Biomedicina
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Navegando Biomedicina por Autor "Christiano, Yasmin Paz [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Heterogeneidade tumoral envolvendo alterações genéticas associadas a via MAPK em Carcinomas Papilíferos da Tiroide pediátricos(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08-03) Christiano, Yasmin Paz [UNIFESP]; Cerutti, Janete Maria [UNIFESP]; Sisdelli, Luiza; http://lattes.cnpq.br/8310429990740701; http://lattes.cnpq.br/1384038091754225; http://lattes.cnpq.br/2312418906824396Os casos de carcinoma papilífero da tiroide (CPT) têm apresentado aumento expressivo mundialmente, tanto na população pediátrica quanto na adulta. Do ponto de vista molecular, os casos de CPT apresentam uma alta prevalência de alterações genéticas cujos produtos proteicos levam à ativação da via MAPK (do inglês, Mitogen-Activated Protein Kinase). Enquanto no CPT adulto, mutações pontuais são mais comuns, na população pediátrica, as fusões gênicas são os eventos genéticos mais frequentemente observados. Em nosso grupo foi identificado pela primeira vez a fusão AGK-BRAF em casos de CPT pediátricos esporádicos, antes só observados em casos a exposição à radiação. Tem sido sugerido que entre as alterações genéticas identificadas nos casos de CPT, àquelas responsáveis por ativação da via MAPK são mutuamente exclusivas. Entretanto, nosso grupo observa uma alta prevalência de co-ocorrência de alterações genéticas responsáveis pela ativação constitutiva da via MAPK no mesmo tumor, principalmente na população pediátrica. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar, nos estudos que sobre CPT pediátrico, quais as alterações genéticas associadas a via MAPK nas diferentes populações e confirmar a heterogeneidade genética relacionada as fusões do tipo RET/PTC, AGK-BRA, ETV6-NTRK3 e STRN-ALK na nossa população. A casuística é constituída de 79 casos de CPT pediátricos (≤ 18 anos), provindos do Hospital São Paulo, UNIFESP, Faculdade de Ciências Médica da Santa Casa de São Paulo ou do Instituto Nacional do Câncer (INCA – RJ). As triagens das fusões foram realizadas por RT-PCR. Observamos que dos 79 casos investigados, 55 apresentaram alguma alteração genética (55/79 – 70%), sendo que, destes a grande maioria (49/79 – 62%) apresenta fusões gênica, a saber: rearranjos RET/PTC1 (28%), RET/PTC3 (15%), ETV6-NTRK3 (18%) e STRN-ALK (10%). A técnica de FISH break-apart (FISH BA) foi utilizada para confirmação da co-ocorrência das fusões em um dos casos de CPT que possui os rearranjos RET/PTC1, AGK-BRAF e STRN-ALK. Além disso, para compreendermos o mecanismo associado à instabilidade genética, avaliamos a expressão de CMYC nas amostras de CPT pediátrico. Observamos um aumento da expressão de CMYC nos casos de pacientes com menor idade ao diagnóstico de CPT. Assim, este trabalho identificou uma heterogeneidade intratumoral e a co-ocorrência de eventos genéticos que ativam a via MAPK em 24 dos casos de CPT pediátrico. A análise por FISH BA confirmou a co-ocorrência de fusões RET/PTC, AGK-BRAF e STRN-ALK em um dos casos avaliados. Por fim, resultados preliminares sugerem que o aumento da expressão de CMYC pode estar associado à instabilidade genética.