Efeitos da suplementação com melatonina sobre a expressão de adipocinas por tecidos adiposos branco em camundongos obesos
Data
2017-07-03
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Several metabolic disorders such as obesity, type 2 diabetes mellitus (DM2) and metabolic syndrome have a direct association with white adipose tissue (WAT) dysfunction and, consequently, adipokines secretion, especially those with a proinflammatory action. The incidence of obese people worldwide is increasing every year and this is an indicator that the therapeutic strategies used are not yet fully effective. Studies have shown that melatonin is a hormone responsible for ensuring an adequate energy balance, mainly through the regulation of energy flow, regulating this process, probably by modulating the WAT function. In this work we evaluated the effects of melatonin supplementation on the production of adipokines in visceral and subcutaneous fat (peri-epididimal -PE and inguinal- ING, respectively) of animals submitted to obesity by a high fat diet (HFD). Male C57Bl / 6j mice of 8 weeks were used, which were separated into 3 groups: CO, animals fed with control diet (9% of lipids); Obese, animals fed with HFD (59% of lipids) and obese + melatonin, animals fed with HFD and supplemented with melatonin (1mg/kg, drinking water for ten weeks during the dark phase). The animals were evaluated for food intake, body mass gain, and glucose tolerance test (GTT) and insulin (ITT) and plasma lipid profile. In the end of protocol, inginal and subcutaneous adipose tissue was removed to evaluate, adipokines and gene expression (adiponectin, IL-6, leptin, resistin and TNF-α). The body mass gain data showed that melatonin had a preventive effect on the development of obesity. In addition, supplementation with melatonin slowed down the effects on food efficiency and energy efficiency triggered by HFD. Consequently, the ING and PE fat depots of the animals that ingested HFD and melatonin showed significant reductions when compared to animals that were not supplemented with this hormone. The analyses of gene expression in the subcutaneous and visceral depots showed that obesity caused an increase in the content of IL-6, leptin and TNF-α in the visceral depot. However, this effect was prevented in the group of obese animals that received melatonin supplementation. Finally, melatonin attenuated the elevation of serum triglyceride levels and the LDL cholesterol fraction caused by DHL. Thus, the results obtained in this study suggest that supplementation with melatonin may decrease the weight gain and the proinflammatory effects triggered by DHL, as well as the development of atherosclerosis. Key words: obesity; pineal gland; adiponectin; leptin; TNF-α; IL-6.
Diversos distúrbios metabólicos como a obesidade, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a síndrome metabólica apresentam associação direta com a disfunção do tecido adiposo branco (TAB) e consequentemente, com a secreção de adipocinas, especialmente aquelas de ação pró-inflamatória. A incidência de obesos no mundo todo vem aumentando a cada ano e isto é um indicativo de que as estratégias terapêuticas usadas até hoje ainda não são totalmente eficazes. Estudos demonstram que a melatonina é um hormônio responsável por garantir um adequado balanço energético, principalmente através da regulação do fluxo energético, regulando este processo, provavelmente, pela modulação da função do TAB. Neste trabalho avaliamos os efeitos da suplementação com melatonina sobre a produção de adipocinas nos TAB visceral e subcutâneo (peri-epididimal –PE e inguinal –ING, respectivamente) de animais com obesidade induzida por dieta hiperlipídica (DHL). Foram utilizados camundongos C57Bl/6j machos de 8 semanas, os quais foram separados em 3 grupos: CO, alimentados com dieta controle (9% de lipídeos); obesos, alimentados com DHL (59% de lipídeos) e obesos melatonina, alimentados com DHL e suplementados com melatonina (1mg/kg- via oral, por dez semanas durante a fase escura). Os animais foram avaliados quanto à ingestão alimentar, ganho de massa corpórea, teste de tolerância à glicose (GTT) e à insulina (ITT) e perfil lipídico plasmático. Com os TAB ING e PE, foi avaliado a expressão gênica e proteica de adipocinas (adiponectina, IL-6, leptina, resistina e TNF-α). Os dados obtidos referentes ao ganho de massa corpórea demonstraram que a melatonina exerceu efeito preventivo no desenvolvimento da obesidade. Adicionalmente, a suplementação com melatonina abrandou os efeitos sobre a eficiência alimentar e a eficiência energética desencadeados pela DHL. Como consequência, os pesos dos depósitos adiposos ING e PE dos animais que receberam DHL e melatonina apresentaram reduções significativas quando comparados aos animais que não foram suplementados com esse hormônio. Os resultados referentes à avaliação da expressão dos genes que codificam as adipocinas nos depósitos adiposos subcutâneo e visceral mostraram que a obesidade provocou um aumento no conteúdo de IL-6, leptina e TNF- no depósito visceral. No entanto, este efeito foi prevenido no grupo de animais obesos que receberam a suplementação com melatonina. Finalmente, a melatonina atenuou a elevação dos níveis séricos de triglicerídeos e da fração LDL do colesterol provocada pela DHL. Sendo assim, os resultados obtidos neste estudo sugerem que a suplementação com melatonina possa intervir no ganho de peso e diminuir o efeito pró-inflamatório desencadeado pela DHL, bem como o desenvolvimento da arterosclerose. Palavras-chave: obesidade; glândula pineal; adiponectina; leptina; TNF-α; IL-6.
Diversos distúrbios metabólicos como a obesidade, diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a síndrome metabólica apresentam associação direta com a disfunção do tecido adiposo branco (TAB) e consequentemente, com a secreção de adipocinas, especialmente aquelas de ação pró-inflamatória. A incidência de obesos no mundo todo vem aumentando a cada ano e isto é um indicativo de que as estratégias terapêuticas usadas até hoje ainda não são totalmente eficazes. Estudos demonstram que a melatonina é um hormônio responsável por garantir um adequado balanço energético, principalmente através da regulação do fluxo energético, regulando este processo, provavelmente, pela modulação da função do TAB. Neste trabalho avaliamos os efeitos da suplementação com melatonina sobre a produção de adipocinas nos TAB visceral e subcutâneo (peri-epididimal –PE e inguinal –ING, respectivamente) de animais com obesidade induzida por dieta hiperlipídica (DHL). Foram utilizados camundongos C57Bl/6j machos de 8 semanas, os quais foram separados em 3 grupos: CO, alimentados com dieta controle (9% de lipídeos); obesos, alimentados com DHL (59% de lipídeos) e obesos melatonina, alimentados com DHL e suplementados com melatonina (1mg/kg- via oral, por dez semanas durante a fase escura). Os animais foram avaliados quanto à ingestão alimentar, ganho de massa corpórea, teste de tolerância à glicose (GTT) e à insulina (ITT) e perfil lipídico plasmático. Com os TAB ING e PE, foi avaliado a expressão gênica e proteica de adipocinas (adiponectina, IL-6, leptina, resistina e TNF-α). Os dados obtidos referentes ao ganho de massa corpórea demonstraram que a melatonina exerceu efeito preventivo no desenvolvimento da obesidade. Adicionalmente, a suplementação com melatonina abrandou os efeitos sobre a eficiência alimentar e a eficiência energética desencadeados pela DHL. Como consequência, os pesos dos depósitos adiposos ING e PE dos animais que receberam DHL e melatonina apresentaram reduções significativas quando comparados aos animais que não foram suplementados com esse hormônio. Os resultados referentes à avaliação da expressão dos genes que codificam as adipocinas nos depósitos adiposos subcutâneo e visceral mostraram que a obesidade provocou um aumento no conteúdo de IL-6, leptina e TNF- no depósito visceral. No entanto, este efeito foi prevenido no grupo de animais obesos que receberam a suplementação com melatonina. Finalmente, a melatonina atenuou a elevação dos níveis séricos de triglicerídeos e da fração LDL do colesterol provocada pela DHL. Sendo assim, os resultados obtidos neste estudo sugerem que a suplementação com melatonina possa intervir no ganho de peso e diminuir o efeito pró-inflamatório desencadeado pela DHL, bem como o desenvolvimento da arterosclerose. Palavras-chave: obesidade; glândula pineal; adiponectina; leptina; TNF-α; IL-6.