades do território são colocadas pelo prisma da contradição, tal como a atuação e operacionalização da atenção básica de saúde. Ao promover tempo-espaço para educação em saúde, atuamos nas frestas entrepostas entre o ideal e o possível, nas possibilidades existentes nas pluralidades de viver e estar no território, impulsionando a cidadania e protagonismo em vias de emancipação e transgressão das desigualdades sociais, de fortalecimento do coletivo e valorização de seus próprios saberes.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A participação em pesquisas de saúde mental no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-16) Rodrigues, Jussara Soares [UNIFESP]; Furtado, Juarez Pereira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6869345414404363; http://lattes.cnpq.br/5591581088962654; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O presente estudo tem como principal objetivo analisar os modos de participação utilizados nas pesquisas de saúde mental no Brasil e os diferentes níveis de colaboração implementados. Considerando a necessidade de identificar o estado atual da literatura, será realizada uma revisão de escopo, permitindo contribuir para as práticas, as políticas e a pesquisa científica, além de evidenciar lacunas na literatura sobre o assunto em questão. Os artigos foram identificados através da base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no banco de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e o período considerado foi o de 2017 a 2021. Para a busca, foram utilizadas palavras-chave relacionadas a saúde mental e participação, e os artigos foram selecionados através do cruzamento do título, do resumo, das palavras-chave e dos filtros utilizados (anos, país e idiomas). Encontramos 16 artigos que foram analisados a partir de cinco categorias propostas por Cousins e Whitmore: controle de decisões técnicas; abrangência dos grupos de interesse participantes; relações de poder entre os grupos de interesse ao longo do processo; plasticidade e permeabilidade do processo de gestão da pesquisa ao contexto; e níveis de profundidade da participação de não especialistas no processo. Os resultados demonstraram que as investigações foram compostas por discussões, aprendizados e análises em que os participantes se tornaram parte do processo, aproximando-se dos investigadores numa atuação de horizontalidade durante a condução e poder de decisão em pesquisa, qualificando, assim, a participação, tornando secundários os próprios objetivos das pesquisas. Concluímos que pesquisas participativas podem fortalecer a democratização do conhecimento, aprimorar a assistência a partir de experiências locais, enriquecendo os modos de abordar os problemas e contribuindo para pesquisas pluriepistêmicas.