O microbioma cutâneo e a sua influência na hiperpigmentação

Data
2024-08-23
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
O microbioma cutâneo consiste em um complexo ecossistema de micro-organismos residentes e transitórios que colonizam a superfície da pele. O equilíbrio dessa interação tem sido descrito como um importante aliado na integridade da barreira cutânea, na imunidade e na proteção contra patógenos. Além disso, sabe-se que a composição desse ecossistema varia significativamente de um indivíduo para outro e entre os diferentes locais do corpo, de modo que cada ser humano apresenta uma composição única do microbioma. Diante de um desequilíbrio entre tais micro-organismos e a pele, e dependendo da predominância dos gêneros e espécies que configuram o microbioma, pode-se inferir que uma pessoa pode se tornar mais suscetível ao desenvolvimento de doenças cutâneas, incluindo distúrbios de pigmentação. O objetivo deste trabalho, portanto, consiste em realizar uma revisão bibliográfica descrevendo a relação entre a composição do microbioma cutâneo e o surgimento de hiperpigmentação. A partir da análise dos trabalhos selecionados nas bases de dados ScienceDirect, Web of Science, PubMed, PubMed Central (PMC) e Google Acadêmico, foi possível concluir que existe um consenso entre os autores de que o desequilíbrio do microbioma como consequência de variados fatores endógenos e exógenos contribui diretamente para o desenvolvimento de distúrbios pigmentares. Logo, regular a homeostase, bem como promover ou inibir a proliferação de determinados gêneros em detrimento de outros, são estratégias promissoras no desenvolvimento de novas abordagens no tratamento para manchas, sendo uma área com grande potencial de exploração, que carece de mais pesquisas, visto que ainda existem muitos mecanismos não esclarecidos e poucos produtos desenvolvidos com base em tais estratégias, principalmente no mercado nacional.
The cutaneous microbiome consists of a complex ecosystem of resident and transient microorganisms that colonize the skin surface. The balance of this interaction has been described as an important ally in the integrity of the skin barrier, immunity and protection against pathogens. Additionally, it is known that the composition of this ecosystem varies significantly from one individual to another and among different body sites, so each human has a unique microbiome composition. In the face of a dysregulation of the balance between these microorganisms and the skin and depending on the predominance of the genera and species that shape the microbiome, it can be inferred that a person may become more susceptible to the development of skin diseases, including pigmentary disorders. The aim of this study, therefore, is to conduct a literature review describing the relationship between the composition of the cutaneous microbiome and the emergence of hyperpigmentation. Through the analysis of selected studies from databases such as ScienceDirect, Web of Science, PubMed, PubMed Central (PMC), and Google Scholar, it was possible to conclude that there is consensus among authors that microbiome dysregulation, influenced by various endogenous and exogenous factors, directly contributes to the development of pigmentary disorders. Thus, regulating homeostasis and promoting or inhibiting the proliferation of certain genera over others are promising strategies in the development of new approaches for treating skin hyperpigmentation, being an area with great potential for exploration, which requires further research, as that there are still many unclear mechanisms and few products developed based on such strategies, especially in the national market.
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