A emergência da morfologia de diminutivo no português brasileiro e o estatuto de -inh- e -zinh-

dc.contributor.advisorMinussi, Rafael Dias
dc.contributor.advisor-coBassani, Indaiá de Santana
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/3142164315719180pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4273179791642866pt_BR
dc.contributor.authorCosta, Marcela Nunes [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0964306762830886pt_BR
dc.coverage.spatialVirtualpt_BR
dc.date.accessioned2022-08-22T20:40:25Z
dc.date.available2022-08-22T20:40:25Z
dc.date.issued2022-06-20
dc.description.abstractEste estudo apresenta a descrição e a análise da emergência da morfologia de diminutivo na produção linguística de crianças monolíngues falantes do Português Brasileiro (doravante PB) e tem como horizonte de análise os pressupostos teóricos da Morfologia Distribuída (HALLE; MARANTZ, [1993] 2020) e a noção de fases na formação de palavras de Marantz (2007). A pesquisa tem como objetivos: (i) determinar qual morfema diminutivo (-inh- ou -zinh-) é o primeiro a emergir na fala infantil; (ii) comparar as formas emergentes não-coincidentes com o alvo das crianças do PB às do estudo de caso de Vigário e Garcia (2012) de uma criança adquirindo o Português Europeu (doravante PE); (iii) verificar se a ordem de emergência está relacionada à composicionalidade e à complexidade morfológica desses morfemas; (iv) buscar evidências nos dados infantis para a discussão da hipótese de independência dos morfemas de diminutivos -inh- e -zinh- no PB, com base nas propostas de Villalva (1994), Bisol (2010), Armelin (2015) e Costa e Minussi (2019); (iv) descrever e comparar as características dos diminutivos nos dados infantis e na fala adulta dirigida à criança no corpus sob análise. A metodologia empregada é a de análise de um corpus longitudinal de aquisição de linguagem composto por transcrições das produções linguísticas iniciais de seis crianças da faixa etária de um a quatro anos de idade que integram o Corpus Santos (LEAL-USP). As buscas no corpus foram realizadas através do software AntConc e os resultados foram catalogados em tabelas Excel para produção de estatística descritiva. Os principais resultados indicam: (i) a superioridade numérica de formações terminadas em -inh- nas produções das seis crianças do corpus, sendo este o morfema mais frequente e mais produtivo nas falas infantil e adulta; (ii) - zinh- emerge tardiamente na fala de cinco das seis crianças do corpus, o que parece estar associado à estrutura de composição à qual -zinh- se concatena, o que é uma evidência para a independência dos morfemas de diminutivo no PB; (iii) as formas em -zinh- não-coincidentes com o alvo da criança adquirindo o PE estão relacionadas à preferência dos falantes do PE por -zinh- (VILLALVA, 2009) e emergem de forma homogênea, enquanto na fala das crianças do PB não há homogeneidade; (iv) o contexto temático é prototípico para a inserção de -inh-, porém a realização fonológica de vogal temática na forma diminutiva (ex. meninazinha) é condicionada à estrutura de composição à qual -zinh- se concatena; (v) a inserção de -inhpermite leitura composicional e não-composicional, porém a inserção de -zinh- restringe a leitura à composicional, o que está associado à sua concatenação mais alta na estrutura sintática; (vi) há correspondência entre o aumento da composicionalidade nos dados infantis e o aumento da idade, mas o mesmo não ocorre para a leitura não-composicional; (vii) há correspondências entre a produção de diminutivos infantil e adulta: -inh- é o morfema mais frequente; as categorias semânticas de afetividade, gradação, tamanho e ambiguidade estão presentes em ambas as falas e a mais frequente é afetividade.pt_BR
dc.description.abstractThis study analyses the emergence of diminutive morphology in the linguistic production of monolingual children who speak Brazilian Portuguese (hereinafter BP) and is based on the theoretical assumptions of Distributed Morphology (HALLE; MARANTZ, [1993] 2020) and the notion of phases in the formation of words by Marantz (2007). The research aims: (i) to determine which diminutive morpheme (-inh- or -zinh-) emerges first in children’s speech; (ii) to compare the emergent forms not coincident with the target of BP children to those of the case study by Vigário and Garcia (2012) of the child acquiring European Portuguese (hereinafter EP); (iii) to verify if the emergence order is related to the compositionality and morphologic complexity of these morphemes; (iv) to seek evidence in children’s data that corroborate the hypothesis of independence of diminutive morphemes -inh- and -zinh- in BP based on the proposals of Villalva (1994), Armelin (2015) and Costa and Minussi (2019); (v) describe and compare the diminutive characteristics in children’s data and in adult speech addressed to children in the corpus under analysis. The methodology used is the analysis of a longitudinal corpus of language acquisition composed of transcripts of the initial linguistic productions of six children aged between one and four years old who are part of Corpus Santos (LEAL-USP). The searches in the corpus were carried out using the AntConc software and the results were catalogued in Excel tables for descriptive statistics. The main results indicate: (i) the numerical superiority of formations ending in -inh- in the productions of the six children in the corpus, this being the most frequent and most productive morpheme in child and adult speech; (ii) - zinh- emerges late in the speech of five of the six children, which seems to be associated to the composition structure to which -zinh- is concatenated, which is evidence to the independency of the diminutive morphemes in BP; (iii) the not coincident with the target forms with -zinh- of the child acquiring EP are related to EP speakers’ preference for -zinh- (VILLALVA, 2009) and emerge homogeneously, while in the speech of BP children there is no homogeneity; (iv) the thematic context is prototypical of the insertion of -inh-, but the phonological realization of the theme vowel in the diminutive form (e.g. meninazinha) is conditioned to the composition structure to which -zinh- is concatenated; (v) the insertion of -inh- allows both compositional and non-compositional readings, but the insertion of -zinh- restricts the reading to compositional, which is associated with its highest concatenation position in the syntactic structure; (vi) there is correspondence between the increase in compositionality in children’s data and the increase in age, but the same is not true to the non-compositional reading; (vii) there are correspondences between the diminutive production in child and adult speech: -inh- is the most frequent morpheme; the semantic categories of affectivity, gradation, size and ambiguity occur in both speeches and the most frequent category is affectivity.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)pt_BR
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)pt_BR
dc.description.sponsorshipID2020/11133-5pt_BR
dc.description.sponsorshipID88887.597527/2021-00pt_BR
dc.format.extent129 f.pt_BR
dc.identifier.citationCOSTA, M. N. A emergência da morfologia de diminutivo no português brasileiro e o estatuto de -inh- e -zinh-. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Paulo, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65334
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulopt_BR
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccesspt_BR
dc.subjectDiminutivospt_BR
dc.subjectEmergência de Morfologiapt_BR
dc.subjectFala Infantilpt_BR
dc.subjectMorfologia Distribuídapt_BR
dc.subjectDiminutivespt_BR
dc.subjectEmergence of Morphologypt_BR
dc.subjectInfant Speechpt_BR
dc.subjectDistributed Morphologypt_BR
dc.titleA emergência da morfologia de diminutivo no português brasileiro e o estatuto de -inh- e -zinh-pt_BR
dc.title.alternativeThe emergence of diminutive morphology in Brazilian Portuguese and the status of -inh- and -zinh-pt_BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
unifesp.campusEscola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)pt_BR
unifesp.graduateProgramLetraspt_BR
unifesp.knowledgeAreaEstudos Linguísticospt_BR
unifesp.researchAreaLinguagem e Cogniçãopt_BR
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