Trabalhos de conclusão de curso de graduação
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Navegando Trabalhos de conclusão de curso de graduação por Orientador(es) "Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação de possíveis dimorfismos sexuais nas alterações comportamentais e efeitos preventivos do canabidiol em modelos animais de esquizofrenia(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-17) Rodrigues, Gabriela Doná [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Loss, Cássio Morais [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5880914070732996; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/4754452735025537A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico de alta prevalência que afeta a vida social, a capacidade de trabalho dos pacientes e cuja gravidade e progressão dos sintomas são sexualmente dimórficos. Apesar das diferenças sexuais serem evidentes em vários aspectos do transtorno, o dimorfismo sexual na esquizofrenia tem sido pouco explorado em estudos pré-clínicos. Os tratamentos disponíveis para a esquizofrenia não são eficazes para todos os sintomas e estão associados a altas taxas de refratariedade e a importantes efeitos colaterais. Nesse cenário, torna-se fundamental o desenvolvimento de estratégias preventivas eficazes e com baixa incidência de efeitos colaterais. Recentemente, verificamos que o tratamento com canabidiol (CBD) – um componente não psicomimético da Cannabis sativa – durante a peri-adolescência (30-60 dias pós-natal) previne o aparecimento de alterações comportamentais que mimetizam os sintomas positivos em camundongos machos no modelo de administração pré-natal de Poly I:C. O 1o objetivo do presente estudo foi investigar possíveis dimorfismos sexuais nas alterações comportamentais observadas em dois modelos animais para o estudo da esquizofrenia: a ativação imune pré-natal por Poly I:C e a administração aguda de anfetamina. Nosso 2o objetivo consistiu em investigar dimorfismos sexuais nos possíveis efeitos preventivos do tratamento crônico com CBD sobre as alterações comportamentais induzidas pelo modelo da Poly I:C. Para o modelo de ativação imune pré-natal, fêmeas C57 foram tratadas aos 12 dias de gestação com Poly I:C ou veículo. Na prole resultante, foi administrado CBD (1mg/kg) ou veículo entre os dias 30 e 60 pós-natal. Avaliações comportamentais (atividade locomotora, preferência social, inibição prepulso da resposta de sobressalto e reconhecimento de objetos) foram realizadas aos 61-65 e 91-95 dias pós-natal. O tratamento pré-natal com Poly I:C diminuiu a preferência social em fêmeas aos 90 e promoveu um aumento de sobressalto em ambos as idades nos machos e aos 90 dias em fêmeas, indicando dimorfismos sexuais no modelo. O tratamento com CBD modificou a resposta de sobressalto diferentemente na prole controle e na prole do modelo Poly I:C. Para o modelo da anfetamina, camundongos C57 de ambos os sexos receberam uma injeção aguda de anfetamina (5 mg/kg) e foram observados para avaliação da atividade locomotora e da inibição prepulso da resposta de sobressalto. Fêmeas apresentaram uma resposta hiperlocomotora à anfetamina mais acentuada e uma menor intensidade de sobressalto. Em conclusão, este trabalho mostra a importância da busca de estratégias preventivas para a esquizofrenia, a importância de se estudar dimorfismos sexuais e a vantagem do uso modelos animais diferentes, uma vez que mimetizam aspectos diferentes de um mesmo transtorno.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Caraterização de um modelo farmacológico celular para esquizofrenia induzido por anfetamina ou mk-801 em modelo celular SH-SY5Y(Universidade Federal de São Paulo, 2022-07-29) Hirai, Vinícius Issamu Mendonça [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Pereira, Gustavo José da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7125107888186769; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/6759227229512232A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico, caracterizado por sintomas positivos, negativos e déficits cognitivos. Sua incidência na população mundial, em 2016 ultrapassou 21 milhões de pessoas, número que tende a aumentar cada vez mais sem o tratamento adequado. Muitas alterações no sistema nervoso central estão relacionadas a esse transtorno, como por exemplo, alterações nos sistemas dopaminérgico e glutamatérgico. O tratamento da esquizofrenia é feito com antipsicóticos, mas esses fármacos apresentam limitações. Os estudos pré-clínicos que buscam avançar no entendimento da fisiopatologia da esquizofrenia e na busca por novos tratamentos utilizam, principalmente, modelos animais. Entretanto, estudos em animais apresentam limitações quanto ao entendimento dos mecanismos e eventos celulares subjacentes a este distúrbio. Diante disso, a criação de um modelo celular farmacológico induzido pelos psicomiméticos anfetamina ou MK-801 é de suma importância para entender as bases do transtorno e futuramente ampliar o conhecimento sobre a esquizofrenia e seu tratamento. Este foi o objetivo desse projeto. Para tal, utilizamos as células SH-SY5Y. Os experimentos evidenciaram que os psicomiméticos (em especial o MK-801) promoveram reduções das viabilidades celular, aumento de morte celular e de espécies reativas de oxigênio, e alterações de funcionabilidade mitocondrial, pH lisossomal e formação de vesículas ácidas. Os antipsicóticos, em especial o haloperidol, promoveu atenuação de alguns desses efeitos citotóxicos. Em conjunto, nossos resultados apontam para a possibilidade de estabelecermos um modelo celular para o estudo de mecanismos fisiopatológicos subjacentes à esquizofrenia que permita não somente avançar no entendimento do transtorno e do mecanismo de ação de antispicóticos já conhecidos como também investigar novos alvos terapêuticos para a esquizofrenia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos comportamentais do tratamento com canabidiol via aleitamento materno em um modelo neonatal de esquizofrenia(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-12) Mitu, Thais Yukari [UNIFESP]; Abílio, Vanessa Costhek [UNIFESP]; Lara, Marcus Vinicius Soares de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6801037800131675; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897; http://lattes.cnpq.br/5557376567544058A esquizofrenia é um distúrbio incapacitante do neurodesenvolvimento com prevalência mundial de cerca de 0,3%. Apesar de haver medicamentos disponíveis para o tratamento da esquizofrenia, estes promovem efeitos adversos e atuam efetivamente apenas contra os sintomas positivos. Com base nisso, alternativas terapêuticas vêm sendo estudadas, com destaque para o canabidiol (CBD), um dos principais compostos da planta Cannabis sativa. O CBD tem se mostrado uma alternativa em potencial por possuir propriedades terapêuticas tanto para os sintomas positivos quanto negativos e cognitivos da esquizofrenia, apresentar maior nível de segurança em relação a outros canabinóides, induzir menores efeitos adversos em comparação aos antipsicóticos tradicionais e não produzir efeitos psicomiméticos. Portanto, a intervenção com CBD durante períodos cruciais para o neurodesenvolvimento, como a amamentação, pode ser uma nova estratégia terapêutica preventiva para a esquizofrenia. Assim, e considerando o dimorfismo sexual relacionado aos sintomas da esquizofrenia, este projeto visa caracterizar o comportamento do modelo animal de esquizofrenia induzido por MK801, um antagonista não competitivo dos receptores NMDA, em proles (machos e fêmeas) expostas ao CBD via amamentação. Os possíveis efeitos terapêuticos do CBD foram avaliados em dois momentos: a partir do dia pósnatal (DPN) 30 e novamente a partir do DPN90 (ainda não concluídos). Observamos diferenças sexuais tanto na resposta ao MK801, em que os machos do modelo apresentaram um déficit de memória na tarefa de reconhecimento de objetos, quanto no tratamento com CBD, que evitou o déficit nas fêmeas do modelo MK801 na tarefa social, aos 30 dias de idade. De grande relevância, nossos resultados apontam um efeito benéfico do CBD via aleitamento materno sobre déficits de comportamento social induzido em fêmeas jovens pelo tratamento com MK801.