O internato médico após as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014: um estudo em escolas médicas do estado do Rio de Janeiro
Data
2017
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: Instituted in 2014, the National Curricular Guidelines (NCG) of the Undergraduate Medical Course contains several recommendations, especially for the Medical Internship. Despite the recognition of the need for changes in medical education, in terms of professional training to meet the demands of the community, instituting these NCG was considered by many to be less democratic and its implementation process by the Medical Schools is still little studied. Objectives: to analyze the Medical Internship in Medical Schools of the State of Rio de Janeiro, after instituting the National Curricular Guidelines for the Medical’s Undergraduate Course of 2014, according to the Coordinators / Course Directors and Internship Coordinators. Methodology: In this research, qualitative and quantitative approaches were used, with the participation of Coordinators / Course Directors and Internship Coordinators. In March 2016, the State of Rio de Janeiro had 19 medical courses in 15 Medical Schools. Of these, nine courses participated in the research. The study population was represented by 13 participants and of these 09 Course Coordinators and 04 Internship Coordinators. We applied a research instrument composed of closed-ended and open-ended questions and an attitudinal scale. For data analysis, the scale was evaluated by statistical analysis and the answers of the open-ended questions were submitted to content analysis, in the thematic analysis modality. Results and discussion: In the view of the Coordinators participating in the research, all Medical Schools are in the process of adapting to the NGC’s determinations of 2014. The majority are in agreement with the mandatory inclusion of Urgency and Emergency, Primary Care and Mental Health in the Internship areas. There are many difficulties that we encountered in the process of implantation and / or restructuring of these activities in Internship: the scarcity of scenarios; precariousness of the existing scenarios in the Emergency of the Unified Health System; lack of teachers / preceptors; and the deadline established for the implementation of the Guidelines. However, the coordinators have planned / used some strategies such as the diversification of practice scenarios, the creation of elective internships, the establishment of agreements and partnerships, development of integrated activities with other Internships areas and the use of realistic simulation laboratories. Final considerations: The Medical Schools live a moment of curricular transformation, encouraged by the NCG. We must see this moment as an opportunity to revisit the Medical Internship and, possibly, to find strategies for the improvement of medical training in this privileged space of the undergraduate. We believe that the dissemination of this research’s results can help the Medical Schools in the process of appropriation and implementation of NCG’s determinations of 2014.
Introdução: Instituídas em 2014, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Curso de Graduação em Medicina contêm várias recomendações, especialmente para o Internato Médico. Apesar do reconhecimento da necessidade de mudanças na educação médica, no que se refere à capacitação profissional para atender as demandas da comunidade, a instituição dessas DCNs foi considerada, por muitos, pouco democrática. O seu processo de implantação pelas Escolas Médicas ainda é pouco estudado. Objetivos: Analisar o Internato Médico em Escolas Médicas do Estado do Rio de Janeiro, após a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina de 2014, sob a ótica dos Coordenadores/Diretores de Curso e Coordenadores do Internato. Metodologia: Nessa investigação, foram utilizadas abordagens qualitativas e quantitativas, com a participação dos Coordenadores/Diretores de Curso e Coordenadores de Internato. Em março de 2016, o Estado do Rio de Janeiro possuía 19 cursos de medicina em 15 Escolas Médicas. Destes, nove cursos participaram da pesquisa. A população de estudo foi representada por 13 participantes, nove Coordenadores de Curso e quatro Coordenadores de Internato. Foi aplicado um instrumento de pesquisa composto por questões fechadas, abertas e uma escala atitudinal. Para a análise dos dados, a escala foi avaliada por análise estatística e as respostas das questões abertas foram submetidas à análise de conteúdo, na modalidade análise temática. Resultados e Discussão: Na visão dos Coordenadores participantes da pesquisa, todas as Escolas Médicas estão em processo de adequação às determinações das DCNs de 2014. A maioria está de acordo com a inclusão obrigatória, no Internato, das áreas de Urgência e Emergência, Atenção Básica e Saúde Mental. Muitas são as dificuldades encontradas no processo de implantação e/ou reestruturação dessas atividades no Internato: a escassez de cenários; precariedade dos cenários existentes na Emergência do Sistema Único de Saúde; falta de docentes/preceptores e o prazo estabelecido para a implantação das Diretrizes. Entretanto, os coordenadores têm planejado/utilizado algumas estratégias como a diversificação dos cenários de prática, a criação de estágios eletivos, o estabelecimento de convênios e parcerias, o desenvolvimento de atividades integradas com outras áreas do Internato e a utilização de laboratórios de simulação realística. Considerações finais: As Escolas Médicas vivem um momento de transformação curricular, impulsionado pelas DCNs. Esse momento deve ser encarado como uma oportunidade para revisitar o Internato Médico e, possivelmente, encontrar estratégias para o aprimoramento da formação médica nesse espaço privilegiado da graduação. Acredita-se que a divulgação dos resultados dessa pesquisa possa auxiliar as Escolas Médicas no processo de apropriação e implantação das determinações das DCNs de 2014.
Introdução: Instituídas em 2014, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Curso de Graduação em Medicina contêm várias recomendações, especialmente para o Internato Médico. Apesar do reconhecimento da necessidade de mudanças na educação médica, no que se refere à capacitação profissional para atender as demandas da comunidade, a instituição dessas DCNs foi considerada, por muitos, pouco democrática. O seu processo de implantação pelas Escolas Médicas ainda é pouco estudado. Objetivos: Analisar o Internato Médico em Escolas Médicas do Estado do Rio de Janeiro, após a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina de 2014, sob a ótica dos Coordenadores/Diretores de Curso e Coordenadores do Internato. Metodologia: Nessa investigação, foram utilizadas abordagens qualitativas e quantitativas, com a participação dos Coordenadores/Diretores de Curso e Coordenadores de Internato. Em março de 2016, o Estado do Rio de Janeiro possuía 19 cursos de medicina em 15 Escolas Médicas. Destes, nove cursos participaram da pesquisa. A população de estudo foi representada por 13 participantes, nove Coordenadores de Curso e quatro Coordenadores de Internato. Foi aplicado um instrumento de pesquisa composto por questões fechadas, abertas e uma escala atitudinal. Para a análise dos dados, a escala foi avaliada por análise estatística e as respostas das questões abertas foram submetidas à análise de conteúdo, na modalidade análise temática. Resultados e Discussão: Na visão dos Coordenadores participantes da pesquisa, todas as Escolas Médicas estão em processo de adequação às determinações das DCNs de 2014. A maioria está de acordo com a inclusão obrigatória, no Internato, das áreas de Urgência e Emergência, Atenção Básica e Saúde Mental. Muitas são as dificuldades encontradas no processo de implantação e/ou reestruturação dessas atividades no Internato: a escassez de cenários; precariedade dos cenários existentes na Emergência do Sistema Único de Saúde; falta de docentes/preceptores e o prazo estabelecido para a implantação das Diretrizes. Entretanto, os coordenadores têm planejado/utilizado algumas estratégias como a diversificação dos cenários de prática, a criação de estágios eletivos, o estabelecimento de convênios e parcerias, o desenvolvimento de atividades integradas com outras áreas do Internato e a utilização de laboratórios de simulação realística. Considerações finais: As Escolas Médicas vivem um momento de transformação curricular, impulsionado pelas DCNs. Esse momento deve ser encarado como uma oportunidade para revisitar o Internato Médico e, possivelmente, encontrar estratégias para o aprimoramento da formação médica nesse espaço privilegiado da graduação. Acredita-se que a divulgação dos resultados dessa pesquisa possa auxiliar as Escolas Médicas no processo de apropriação e implantação das determinações das DCNs de 2014.
Descrição
Citação
CANDIDO, Patricia Tavares da Silva. O internato médico após as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014: um estudo em escolas médicas do estado do Rio de Janeiro. 2017. 147f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde) – Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2017.