Freqüência de jogo patológico entre farmacodependentes em tratamento
Data
2005-04-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To investigate the frequency of pathological gambling among alcohol and other substance abusers who sought specialized treatment. METHODS: Seventy-four outpatients from three different substance abuse treatment services were interviewed. The South Oaks Gambling Screen (SOGS) scale was used for the diagnosis of pathological gambling. The diagnosis of alcohol and other substances abuse was established according to the DSM-IV criteria and the Short Alcohol Dependence Data (SADD) scale. The Portuguese version of the Self-Report Questionnaire (SRQ) scale was used to detect psychiatric symptoms and the Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D) for depressive symptoms. Average scores obtained from the application of these scales were compared using the Student t-test. RESULTS: All subjects met the criteria for drug abuse, 61.6% met the alcohol dependence criteria, 60.3% for cocaine/crack, and 34.2% for cannabis. According to the SOGS scale, the majority of drug addicts (70.3%) were classified as social gamblers, 10.8% as problem gamblers and 18.9% as pathological gamblers. Psychiatric and depression symptoms were found in the sample. Pathological gambling patients showed more depression symptoms than non-pathological gambling patients. CONCLUSIONS: A high frequency of pathological gambling was found among the drug addicts interviewed. It is emphasized the importance of investigating pathological gambling among patients under treatment of drug abuse and to include strategies for the treatment of this disorder.
OBJETIVO: Investigar a freqüência de jogo patológico entre dependentes de álcool e/ou outras drogas que procuraram tratamento em serviço especializado. MÉTODOS: Foram entrevistados 74 pacientes de três serviços especializados em tratamento de farmacodependência. Para diagnóstico de jogo patológico foi utilizada a escala SOGS (South Oaks Gambling Screen). O diagnóstico de dependência de álcool e de outras drogas foi estabelecido a partir dos critérios do DSM-IV e da escala SADD (Short Alcohol Dependence Data). Foram aplicadas as versões brasileiras das escalas SRQ (Self Report Questionnaire) para detecção de sintomas de psiquiátricos e CES-D (Center for Epidemiological Studies Depression Scale) para sintomas depressivos. As médias da pontuação obtida nessas escalas foram comparadas pelo teste t de Student. RESULTADOS: Todos os sujeitos preencheram critério para farmacodependência, sendo que 61,6% preencheram critérios para dependência de álcool 60,3% para cocaína/crack, e 34,2% para maconha. Segundo a escala SOGS, a maioria dos farmacodependentes (70,3%) foi classificada como jogador social, 10,8% como jogador problema e 18,9% como jogador patológico. Confirmou-se a presença de sintomas psiquiátricos e depressão na amostra. Pacientes jogadores patológicos apresentaram mais sintomas depressivos que pacientes não jogadores patológicos. CONCLUSÕES: Foi encontrada alta freqüência de jogo patológico entre os farmacodependentes entrevistados. Os resultados mostram a importância da investigação de jogo patológico em pacientes farmacodependentes e inclusão de estratégias para o tratamento desse transtorno nos programas de tratamento.
OBJETIVO: Investigar a freqüência de jogo patológico entre dependentes de álcool e/ou outras drogas que procuraram tratamento em serviço especializado. MÉTODOS: Foram entrevistados 74 pacientes de três serviços especializados em tratamento de farmacodependência. Para diagnóstico de jogo patológico foi utilizada a escala SOGS (South Oaks Gambling Screen). O diagnóstico de dependência de álcool e de outras drogas foi estabelecido a partir dos critérios do DSM-IV e da escala SADD (Short Alcohol Dependence Data). Foram aplicadas as versões brasileiras das escalas SRQ (Self Report Questionnaire) para detecção de sintomas de psiquiátricos e CES-D (Center for Epidemiological Studies Depression Scale) para sintomas depressivos. As médias da pontuação obtida nessas escalas foram comparadas pelo teste t de Student. RESULTADOS: Todos os sujeitos preencheram critério para farmacodependência, sendo que 61,6% preencheram critérios para dependência de álcool 60,3% para cocaína/crack, e 34,2% para maconha. Segundo a escala SOGS, a maioria dos farmacodependentes (70,3%) foi classificada como jogador social, 10,8% como jogador problema e 18,9% como jogador patológico. Confirmou-se a presença de sintomas psiquiátricos e depressão na amostra. Pacientes jogadores patológicos apresentaram mais sintomas depressivos que pacientes não jogadores patológicos. CONCLUSÕES: Foi encontrada alta freqüência de jogo patológico entre os farmacodependentes entrevistados. Os resultados mostram a importância da investigação de jogo patológico em pacientes farmacodependentes e inclusão de estratégias para o tratamento desse transtorno nos programas de tratamento.
Descrição
Citação
CARVALHO, Simone Villas Boas de et al . Freqüência de jogo patológico entre farmacodependentes em tratamento. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 39, n. 2, p. 217-222, abr. 2005