Efeitos comportamentais do tratamento com canabidiol via aleitamento materno em um modelo neonatal de esquizofrenia

Data
2023-12-12
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
A esquizofrenia é um distúrbio incapacitante do neurodesenvolvimento com prevalência mundial de cerca de 0,3%. Apesar de haver medicamentos disponíveis para o tratamento da esquizofrenia, estes promovem efeitos adversos e atuam efetivamente apenas contra os sintomas positivos. Com base nisso, alternativas terapêuticas vêm sendo estudadas, com destaque para o canabidiol (CBD), um dos principais compostos da planta Cannabis sativa. O CBD tem se mostrado uma alternativa em potencial por possuir propriedades terapêuticas tanto para os sintomas positivos quanto negativos e cognitivos da esquizofrenia, apresentar maior nível de segurança em relação a outros canabinóides, induzir menores efeitos adversos em comparação aos antipsicóticos tradicionais e não produzir efeitos psicomiméticos. Portanto, a intervenção com CBD durante períodos cruciais para o neurodesenvolvimento, como a amamentação, pode ser uma nova estratégia terapêutica preventiva para a esquizofrenia. Assim, e considerando o dimorfismo sexual relacionado aos sintomas da esquizofrenia, este projeto visa caracterizar o comportamento do modelo animal de esquizofrenia induzido por MK­801, um antagonista não competitivo dos receptores NMDA, em proles (machos e fêmeas) expostas ao CBD via amamentação. Os possíveis efeitos terapêuticos do CBD foram avaliados em dois momentos: a partir do dia pós­natal (DPN) 30 e novamente a partir do DPN90 (ainda não concluídos). Observamos diferenças sexuais tanto na resposta ao MK­801, em que os machos do modelo apresentaram um déficit de memória na tarefa de reconhecimento de objetos, quanto no tratamento com CBD, que evitou o déficit nas fêmeas do modelo MK­801 na tarefa social, aos 30 dias de idade. De grande relevância, nossos resultados apontam um efeito benéfico do CBD via aleitamento materno sobre déficits de comportamento social induzido em fêmeas jovens pelo tratamento com MK­801.
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