Geração Blow-up de fotógrafos no Brasil dos anos 60/70
Data
2020-07-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This is a study of the Blow-up movie (1966), by Michelangelo Antonioni, that questions the photography objectiveness analyzing the echo of the movie in Brazil from the photography image perspective. Our proposal is to think about photographers who took the movie as a reference to produce images linked to the artistic universe and photojournalism during the Brazilian Civil-Military Dictatorship. Starting from the idea that this artwork contributed to the reflection on the photographic image as statement of the real, we studied images produced by the photographers Armando Prado and Boris Kossoy, in order to observe photographies that moves from critical images in a subtle way to images that denounce the country’s political situation. Afterwards, from the collection of the photographers Armando Prado and Miguel Aun’s testimonies, we verify the repercussion of Blow-up in their trajectories, in an attempt to identify influences on the imaginary of artist-photographers in the construction of a critical and revolutionary visual culture as thought by Walter Benjamin (1994) in his essay the author as producer.
Este é um estudo do filme Blow-up (1966), de Michelangelo Antonioni, que coloca em xeque a objetividade da fotografia por meio da investigação da ressonância do filme no Brasil de uma perspectiva da imagem fotográfica. Nossa proposta é pensar sobre fotógrafos que tomaram o filme como referência para produzir imagens ligadas ao universo artístico e no fotojornalismo no período da Ditadura Civil-Militar Brasileira. Partindo da ideia de que essa obra contribui para uma reflexão sobre a imagem fotográfica como atestado do real, estudamos imagens produzidas pelos fotógrafos Armando Prado e Boris Kossoy no intuito de observar fotografias que trafegam entre imagens críticas por um caminho sutil e imagens de denúncia a respeito da situação política do país. Posteriormente, a partir da coleta de depoimentos dos fotógrafos Armando Prado e Miguel Aun, verificamos a repercussão de Blow-up em suas trajetórias, na tentativa de identificar influências sobre o imaginário dos artistas-fotógrafos na construção de uma cultura visual crítica e revolucionária como a pensada por Walter Benjamin (1994) em seu ensaio O autor como produtor.
Este é um estudo do filme Blow-up (1966), de Michelangelo Antonioni, que coloca em xeque a objetividade da fotografia por meio da investigação da ressonância do filme no Brasil de uma perspectiva da imagem fotográfica. Nossa proposta é pensar sobre fotógrafos que tomaram o filme como referência para produzir imagens ligadas ao universo artístico e no fotojornalismo no período da Ditadura Civil-Militar Brasileira. Partindo da ideia de que essa obra contribui para uma reflexão sobre a imagem fotográfica como atestado do real, estudamos imagens produzidas pelos fotógrafos Armando Prado e Boris Kossoy no intuito de observar fotografias que trafegam entre imagens críticas por um caminho sutil e imagens de denúncia a respeito da situação política do país. Posteriormente, a partir da coleta de depoimentos dos fotógrafos Armando Prado e Miguel Aun, verificamos a repercussão de Blow-up em suas trajetórias, na tentativa de identificar influências sobre o imaginário dos artistas-fotógrafos na construção de uma cultura visual crítica e revolucionária como a pensada por Walter Benjamin (1994) em seu ensaio O autor como produtor.