Detecção e monitoramento de lesões desmielinizantes de esclerose múltipla por ressonância magnética sem o uso do gadolínio
Data
2021
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
A ressonância magnética é a principal ferramenta para a detecção e acompanhamento de lesões da esclerose múltipla, uma doença autoimune que compromete a bainha de mielina que recobre as fibras nervosas do sistema nervoso e impossibilita o envio de sinais do cérebro e para o corpo. A esclerose múltipla acomete quase 3 milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais causas de incapacidade neurológica na faixa etária de 20 a 50 anos. Na prática de ressonância magnética ainda atualmente se utiliza o agente de contraste paramagnético gadolínio para realçar a atividade das lesões de esclerose múltipla. Acredita-se que o gadolínio seja seguro e que não ofereça nenhum risco para os pacientes; no entanto, estudos recentes demonstraram a ocorrência de retenção e depósitos de gadolínio no sistema nervoso central, o que levou as principais associações de radiologia e neurologia a criar novas diretrizes para reduzir o uso do gadolínio nos exames de imagem, especialmente de ressonância magnética para a esclerose múltipla. O objetivo deste estudo foi buscar estudos recentes que abordassem este problema do risco do gadolínio e que mostrassem alternativas para o uso do gadolínio nos exames de ressonância magnéticas para detecção e acompanhamento de lesões da esclerose múltipla. Como metodologia, foi realizada uma busca no banco de dados PUBMED por artigos com os termos mesh “multiple sclerosis”, “MRI” e “gadolinium”, com a limitação de 5 anos da data de publicação, excluindo aqueles que não estavam em sua forma completa. Foram encontrados 30 artigos, tanto que discorriam sobre as novas diretrizes quanto mostravam alternativas para o exame com gadolínio. Os resultados mostraram que a maioria dos estudos foram realizados após as diretrizes de 2020 e que ainda muitos estudos estão em andamento sobre esse tema. Também mostraram que o futuro é positivo em relação às novas tecnologias e novos usos da ressonância magnética que evitam o uso do gadolínio nos exames de ressonância magnética de pacientes com esclerose múltipla.