Biomedicina
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Navegando Biomedicina por Autor "Cilli, Eduardo Lourenço [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Fadiga em pacientes com síndrome de COVID Longa: Investigação de mecanismos fisiológicos e perceptuais(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-25) Cilli, Eduardo Lourenço [UNIFESP]; Silva, Bruno Moreira [UNIFESP]; Lopes, Thiago Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/3124709789967282; http://lattes.cnpq.br/6680100353729718; http://lattes.cnpq.br/9590704593794001A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é uma doença complexa, também conhecida por encefalomielite mialgica, responsável por causar fadiga persistente mental e física e que resulta na incapacidade de realizar as tarefas do cotidiano, impactando negativamente a qualidade de vida. Essa doença ainda possui etiologia e pato-fisiologia indefinida, sendo o seu diagnóstico um grande desafio devido à variedade de sintomas inespecíficos e falta de um biomarcador objetivo e acurado. Esta dificuldade acarreta falsos diagnósticos de depressão ou Burnout, impossibilitando o tratamento correto e gerando falsos dados da prevalência da SFC. Durante e após a pandemia de COVID-19, a SFC voltou a ter destaque no âmbito clínico e da pesquisa, pois parte dos pacientes com COVID-19 longa relata fadiga muscular, mesmo sem apresentar doenças cardiorrespiratórias e com quadros leves da doença em sua fase aguda. Sendo assim, a hipótese atual, ainda não confirmada, é que o vírus transpassa a barreira hematoencefálica (BHE) e atinge regiões cerebrais responsáveis pela sensação de esforço e fadiga, ocasionando disfunção ou morte de neurônios, debilitando essas regiões e gerando uma sensação exacerbada de esforço e fadiga ao desempenhar atividades físicas e mentais. Apesar de existir um teste de força de preensão manual como um marcador objetivo da presença de SFC em pacientes com câncer e outras infecções virais, tal teste ainda não foi empregado para detectar objetivamente a presença da SFC em pacientes com COVID longa. Além disso, os mecanismos subjacentes à geração de fadiga na COVID longa ainda não são bem conhecidos. Com isso, o presente estudo visa utilizar um teste de exercício de preensão manual para detecção da SFC em pacientes com COVID longa. Além disso, foram realizadas medidas de percepção de esforço e de fadiga, força e atividade elétrica muscular durante o teste de exercício para obter pistas sobre mecanismos de geração de fadiga e parâmetros para interpretar respostas fisiológicas e perceptuais em pacientes com COVID Longa que possuem a SFC. Os achados desse estudo indicam uma alteração na força máxima basal e ao longo do tempo no grupo COVID longa nos exercícios de aquisição de força máxima, protocolo de preensão manual e na contração voluntária máxima sustentada com a mão não dominante. Além disso, não foi possível obter dados que indicam a presença de fadiga central, nem mudanças na atividade elétrica muscular ao longo do protocolo e, por conta da falta de alterações no índice de fadiga e de recuperação, o protocolo de pareamento de força, nesse contexto, não se mostrou eficaz de identificar pacientes com COVID longa que possuem SFC. Sendo assim, conclui-se que o grupo COVID longa possui uma força basal menos que o grupo Controle, entretanto possui uma fadiga, recuperação e percepção do esforço similares.