Influência da vacinação para Covid-19 em uma universidade pública brasileira

dc.contributor.advisorMedeiros, Eduardo Alexandrino Servolo de [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coRosa, Anderson da Silva [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/0916786723350340
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9548262587954222
dc.contributor.authorLaks, Michel [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0633987404067780
dc.coverage.spatialSão Paulo
dc.date.accessioned2024-12-04T18:11:06Z
dc.date.available2024-12-04T18:11:06Z
dc.date.issued2024-11-25
dc.description.abstractIntrodução: Com a identificação do primeiro caso de covid-19 em 2020, as escolas médicas adaptaram-se rapidamente, reorganizando o calendário escolar, instituindo ensino a distância quando possível e individualizando as propostas pedagógicas. Com a evolução da pandemia, a doença apresentou um padrão de ondas epidêmicas. Após a disponibilização de vacinas para covid-19, estudos identificaram queda significativa de desfechos clínicos desfavoráveis. A efetividade da vacinação para evolução de doença grave em indivíduos com vacinação completa variou entre 60,0 e 95,3%. Objetivos: avaliar a taxa de infecção pelo SARS-CoV-2 entre indivíduos de uma universidade pública brasileira; analisar a frequência de condições pós-covid-19; verificar a distribuição das fontes presumidas de infecção e sua relação com a categoria profissional; e avaliar o efeito da vacinação e a presença de eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização (ESAVI). Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal, para avaliar o impacto da covid-19 e da vacinação contra o SARS-CoV-2 em colaboradores dos sete campi da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que preencheram instrumento eletrônico de 13 de julho a 08 de agosto de 2022 sobre características demográficas e da evolução pregressa e atual da covid-19, e sobre imunizantes recebidos, ESAVI e necessidades de atendimento médico e afastamento. Após a coleta de dados, foi realizada análise estatística, sendo utilizados os testes de Tukey e do qui-quadrado de Pearson, e o modelo de regressão de Poisson. Valores de p < 0,05 foram estatisticamente significativos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp/HSP e pela CONEP. Resultados: Participaram da pesquisa 5.177 indivíduos; 3.489 (67,39%) eram mulheres, 3.618 (69,89%) brancos e 2.616 (50,53%) discentes de graduação. A taxa global de infecção pelo SARS-CoV-2 foi de 32,07%, sendo mais elevada entre médicos residentes (50,48%) versus discentes de graduação (26,88%; p < 0,001). Médicos residentes apresentaram um risco aumentado de covid-19, de 23,72% a 58,41% versus outros profissionais. A forma presumida de contágio mais relatada envolveu o núcleo familiar/domiciliar (818; 49,94% dos indivíduos que identificaram fonte). Um grupo relacionado à assistência à saúde apresentou maior relação com a transmissão no ambiente hospitalar/ambulatorial (p < 0,001 e = 0,042 em primeiro e segundo episódios de covid-19). Ao todo, 73,85% dos participantes descreveram a ocorrência de ao menos uma condição pós-covid, destacando-se o cansaço extremo e os problemas de memória e concentração como as mais frequentes. A amostra recebeu 17.083 doses de imunizantes; a CoronaVac apresentou a menor incidência de ESAVI (19,53-21,50%), ocorridos sobretudo em até 48 horas após a vacinação (11,21-64,62%). Dor no local da aplicação foi bastante relatada (28,65-54,01%), com médias de intensidades de 5,73-6,05 (desvios padrão=2,26-2,39); a demanda por consulta médica devido a qualquer ESAVI foi de 2,81% (199 de 7.086 imunizações; variação de 1,11% para a BNT162b2 a 6,67% para a CoronaVac), e o afastamento foi de 7,89% (560 de 7.098 imunizações; variação de 4,12% para a CoronaVac a 13,76% para a Ad26.COV2.S), sendo apenas 37 (0,52%) por período ≥ oito dias. Em três das quatro doses, a BNT162b2 apresentou a menor necessidade de antitérmicos (16,1%-25,06%; p < 0,001). Indivíduos relacionados à assistência à saúde apresentaram menor taxa de afastamento devido a ESAVI na primeira dose (4,11 versus 8,66% nos demais participantes; p = 0,020). Conclusões: A covid-19 influenciou a dinâmica universitária, levando a modificações sobretudo para profissionais da saúde. A taxa de infecção pelo SARS-CoV-2 foi maior entre médicos residentes, que relataram maior transmissão no ambiente hospitalar/ambulatorial, e cerca de 75% dos participantes descreveu ao menos uma possível condição pós-covid. A vacinação conferiu proteção satisfatória à comunidade universitária, sem demandar afastamentos ou atendimentos médicos em grande quantidade. ESAVI locais como dor no local da aplicação foram comuns, porém não ocorreu caso de reação aguda grave. pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: Since the identification of the first case of COVID-19 in 2020, medical schools quickly adapted and reorganized the school schedule, instituting distance learning when possible, and individualizing pedagogical proposals. As the pandemic evolved, the disease presented a pattern of epidemic waves. After the availability of vaccines for COVID-19, studies identified a significant decrease in unfavorable clinical disease. The effectiveness of vaccination for the progression of severe disease in individuals with full vaccination ranges 60.0-95.3%. Objective: The objectives of this study were: to evaluate the rate of SARS-CoV-2 infection among individuals at a Brazilian public university; to analyze the frequency of long-COVID; to verify the distribution of presumed sources of infection and their relationship with professional category; and to evaluate the effect of immunization and the presence of events supposedly attributable to vaccination or immunization (ESAVI). Methods: A cross-sectional observational study was carried out to assess the impact of COVID-19 and immunization against SARS-CoV-2 on people from the seven campi of the Federal University of São Paulo (Unifesp), who filled an electronic form from July 13rd to August 8th, 2022, about demographic characteristics and previous and current evolution of COVID-19, and about immunizations regimens, ESAVI, and demand for medical care. After data collection, statistical analysis was performed using the Tukey and Pearson chi-squared test, and the Poisson regression model. Values of p < 0.05 were statistically significant. The study was approved by the Research Ethics Committee of Unifesp/HSP and by CONEP. Results: 5,177 individuals participated in the study; 3,489 (67.39%) were women, 3,618 (69.89%) were white, and 2,616 (50.53%) were undergraduate students. The overall rate of SARS-CoV-2 infection was 32.07%, being higher among resident physicians (50.48%) versus undergraduate students (26.88%; p < 0.001). Resident physicians had an increased risk of COVID-19 (23.72%-58.41%) versus other categories. The most commonly reported presumed form of infection was the family/household contact (818; 49.94% of individuals who identified the source). A healthcare-related group had a significant hospital/outpatient environment transmission (p < 0.001 and = 0.042 for the first and second episodes of COVID-19). At all, 73.85% of participants described the occurrence of at least one long-COVID symptom; extreme fatigue and memory and concentration problems standing out as the most frequent. The sample received 17,083 shots of vaccine. CoronaVac had a lower incidence of ESAVI (19.53-21.50%), which occurred mainly within 48 hours after immunization (11.21-64.62%). Pain at injection site was highly related (28.65-54.01%), with average intensities of 5.73-6.05 (standard deviations = 2.26-2.39); demand for medical consultation due to any ESAVI was 2.81% (199 of 7,086 immunizations; range from 1.11% for BNT162b2 to 6.67% for CoronaVac), and the absenteism was 7.89% (560 of 7,098 immunizations; range from 4.12% for CoronaVac to 13.76% for Ad26.COV2.S); only 37 (0.52%) people need a period ≥ eight days of absence. In three of the four doses, BNT162b2 showed a lower need for antipyretics (16.1%-25.06%; p < 0.001). The healthcare group had a lower rate of absenteism due to ESAVI in the first dose (4.11 versus 8.66% in other categories; p = 0.020). Conclusions: COVID-19 has influenced university dynamics, leading to changes especially for health professionals. The rate of SARS-CoV-2 infection was higher among resident physicians, who reported greater transmission in the hospital/outpatient setting, and approximately three-quarters of participants reported at least one long-COVID symptom. Immunization provides guaranteed protection to the university community, without requiring absences or large numbers of medical appointments. Local ESAVI such as pain at the injection site were common, but there were no cases of severe events.en
dc.emailadvisor.customemedeiros@unifesp.br
dc.format.extent171 f.
dc.identifier.citationLAKS, Michel. Influência da vacinação para Covid-19 em uma universidade pública brasileira. 2024. 171 f. Tese (Doutorado em Infectologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11600/72557
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.subjectCOVID-19pt_BR
dc.subjectSARS-CoV-2pt_BR
dc.subjectVacinas contra COVID-19pt_BR
dc.subjectServiços de saúde para estudantespt_BR
dc.subjectEducação médicapt_BR
dc.subjectUniversidadespt_BR
dc.titleInfluência da vacinação para Covid-19 em uma universidade pública brasileirapt_BR
dc.title.alternativeStudy on the influence of Covid-19 vaccination in a brazilian public universityen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis
unifesp.campusEscola Paulista de Medicina (EPM)
unifesp.graduateProgramInfectologia
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