Exercícios para tratamento da tendinopatia patelar: revisão sistemática
Data
2020-10-29
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: To evaluate the effects (benefits and harms) of physical exercises in the treatment of individuals with patellar tendinopathy (PT). Methods: Systematic review including randomized clinical trials (RCTs) that have compared physical exercise with non-surgical interventions (or different types of exercises) for PT. Primary outcomes included pain, function, and adverse events. Secondary endpoints included quality of life, patient satisfaction and return to sports or routine physical activities. Searches were performed in the Cochrane Library, CINAHL, EMBASE, LILACS, MEDLINE, PEDro and SPORTDiscus databases. Additional searches were performed on Opengrey, WHO International Clinical Trials Registry Platform and Clinical Trials.gov, and manual search on the reference lists of relevant studies. There were no restrictions on language or date of publication. The process of study selection, data extraction, and bias risk assessment was conducted by two independent reviewers. The certainty in the final set of evidence was evaluated following the recommendations of the Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). To estimate the effect size for dichotomous variables, the relative risk (RR) was used and for the continuous variables, the mean difference (DM) with 95% confidence interval was used. Results: 16 RCTs were included (total of 372 participants, aged between 15 and 50 years), overall classified as presenting high risk of bias due, among other factors, to the impossibility of personnel and participants blinding. The ECRs evaluated ten different comparisons and, due to the clinical heterogeneity, the quantitative synthesis of the results was not possible for any of the outcomes. For all comparisons, the certainty in the set of evidence was very low or could not be evaluated due to lack of data. Conclusions: Considering that the evidence on the effects of all evaluated exercise modalities in this review is of very low certainty, the implications for practice are extremely limited and future studies may most likely alter the estimates that exist at the time. Thus, any recommendation for current clinical practice for patellar tendinopathy is underpinned by many uncertainties. Considering the lack of evidence, both a shared decision and an individualized decision-making may be adopted until future studies can robustly support the recommendations.
Objetivo: Avaliar os efeitos (benefícios e riscos) dos exercícios físicos no tratamento de indivíduos com tendinopatia patelar (TP). Métodos: Revisão sistemática da literatura incluindo qualquer ensaio clínico randomizado (ECR) que tenha comparado exercícios físicos com intervenções não cirúrgicas para TP. Os desfechos primários incluíram dor, função e eventos adversos. Os desfechos secundários incluíram qualidade de vida, satisfação do paciente e retorno ao esporte ou atividades físicas de rotina. As buscas foram realizadas nas bases de dados Biblioteca Cochrane, CINAHL, EMBASE, LILACS, MEDLINE, PEDro e SPORTDiscus. Buscas adicionais foram realizadas no Opengrey, WHO International Clinical Trials Registry Platform e Clinical Trials.gov, e busca manual nas listas de referências dos estudos relevantes. Não houve restrição de idioma ou data de publicação. O processo de seleção dos estudos, extração dos dados e avaliação do risco de viés foi realizado por dois revisores, de forma independente. A certeza no conjunto final de evidências foi avaliada seguindo as recomendações do Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Para estimar o tamanho do efeito das variáveis dicotômicas, foi utilizado o risco relativo (RR) e para as variáveis contínuas, foi utilizada a diferença média (DM) com intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: Foram incluídos 16 ECR estudos (total de 372 participantes, com idade entre 15 e 50 anos), classificado, de modo geral, como tendo alto risco de viés devido, entre outros fatores, á impossibilidade de mascaramento de equipe e participantes. Os ECR avaliaram dez diferentes comparações e, devido à heterogeneidade clínica, a síntese quantitativa dos resultados não foi possível para nenhum dos desfechos analisados. Para todos os desfechos de todas as comparações, a certeza no conjunto de evidências foi muito baixa ou não pôde ser avaliada pela falta de dados. Conclusões: Considerando que as evidências sobre os efeitos de todas as modalidades de exercícios avaliados nesta revisão são de certeza muito baixa, as implicações para a prática são extremamente limitadas e estudos futuros muito provavelmente podem alterar as estimativas que existem no momento. Assim, qualquer recomendação para a prática clínica atual no cuidado de pacientes com tendinopatia patelar está apoiada em muitas incertezas e talvez, a opção mais apropriada, à luz da falta de evidências, seja a decisão compartilhada e a tomada de decisão individualizada. Isso até que os futuros estudos possam apoiar, de modo robusto, estas recomendações.
Objetivo: Avaliar os efeitos (benefícios e riscos) dos exercícios físicos no tratamento de indivíduos com tendinopatia patelar (TP). Métodos: Revisão sistemática da literatura incluindo qualquer ensaio clínico randomizado (ECR) que tenha comparado exercícios físicos com intervenções não cirúrgicas para TP. Os desfechos primários incluíram dor, função e eventos adversos. Os desfechos secundários incluíram qualidade de vida, satisfação do paciente e retorno ao esporte ou atividades físicas de rotina. As buscas foram realizadas nas bases de dados Biblioteca Cochrane, CINAHL, EMBASE, LILACS, MEDLINE, PEDro e SPORTDiscus. Buscas adicionais foram realizadas no Opengrey, WHO International Clinical Trials Registry Platform e Clinical Trials.gov, e busca manual nas listas de referências dos estudos relevantes. Não houve restrição de idioma ou data de publicação. O processo de seleção dos estudos, extração dos dados e avaliação do risco de viés foi realizado por dois revisores, de forma independente. A certeza no conjunto final de evidências foi avaliada seguindo as recomendações do Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). Para estimar o tamanho do efeito das variáveis dicotômicas, foi utilizado o risco relativo (RR) e para as variáveis contínuas, foi utilizada a diferença média (DM) com intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: Foram incluídos 16 ECR estudos (total de 372 participantes, com idade entre 15 e 50 anos), classificado, de modo geral, como tendo alto risco de viés devido, entre outros fatores, á impossibilidade de mascaramento de equipe e participantes. Os ECR avaliaram dez diferentes comparações e, devido à heterogeneidade clínica, a síntese quantitativa dos resultados não foi possível para nenhum dos desfechos analisados. Para todos os desfechos de todas as comparações, a certeza no conjunto de evidências foi muito baixa ou não pôde ser avaliada pela falta de dados. Conclusões: Considerando que as evidências sobre os efeitos de todas as modalidades de exercícios avaliados nesta revisão são de certeza muito baixa, as implicações para a prática são extremamente limitadas e estudos futuros muito provavelmente podem alterar as estimativas que existem no momento. Assim, qualquer recomendação para a prática clínica atual no cuidado de pacientes com tendinopatia patelar está apoiada em muitas incertezas e talvez, a opção mais apropriada, à luz da falta de evidências, seja a decisão compartilhada e a tomada de decisão individualizada. Isso até que os futuros estudos possam apoiar, de modo robusto, estas recomendações.