A existência de Deus em Duns Scotus
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Data
2014-06-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Duns Scotus, teólogo padre franciscano e filósofo do século XIII busca provar a
existência de Deus através da questão “se há entre os entes um ente infinito
atualmente existente” (Ordinatio I, parte 1, qq. 1-2.). O Doutor Sútil elabora uma
prova dentre as mais complexas, por isso, não é uma prova fácil de ser analisada,
mesmo porque temos no mínimo quatro versões: na Lectura (I, d. 2, q. 1, nn. 38-
135), na Ordinatio (I, d. 2, q. 1, nn. 1-156), na Reportatio (I, d. 2, q. 1) e no De primo
principio. Vê-se que o tema é um dos problemas centrais da filosofia scotista. Nossa
pesquisa enxerga na Ordinatio I (d. 2, q. 1) uma versão completa e madura da prova
da existência de Deus em Scotus, além de ser uma edição crítica da resposta do
mestre franciscano à questão. Por isso, é aquela que em especial exploraremos.
Nessa obra, Scotus argumenta sobre a prova da existência de um princípio
absolutamente simples, que seria primeiro na ordem de causalidade eficiente e final.
Em seguida, demonstra que esse ente absolutamente simples é plenamente
primeiro, pois é primaz em eficiência, finalidade e eminência. Também procura
provar que essa tríplice primazia cabe a uma única natureza. Portanto refere-se a
um único ente descrito como infinito, pois o primeiro em causalidade só pode causar
a si mesmo e ser causa por si mesmo, não é causado por nada externo. Esse ente
só pode ter a si mesmo como finalidade, pois, do contrário, não seria primeiro. Do
mesmo modo, ele só pode ser primaz em eminência, senão não seria primeiro. Uma
vez provadas a unidade e simplicidade desse ente, Scotus parte para a
demonstração das propriedades absolutas de Deus. Ele as vê em duas partes: na
primeira, trata da inteligência e vontade, e na segunda, da infinidade desse primeiro
ente. Logo em seguida, iremos explorar os argumentos de Scotus que corroboram a
afirmação da Unicidade de Deus que ele trata na Ordinatio I, parte I questão 3.
Duns Scotus, Franciscan Priest Theologian and Philosopher of the Thirteenth Century seeks to prove the existence of God through the question “If there is an infinite being among beings that actually exists" (Ordinatio I, part 1, qq. 1-2 . ). The Subtle Doctor elaborates a proof from among the more complex ones, so it is not an easy proof to analyze. We have at least four versions: in Lectura (I, d. 2, q. 1, nn. 38- 135) in the Ordinatio (I, d. 2, q. 1, nn. 1-156) in Reportatio (I, d. 2, q. 1) and the De primo principio, One sees that the theme is one of the core problems of the Philosophy Scotist. Our research sees in the Ordinatio I (d. 2, q. 1) a complete and mature version of proving the existence of God at Scotus, besides being a critical edition of Master Franciscan to reply the question. Therefore, the one that we will explore. In that work, Scotus proves the existence of a principle simple, that it would be the first about efficient causality and final. Then he demonstrates that this being simple is fully first, as its primacy in efficiency, finality and eminence. In addition, he seeks to prove that this threefold primacy belongs to one nature. He refers to a single entity described as infinite. This being can only have itself as purpose, because otherwise it would not be first. Similarly, it must be the first one in eminence, otherwise would not be the first. Once proven the unity and simplicity of this being, Scotus will demonstrate the absolute properties of God. He sees into two parts: the first deals with the intellect and will, and the second part deals with the infinity of this first being. Next, we will be exploring the arguments from Scotus that backs the Unity of God that he treats in Ordinatio I, Part I Question 3.
Duns Scotus, Franciscan Priest Theologian and Philosopher of the Thirteenth Century seeks to prove the existence of God through the question “If there is an infinite being among beings that actually exists" (Ordinatio I, part 1, qq. 1-2 . ). The Subtle Doctor elaborates a proof from among the more complex ones, so it is not an easy proof to analyze. We have at least four versions: in Lectura (I, d. 2, q. 1, nn. 38- 135) in the Ordinatio (I, d. 2, q. 1, nn. 1-156) in Reportatio (I, d. 2, q. 1) and the De primo principio, One sees that the theme is one of the core problems of the Philosophy Scotist. Our research sees in the Ordinatio I (d. 2, q. 1) a complete and mature version of proving the existence of God at Scotus, besides being a critical edition of Master Franciscan to reply the question. Therefore, the one that we will explore. In that work, Scotus proves the existence of a principle simple, that it would be the first about efficient causality and final. Then he demonstrates that this being simple is fully first, as its primacy in efficiency, finality and eminence. In addition, he seeks to prove that this threefold primacy belongs to one nature. He refers to a single entity described as infinite. This being can only have itself as purpose, because otherwise it would not be first. Similarly, it must be the first one in eminence, otherwise would not be the first. Once proven the unity and simplicity of this being, Scotus will demonstrate the absolute properties of God. He sees into two parts: the first deals with the intellect and will, and the second part deals with the infinity of this first being. Next, we will be exploring the arguments from Scotus that backs the Unity of God that he treats in Ordinatio I, Part I Question 3.
Descrição
Citação
SILVA, Roberto de Sousa. A existência de Deus em Duns Scotus. 2014. 100 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2014.