Associação entre micropartículas endoteliais de origem apoptótica, funcionalidade de células progenitoras endoteliais e grau de aterosclerose avaliado pelo Índice de Friesinger

Data
2020-10-29
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Apoptotic endothelial cell-derived microparticles (A-EMPs) and endothelial progenitor cells (EPCs) have shown relevance in cardiovascular pathogenesis related to endothelial dysfunction and atherosclerosis. A-EMPs are released from cell membranes during cell apoptosis and EPCs are directly involved in vascular regeneration. Objectives: To evaluate A-EMPs circulating number and EPCs function in individuals submitted to elective coronary angiography and correlate with aterosclerosis burden. Methods: 57 adult and elderly patients were submitted to elective coronary angiography without previous invasive coronary treatment. Flow cytometry was used to identify CD9+ / annexin V+,CD 144+, CD 31+ A-MPEs. CPEs’ function was defined by the number of Colony Forming Units (CFU-Hill). Atherosclerotic burden was assessed by Friesinger Index. Results: There was a positive association between A-EMPs circulating levels and atherosclerotic burden (rho = 0.817, P <0.001), while for EPCs’ function, inversely proportional result was recorded (rho = - 0.649, P <0.001). Increased A-EMPs number was significantly associated with moderate/ severe coronary atherosclerosis (OR: 1.7; 95% CI: 1.23 - 2.28; P = 0.001) as well the increased UFC-Hill EPCs (OR: 0.92; 95% CI: 0.89 - 0.97; p = 0.001). Conclusion: Circulating A-EMPs were independent atherosclerotic lesion severity predictor, while EPCs function was protective factor against moderate/severe coronary atherosclerosis in high cardiovascular risk patients. These results indicate the potential role of MPE-APs and CPEs as new markers of atherosclerotic disease,
Introdução: As micropartículas endoteliais de origem apoptótica (MPE-AP) e as células progenitoras endoteliais (CPEs) têm apresentado relevância na patogênese cardiovascular relacionadas à disfunção endotelial e aterosclerose. MPE-APs correspondem a uma subpopulação heterogenia de vesículas liberadas de membranas celulares que são expressas durante a apoptose celular. As CPEs são células diretamente envolvidas na regeneração vascular. Objetivos: Avaliar a presença de MPE-APs no sangue e a funcionalidade das CPEs em indivíduos submetidos à angiografia coronária e correlacionar com o grau de aterosclerose. Métodos: Foram avaliados 57 pacientes adultos e idosos submetidos a angiografia coronária sem tratamento coronariano invasivo prévio. A gravidade da lesão aterosclerótica foi determinada pelo Índice de Friesinger. Foi avaliado o número de MPE-APs marcadas com CD9+/anexina V+, CD 144+ e CD 31+ e o número de Unidades Formadoras de Colônia (UFC-Hill) de CPEs. Resultados: Houve associação positiva e proporcional entre níveis circulantes de MPE-AP e o grau de lesão aterosclerótica (rho= 0,817, P< 0,001), enquanto que para a funcionalidade das CPE obteve-se resultado inversamente proporcional (rho= - 0,649, P< 0,001). Após regressão logística multivariada, pacientes com maior nível circulante de MPE-APs apresentaram 1,5 mais chance de apresentar aterosclerose coronária moderada/ grave (OR: 1,5; 95%IC: 1,11 – 1,98; P= 0,008), enquanto que maior número de UFC-Hill das CPEs reduziu a chance de aterosclerose coronária moderada/ severa (OR: 0,92;95%IC: 0,89 – 0,97;p=0,001). Conclusão: A elevação do número das MPE-APs circulantes comportou-se como preditor independente da gravidade da lesão aterosclerótica, enquanto que a elevação do número de UFC-Hill de CPEs foi fator protetor contra a aterosclerose coronária moderada/grave em pacientes com alto risco cardiovascular. Os resultados obtidos indicam a possibilidade de MPE-APs e CPEs serem novos marcadores da doença aterosclerótica.
Descrição
Citação