Doenças fúngicas invasivas em pacientes oncohematológicos e receptores de transplante de células-tronco hematopoéticas: série histórica e aspectos evolutivos
Data
2021
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objective: To describe the epidemiology of invasive fungal diseases (IFDs) in hematologic patients and hematopoietic cell transplant (HCT) recipients, managed with fluconazole prophylaxis and an antifungal diagnostic-driven approach for mold infection. Methods: This is a retrospective, single-center cohort study of all consecutive cases of proven or probable IFDs according to the European Organization for Research and Treatment of Cancer and the Mycoses Study Group Education and Research Consortium (EORTC/MSGERC) diagnosed between 2009 and 2019 (11-year period), in adult hematologic patients and HCT recipients, managed with fluconazole prophylaxis and an antifungal diagnostic-driven approach for mold infection. Cases of possible IFDs and pneumocistosis were excluded from analysis. Results: During the study period, 94 cases of IFDs occurred among 664 hematologic patients and 316 HCT recipients. The frequency of IFDs among patients with allogeneic HCT, autologous HCT, acute leukemia and other hematologic malignancies was 8.9%, 1.6%, 17.3%, and 6.4%, respectively. Aspergillosis was the leading IFD (53.2%), followed by fusariosis (18.1%), candidiasis (10.6%), and cryptococcosis (8.5%).The overall 6-week mortality rate was 37.2%, and varied according to the host and the etiology ofIFD, from 28% in aspergillosis to 52.9% in fusariosis. Although IFDs occurred frequently in our cohort of patients managed with an antifungal diagnostic driven approach, mortality rates were comparable to other studies. In the face of challenges posed by the use of anti-mold prophylaxis, this strategy remains a reasonable alternative.
Objetivo: Descrever a epidemiologia de doenças fúngicas invasivas (DFIs) em uma coorte de pacientes onco-hematológicos e receptores de TCTH acompanhados ao longo de 11 anos e abordados com regime de profilaxia com fluconazol complementada por terapêutica antifúngica dirigida por dagnóstico precoce (terapia preemptiva). Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado em um centro único terciário e universitário, de todos os casos consecutivos de DFIs diagnosticados entre janeiro/2009 a dezembro/2019 (11 anos de observação) em pacientes adultos, oncohematológicos e receptores de TCTH. Apenas casos de DFI provada e provável, de acordo com os critérios revisados pela European Organization for Research and Treatment of Cancer and the Mycoses Study Group Education and Research Consortium (EORTC/MSGERC) foram incluídos. Casos de DFI possível e pneumocistose foram excluídos das análises. Resultados: Durante o período estudado, ocorreram 94 casos de DFI em 664 pacientes onco-hematológicos e 316 receptores de TCTH. A frequência de DFIs entre receptores de TCTH-alogênico, TCTH-autólogo, leucemias agudas e outras doenças onco-hematológicas foi 8,9%; 1,6%; 17,3% e 6,4%, respectivamente. Aspergilose foi a principal DFI (53,2%), seguida de fusariose (18,1%), candidíase (10,6%), e criptococose (8.5%). A mortalidade geral em 6 semanas foi 37,2%, e variou de acordo com a doença de base e DFI, de 28% em aspergilose a 52,9% em fusariose. Embora as DFIs tenham sido frequentes nesta coorte de pacientes abordados com estratégia de fluconazol profilático complementada por terapêutica antifúngica dirigida por dagnóstico precoce (terapia preemptiva), as taxas de mortalidade foram comparáveis às de outros estudos. Diante dos desafios impostos pelo uso de profilaxia anti-fungo filamentoso, a terapia preemptiva permanece como alternativa razoável.
Objetivo: Descrever a epidemiologia de doenças fúngicas invasivas (DFIs) em uma coorte de pacientes onco-hematológicos e receptores de TCTH acompanhados ao longo de 11 anos e abordados com regime de profilaxia com fluconazol complementada por terapêutica antifúngica dirigida por dagnóstico precoce (terapia preemptiva). Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado em um centro único terciário e universitário, de todos os casos consecutivos de DFIs diagnosticados entre janeiro/2009 a dezembro/2019 (11 anos de observação) em pacientes adultos, oncohematológicos e receptores de TCTH. Apenas casos de DFI provada e provável, de acordo com os critérios revisados pela European Organization for Research and Treatment of Cancer and the Mycoses Study Group Education and Research Consortium (EORTC/MSGERC) foram incluídos. Casos de DFI possível e pneumocistose foram excluídos das análises. Resultados: Durante o período estudado, ocorreram 94 casos de DFI em 664 pacientes onco-hematológicos e 316 receptores de TCTH. A frequência de DFIs entre receptores de TCTH-alogênico, TCTH-autólogo, leucemias agudas e outras doenças onco-hematológicas foi 8,9%; 1,6%; 17,3% e 6,4%, respectivamente. Aspergilose foi a principal DFI (53,2%), seguida de fusariose (18,1%), candidíase (10,6%), e criptococose (8.5%). A mortalidade geral em 6 semanas foi 37,2%, e variou de acordo com a doença de base e DFI, de 28% em aspergilose a 52,9% em fusariose. Embora as DFIs tenham sido frequentes nesta coorte de pacientes abordados com estratégia de fluconazol profilático complementada por terapêutica antifúngica dirigida por dagnóstico precoce (terapia preemptiva), as taxas de mortalidade foram comparáveis às de outros estudos. Diante dos desafios impostos pelo uso de profilaxia anti-fungo filamentoso, a terapia preemptiva permanece como alternativa razoável.