Influência Da Função Da Musculatura Intrínseca Do Pé, Dos Estabilizadores Da Coluna (Core) E Do Quadril, Na Mobilidade Do Arco Longitudinal Medial, No Equilíbrio E Nas Capacidades Funcionais Em Corredores Com Fasciíte Plantar
Data
2017-03-21
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Plantar fasciitis (PF) is one of the main injuries caused by running. It is known that weakness of the plantar intrinsic musculature (IM) of the foot may be a potential cause of PF and little is known about its contribution to the medial longitudinal arch (MLA). The core stabilizing muscles of the spine and hip are associated with the alignment of upper body, hip and lower limbs during the run. Therefore the weakness of these muscles could influence the functionality of the lower limbs distal segments, leading to the development of PF. Objective: To verify the influence and association of the function of the IM, CORE, posterior side hip muscles on MLA mobility, balance and and functional capacity in runners with PF. Methodology: 56 with PF (20 acute – APF, 23 subacute – SPF, 13 chronic – CPF) and 20 runners without lesion (control group – GC) were evaluated. The function of the hip stabilizing muscles, MI, core, ALM mobility, dynamic balance and functional tests were evaluated. The groups were compared using the Mann Whitney test, correlated by the Pearson correlation coefficient and multiple correspondence analysis was used for the associations of categorical variables. The level of significance considered was p <0.05. RESULTS: Correlations obtained at APF: IM with MLA mobility (r-0,54; p 0,01) and functional capabilities (r-0,46; p 0,04); core with functional capabilities (r-0,57; p 0,00), and balance (r 0,47; p 0,03). In the group SPF: IM with MLA mobility (r-0,42; p 0,04); hip stabilizers with functional capacity (r-0,56; p 0,00) and MLA (r 0,47; p 0,02); core with MLA (r 0,46; p 0,02 e r 0,51; p 0,01) and EVA with MLA. In the CG, the Core correlated with MLA (r 0,47; p 0,04 e r 0,45; p 0,04); and the IM function correlated with functional capacity (r 0,46; p 0,03). Associations were found with the poor function of IM with the FP groups. FPA showed greater association with worse MLA mobility, CPF with worse function of the hip muscles. The core (ventral) was the same for all groups. Conclusion: The worst function of IM in FPC and influence the mobility of MLA in APF and SPF, and functional capabilities in APF and CG. Core in the CG is similar to FP groups and the worst function is APF, being that the core influences the mobility of MLA in SPF and CG, balance and functional capabilities in the FPA. Hip stabilizers worse in CPF; influence MLLA mobility and functional capacity in SPF. Pain influences the mobility of MLA in the SPF group.
Introdução: A fasciíte plantar (FP) é uma das principais lesões causadas pela corrida. Sabe-se que a fraqueza da musculatura intrínseca (MI) plantar do pé pode ser uma potencial causa da FP e pouco se sabe da sua contribuição na mobilidade do arco longidutinal medial (ALM). Os músculos estabilizadores centrais da coluna e do quadril estão relacionados com alinhamento do tronco, quadril e membros inferiores durante a corrida. Assim a fraqueza destes músculos poderia influenciar na função dos segmentos distais dos membros inferiores, levando ao desenvolvimento da FP. Objetivo: Verificar a influência da função da MI, core, músculos pósteros laterais do quadril na mobilidade do ALM, equilíbrio e na capacidade funcional em corredores com FP. Metodologia: 56 com FP (20 agudo - FPA, 23 subagudo - FPS, 13 crônico -FPC) e 20 corredores sem lesão (grupo controle - GC) foram avaliados. Avaliou-se a função das musculaturas estabilizadoras do quadril, MI, core, mobilidade do ALM, equilíbrio dinâmico e testes funcionais. Os grupos foram comparados por meio do teste de Mann Whitney, correlacionados pelo coeficiente de correlação de Spearman e foi utilizada análise de correspondência múltipla para as associações das variáveis categóricas. Foi considerado o nível de significância p<0.05. Resultados: Correlações obtidas na FPA: MI com mobilidade do ALM (r-0,54; p 0,01) e capacidades funcionais (r-0,46; p 0,04); core com capacidades funcionais (r-0,57; p 0,00), e equilíbrio (r 0,47; p 0,03). No grupo FPS: MI com mobilidade do ALM (r-0,42; p 0,04); estabilizadores quadril com a capacidade funcional (r-0,56; p 0,00) e ALM (r 0,47; p 0,02); Core com ALM (r 0,46; p 0,02 e r 0,51; p 0,01) e EVA com ALM. No GC o core correlacionou com o ALM (r 0,47; p 0,04 e r 0,45; p 0,04).) e a função da MI correlacionou com a capacidade funcional (r 0,46; p 0,03). Foram encontradas associações com a função pobre da MI com os grupos de FP. O FPA mostrou maior associação com pior mobilidade ALM, FPC com pior função das musculaturas do quadril. O core (ventral) apresentou-se igual para todos os grupos. Conclusão: Pior função da MI no FPC e influencia na mobilidade do ALM no FPA e FPS, e nas capacidades funcionais no FPA e CG. O core no GC é semelhante aos grupos de FP e a pior função é do FPA, sendo que o core influencia na mobilidade do ALM no FPS e GC, no equilíbrio e nas capacidades funcionais no FPA. Estabilizadores do quadril pior no FPC; influenciam na mobilidade do ALM e na capacidade funcional no FPS. A dor influencia na mobilidade do ALM no grupo FPS.
Introdução: A fasciíte plantar (FP) é uma das principais lesões causadas pela corrida. Sabe-se que a fraqueza da musculatura intrínseca (MI) plantar do pé pode ser uma potencial causa da FP e pouco se sabe da sua contribuição na mobilidade do arco longidutinal medial (ALM). Os músculos estabilizadores centrais da coluna e do quadril estão relacionados com alinhamento do tronco, quadril e membros inferiores durante a corrida. Assim a fraqueza destes músculos poderia influenciar na função dos segmentos distais dos membros inferiores, levando ao desenvolvimento da FP. Objetivo: Verificar a influência da função da MI, core, músculos pósteros laterais do quadril na mobilidade do ALM, equilíbrio e na capacidade funcional em corredores com FP. Metodologia: 56 com FP (20 agudo - FPA, 23 subagudo - FPS, 13 crônico -FPC) e 20 corredores sem lesão (grupo controle - GC) foram avaliados. Avaliou-se a função das musculaturas estabilizadoras do quadril, MI, core, mobilidade do ALM, equilíbrio dinâmico e testes funcionais. Os grupos foram comparados por meio do teste de Mann Whitney, correlacionados pelo coeficiente de correlação de Spearman e foi utilizada análise de correspondência múltipla para as associações das variáveis categóricas. Foi considerado o nível de significância p<0.05. Resultados: Correlações obtidas na FPA: MI com mobilidade do ALM (r-0,54; p 0,01) e capacidades funcionais (r-0,46; p 0,04); core com capacidades funcionais (r-0,57; p 0,00), e equilíbrio (r 0,47; p 0,03). No grupo FPS: MI com mobilidade do ALM (r-0,42; p 0,04); estabilizadores quadril com a capacidade funcional (r-0,56; p 0,00) e ALM (r 0,47; p 0,02); Core com ALM (r 0,46; p 0,02 e r 0,51; p 0,01) e EVA com ALM. No GC o core correlacionou com o ALM (r 0,47; p 0,04 e r 0,45; p 0,04).) e a função da MI correlacionou com a capacidade funcional (r 0,46; p 0,03). Foram encontradas associações com a função pobre da MI com os grupos de FP. O FPA mostrou maior associação com pior mobilidade ALM, FPC com pior função das musculaturas do quadril. O core (ventral) apresentou-se igual para todos os grupos. Conclusão: Pior função da MI no FPC e influencia na mobilidade do ALM no FPA e FPS, e nas capacidades funcionais no FPA e CG. O core no GC é semelhante aos grupos de FP e a pior função é do FPA, sendo que o core influencia na mobilidade do ALM no FPS e GC, no equilíbrio e nas capacidades funcionais no FPA. Estabilizadores do quadril pior no FPC; influenciam na mobilidade do ALM e na capacidade funcional no FPS. A dor influencia na mobilidade do ALM no grupo FPS.