Avaliação de citocinas plasmáticas e hemograma de camundongos treinados e sedentários expostos à poluição atmosférica
Data
2024-08-06
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: A atividade física regular proporciona melhora da saúde e qualidade de vida aos praticantes, entretanto o impacto no hemograma e resposta imunológica durante a prática em ambiente poluído, ainda é motivo de estudo e divergência entre benefício e malefício. Objetivo: Avaliar as alterações do hemograma e a concentração de citocinas plasmáticas, pró-inflamatórias IL-1β, IL-6, IL-17A, TNF-α e anti-inflamatórias IL-10 e IL-33 dos grupos de camundongos treinados e sedentários, expostos e não expostos à poluição ambiental. Metodologia: 24 camundongos machos da linhagem C57BL/6 adulto, foram separados em grupos, a saber: ativo poluídos (AP), ativo limpo (AL), sedentários poluídos (SP) e sedentários ar limpo (SL), expostos ao ambiente poluído por meio do Concentrador de partícula atmosférica (CPA). Após o período de treinamento foram coletadas amostras de sangue, para o estudo de citocinas e do hemograma. Resultados e Discussão: Maiores concentrações de citocinas IL-6 pró e IL-10 anti-inflamatória foi notada no grupo AP, o grupo AL não apresentou nível alto de IL-6, sugerindo que os resultados observados se devem à exposição à poluição. Já os grupos SP e SL mostraram níveis maiores de IL-2 do que os treinados. Além disso, o SP mostrou maior valor da razão IL-2/IL-10, resultado que sugere uma tentativa de equilibrar a resposta inflamatória A razão IFN-γ/IL-10 não apresentou diferença entre os grupos de AP e SP. Apesar das diferenças entre os grupos experimentais os resultados nos permitem sugerir, que há um “equilíbrio” do organismo durante exposição à poluição atmosférica, gerando uma adaptação à poluição. Conclusão: Os grupos expostos à poluição e treinados por corrida, apresentaram uma resposta inflamatória sistêmica, entretanto pudemos observar um equilíbrio entre a produção de citocinas pró e anti-inflamatórias. O hemograma dos grupos treinados e sedentários, expostos ou não à poluição não mostrou diferença significativa. Estes achados nos fazem supor que a exposição crônica à poluição, propicie uma resposta de tolerância.
Introduction: Regular physical activity improves health and quality of life. However, the impact on blood count and immune response during exercise in a polluted environment is still a matter of study and there is disagreement between the benefits and harms. Objective: To evaluate the changes in blood count and the concentration of plasma cytokines, pro-inflammatory IL-1β, IL-6, IL-17A, TNF-α and antiinflammatory IL-10 and IL-33 in groups of trained and sedentary mice, exposed and not exposed to environmental pollution. Methodology: 24 adult male C57BL/6 mice were separated into groups: polluted runners (AP), clean runners (AL), polluted sedentary mice (SP) and clean air sedentary mice (SL), exposed to the polluted environment through the Atmospheric Particle Concentrator (APC). After the training period, blood samples were taken to study cytokines and blood count. Results and Discussion: Higher concentrations of the pro-inflammatory cytokine IL-6 and the antiinflammatory cytokine IL-10 were noted in the AP group, while the AL group did not show high levels of IL-6, suggesting that the results observed are due to exposure to pollution, and not due the exercise. The SP and SL groups, on the other hand, showed higher levels of IL-2 than the trained groups. In addition, the SP group showed a higher IL-2/IL-10 ratio, a result that suggests an attempt to balance the inflammatory response The IFN-γ/IL-10 ratio showed no difference between the AP and SP groups. Despite the differences between the experimental groups, the results suggest that there is a balance in the body during exposure to atmospheric pollution, generating an adaptation to pollution. Conclusion: The groups exposed to pollution and trained by running showed a systemic inflammatory response, but we observed a balance between the production of pro- and anti-inflammatory cytokines. The blood count of the trained and sedentary groups, whether exposed to pollution or not, showed no significant difference. These findings suggest that chronic exposure to pollution may lead to a tolerance response.
Introduction: Regular physical activity improves health and quality of life. However, the impact on blood count and immune response during exercise in a polluted environment is still a matter of study and there is disagreement between the benefits and harms. Objective: To evaluate the changes in blood count and the concentration of plasma cytokines, pro-inflammatory IL-1β, IL-6, IL-17A, TNF-α and antiinflammatory IL-10 and IL-33 in groups of trained and sedentary mice, exposed and not exposed to environmental pollution. Methodology: 24 adult male C57BL/6 mice were separated into groups: polluted runners (AP), clean runners (AL), polluted sedentary mice (SP) and clean air sedentary mice (SL), exposed to the polluted environment through the Atmospheric Particle Concentrator (APC). After the training period, blood samples were taken to study cytokines and blood count. Results and Discussion: Higher concentrations of the pro-inflammatory cytokine IL-6 and the antiinflammatory cytokine IL-10 were noted in the AP group, while the AL group did not show high levels of IL-6, suggesting that the results observed are due to exposure to pollution, and not due the exercise. The SP and SL groups, on the other hand, showed higher levels of IL-2 than the trained groups. In addition, the SP group showed a higher IL-2/IL-10 ratio, a result that suggests an attempt to balance the inflammatory response The IFN-γ/IL-10 ratio showed no difference between the AP and SP groups. Despite the differences between the experimental groups, the results suggest that there is a balance in the body during exposure to atmospheric pollution, generating an adaptation to pollution. Conclusion: The groups exposed to pollution and trained by running showed a systemic inflammatory response, but we observed a balance between the production of pro- and anti-inflammatory cytokines. The blood count of the trained and sedentary groups, whether exposed to pollution or not, showed no significant difference. These findings suggest that chronic exposure to pollution may lead to a tolerance response.
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Citação
SILVA, Karina Pantaleão. Avaliação de citocinas plasmáticas e hemograma de camundongos treinados e sedentários expostos à poluição atmosférica. 2024. 70 f. Dissertação (Mestrado em Otorrinolaringologia) - Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo 2024.