Navegando por Palavras-chave "História da educação matemática"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Escola nova, escola normal caetano de campos e o ensino de matemática na década de 1940(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-09-09) Parre, Adauto Douglas [UNIFESP]; Silva, Maria Celia Leme da [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)As primeiras décadas do século XX foram marcadas por uma nova vaga pedagógica entre os educadores brasileiros, conhecida como Escola Nova, sua proposta era a de renovar o ensino. Simultaneamente, na década de 1940, uma série de mudanças ocorre na estrutura do Curso Normal Paulista. Essa pesquisa busca compreender em que medida as apropriações desse movimento e as mudanças na formação de professores alteraram o ensino da matemática na Escola Normal Caetano de Campos, mais especificamente na disciplina de Metodologia e Prática do Ensino Primário, responsável pela formação pedagógica dos futuros professores. Nossas análises foram sustentadas pelos estudos da chamada História Cultural, dos quais destacamos o ferramental elaborado por Michel de Certeau e Roger Chartier. As fontes privilegiadas na investigação são avaliações finais realizadas pelos alunos cotejadas com leis, livros, revistas e textos de autores que circularam no período estudado. Essas avaliações indicam a presença marcante dos planos globalizados como instrumento de avaliação, os quais eram produzidos a partir de um tema retirado de um recorte de jornal. Em relação ao ensino de matemática evidenciou-se uma mudança nas finalidades da matemática presente nessas avaliações, pois esta passou a atender a realidade almejada pelos planos globalizados ao invés de conteúdos e habilidades próprios da matemática. As mudanças estruturais no Curso Normal Paulista não são perceptíveis no ensino de matemática na disciplina de Metodologia e Prática do Ensino Primário na década de 1940.
- ItemAcesso aberto (Open Access)História da educação matemática: considerações sobre suas potencialidades na formação do professor de matemática(Unesp-Dept Mathematica, 2010) Valente, Wagner Rodrigues [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)The purpose of this paper is to analyze the potential for using the history of mathematics education in educational programmes for math teachers. It is based on the belief that teachers will tend to develop current pedagogical practice of a better quality by maintaining an historical relationship with past educational practices of their professional ancestors. Consequently, this study will answer the following questions: what history of mathematics education could be included in training of math teachers? To answer this question, the theoretical and methodological background of Cultural History will be used. Through the history of mathematics education, teachers may become aware of processes and curricular models for the teaching of mathematics that have been circulating historically at an international level, acquiring a meaning at specific times and places.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A matemática na formação do professor primário nos institutos de educação de São Paulo e Rio de Janeiro (1932-1938)(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-09-16) Almeida, Denis Herbert de [UNIFESP]; Silva, Maria Celia Leme da [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A pesquisa investiga como a matemática se apresenta na formação do professor primário nos Institutos de Educação do Rio de Janeiro e de São Paulo na década de 1930. Os Institutos de Educação tornam-se modelos que provocam mudanças significativas na formação do professor primário realizada até então nas Escolas Normais, transformando-a em formação de Nível Superior. A questão de pesquisa é: Como a matemática é proposta e ensinada no curso de formação do professor primário dos Institutos de Educação do Rio de Janeiro e São Paulo em tempos de Escola Nova? Com a ausência de fontes diretamente relacionadas à prática docente nos Institutos de Educação a produção da narrativa histórica compõe-se de documentos relacionados aos professores responsáveis pelas disciplinas em que a matemática é trabalhada; no caso, Alfredina de Paiva e Souza, no Instituto de Educação do Rio de Janeiro e Antonio Firmino de Proença, no Instituto de Educação de São Paulo. Por meio do estudo de livros e artigos publicados por esses professores, são analisadas as suas “apropriações” e “representações” com base em ferramentas teórico-metodológicas da História Cultural. A matemática presente no curso de formação dos Institutos é analisada a partir das obras desses dois personagens, cotejadas com as produções de cientistas e compendiógrafos da época em circulação nos Institutos. Destaca-se a atitude de vanguarda de Alfredina, que apoiada em cientistas da época, desenvolve pesquisa experimental, inédita e compartilha esse trabalho junto com as normalistas do Instituto do Rio de Janeiro. Com sua experiência docente baseada no método intuitivo, Proença se “apropria” de conhecimentos do novo ideário escolanovista para o ensino e os pode ter aplicado no Instituto de Educação de São Paulo. Observando-se embates entre o “velho” e o “novo” e a convivência de métodos que se opõem ao ensino tradicional, pelas análises dos trabalhos de Alfredina e Proença pode-se considerar que ambos são de relevante importância na construção de novos paradigmas educacionais relacionados à matemática na formação dos futuros professores primários nos Institutos.
- ItemRestritoA matemática para a escola de oito anos: contribuições de Amabile Mansutti e Lydia Lamparelli(Universidade Federal de São Paulo, 2023-02-23) Silva, Marylucia Cavalcante [UNIFESP]; Valente, Wagner Valente [UNIFESP]; CV: http://lattes.cnpq.br/0648590779429965; CV: http://lattes.cnpq.br/1391060386129654O presente estudo integra Projeto Temático, de maior amplitude, intitulado “A Matemática na Formação de Professores e no Ensino: processos e dinâmicas de produção de um saber profissional, 1890-1990”. No contexto das mudanças curriculares, decorrentes da nova Lei de Ensino nº5692/71, buscou-se caracterizar a emergência da matemática em livros didáticos das primeiras séries escolares para a escola de oito anos. Tomou-se como fonte principal a coleção “A”, intitulada Matemática Ensino de 1º grau (1ª a 4ª série), elaborada a partir da coleção “B”, Matemática para o 1º grau (5ª a 8ª série). Além disso, a pesquisa contou com documentos integrantes do Arquivo Pessoal Maria Amabile Mansutti, personagem importante na formulação da nova proposta curricular de matemática. O estudo orientou-se pela seguinte questão: que processos e dinâmicas estiveram envolvidos na elaboração da matemática em livros didáticos das primeiras séries escolares para a escola de oito anos tendo em vista as contribuições de Maria Amabile Mansutti e Lydia Condé Lamparelli? A investigação mobilizou ferramental teórico-metodológico trazido sobretudo dos estudos de autores como: Hofstetter e Schneuwly, Chartier, Chervel, Julia, Burke e Valente. Os resultados obtidos mostram o trabalho das experts subsidiadas por um verdadeiro laboratório para o novo currículo em que se constituiu o IMEP. Também revelam, por meio das categorias sequência, significado, graduação, exercícios e problemas, uma nova matemática a ensinar para a escola de oito anos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Orientações para uso de problemas nas aulas de matemática em tempos do movimento da matemática moderna(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-01) Oliveira, Carlos Henrique da Silva [UNIFESP]; Bertini, Luciane de Fatima [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7883451343333340Entre as décadas de 1950 e 1970, um novo movimento fez com que o modo de ensinar matemática mudasse, o Movimento da Matemática Moderna. Neste movimento, os alunos passaram a aprender teoria de conjuntos, estruturas e lógica matemática já nos anos iniciais. No Brasil, os professores precisaram se atualizar, e assim, foram criados cursos como Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio e o Grupo de Estudos em Ensino de Matemática. No entanto, havia outras formas das quais os professores utilizavam para se manterem atualizados e prepararem suas aulas, utilizando as revistas pedagógicas, que em alguns casos, como na Revista do Ensino, do estado do Rio Grande do Sul, eram publicações oficiais, pois era gerida pela Secretaria de Educação deste estado. Os trabalhos na área da História da educação matemática apontam que os problemas desempenham papel de destaque nas propostas para o ensino ao longo do tempo, e que as finalidades de seu uso, sua forma e as orientações aos professores em relação à sua utilização no ensino sofrem alterações ao longo do tempo. Sendo assim, este trabalho, na forma de pesquisa qualitativa, utilizando as pesquisas bibliográfica e documental como procedimentos técnicos, buscou analisar as orientações que as revistas pedagógicas faziam para o uso de problemas nas aulas de matemática durante o tempo em que o Movimento da Matemática Moderna esteve em um período de maior circulação de suas ideias no Brasil, e, para isso, foi feita uma busca de artigos escritos nas décadas de 1960 e 1970 no Repositório Institucional da UFSC, no acervo referente à História da educação matemática. Para este trabalho, seis artigos foram selecionados, sendo que dois foram escritos antes do domínio do Movimento da Matemática Moderna, e quatro após. A conclusão obtida foi a de que houve uma mudança na forma de propor os problemas, com a inserção do conceito de conjuntos aparecendo nos problemas já nos anos iniciais, mas, que eles ainda eram propostos utilizando elementos dos cotidianos dos alunos, uma manutenção do que apregoavam movimentos que antecederam a Matemática Moderna.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Processos de produção de novos saberes para o ensino de matemática: uma análise da Proposta Curricular de Matemática do estado de São Paulo, década de 1980(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-21) Gouvêa, Gisele de; Valente , Wagner Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/0648590779429965; http://lattes.cnpq.br/1760650391519685A pesquisa investigou os saberes produzidos para o ensino de matemática presentes em um currículo da década de 1980, no estado de São Paulo. Como questão de pesquisa, buscou-se responder: que processos estiveram envolvidos na produção de novos saberes para o ensino de matemática na elaboração da Proposta Curricular de Matemática do estado de São Paulo para os primeiros anos escolares na década de 1980? As ferramentas teórico-metodológicas desenvolvidas na pesquisa levam em conta os estudos sócio-históricos de autores como Rita Hofstetter e Bernard Schneuwly; e estudos sobre história da educação matemática, que consideram a produção de saberes em termos de uma matemática do ensino (matemática a ensinar e matemática para ensinar), elaborados por Luciane Bertini, Rosilda Morais e Wagner Valente. Para além dessas referências, foram considerados outros estudos relacionados à produção de saberes em termos curriculares, tendo em conta a categoria de expert. Como fontes de pesquisa, foram analisados os documentos oficiais e as entrevistas com os personagens que os elaboraram – os experts – que elaboraram esses documentos. Os resultados da pesquisa apontam para processos que revelaram a existência da produção de novos saberes, isto é, uma nova matemática, própria para o ensino do estado de São Paulo, nos primeiros anos escolares – uma nova matemática a ensinar nesse contexto.
- ItemAcesso aberto (Open Access)PROCESSOS E DINÂMICAS DE PRODUÇÃO DE NOVAS MATEMÁTICAS PARA O ENSINO E PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: a expertise de Lydia Lamparelli, São Paulo (1961-1985)(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08-26) Almeida, Andre Francisco; Valente, Wagner Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/0648590779429965; http://lattes.cnpq.br/3898277003448407Este estudo tratou da produção de novos saberes para o ensino de matemática e para a formação de professores dos primeiros anos escolares. Consistiu em investigar que processos e dinâmicas estiveram envolvidos na elaboração de novas referências para os professores que ensinam matemática em tempos de vigência, no Brasil, do chamado Movimento da Matemática Moderna, ocorrido entre as décadas de 1950 e 1980. Para o alcance desse objetivo, partiu-se do seguinte questionamento: que processos e dinâmicas estiveram presentes na produção de novos saberes para o ensino de matemática e formação de professores para os primeiros anos escolares sob a expertise de Lydia Lamparelli? Entende-se por processos, aspectos constitutivos do movimento de sistematização de um dado saber escolar e por dinâmicas, a articulação entre os objetos e as ferramentas de ensino. Tal questão pôde ser respondida em termos das constituições de processos de sistematização de uma nova matemática que se percebeu por meio inicialmente da construção do Guia Curricular (1975) e que ao longo do tempo foi se transformando para atender as necessidades e particularidade de um novo ensino de matemática, preconizado pelo movimento pedagógico em voga naquela época. Nesse sentido, analisou de modo específico, as ações da professora Lydia Condé Lamparelli, constituída como uma expert, em acordo com as referências teórico-metodológicas deste estudo. O aporte teórico-metodológico utilizado tratou dos saberes profissionais do ensino e da formação de professores dos primeiros anos escolares que historicamente vão sendo sistematizados e objetivados ao longo do tempo via papel desempenhado por experts. Esses saberes, produzidos por experts, vão se decantando e sendo (re) elaborados, constituindo-se como saberes próprios da profissão docente, encerrados numa matemática tida como objeto (matemática a ensinar) e noutra como ferramenta de ensino do professor que ensina matemática (matemática para ensinar). A base empírica desta pesquisa constituiu-se de literatura cinzenta, composta por um rol de documentos curriculares inventariados no acervo pessoal da própria Lydia Lamparelli. A partir de sua convocatória pelo Estado para chefiar a elaboração de materiais curriculares, Lydia participou ativamente na produção de novos documentos, com novas sistematizações de saberes que orientariam a prática docente dos professores que ensinam matemática. Com isso, conclui-se que, ao longo do período analisado, a expert sistematizou novos saberes para o ensino e para a formação de professores de matemática. Os processos e dinâmicas de suas ações e produções revelaram a existência de uma produção de novos saberes, de uma nova matemática própria para o ensino e para a formação de professores paulistas dos primeiros anos escolares. Esses novos saberes estiveram alinhados às propostas governamentais de cada período e articularam-se a um ensino de matemática menos abstrato e formal, porém mais prático. Portanto, percebeu-se um afastamento das atividades técnicas e teóricas e uma aproximação maior com a matemática do professor e do aluno, mediante atividades mais práticas e direcionadas ao seu ensino.