Efeito do tratamento com L-arginina sobre a expressao de fatores pro- inflamatorios em prole de maes diabeticas

Data
2012
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Estudos clinicos e experimentais tem fornecido evidencias de que o ambiente materno pode afetar varias funcoes fisiologicas no recem-nascido, havendo assim uma correlacao entre condicoes de crescimento fetal e susceptibilidade a um numero de doencas cronicas no adulto. Estudos em humanos demonstraram que os filhos de maes diabeticas tem grande predisposicao a intolerancia a glicose, obesidade, resistencia a insulina e hipertensao arterial na idade adulta. A hiperglicemia observada em maes diabeticas e causadora do aumento da geracao de estresse oxidativo em varios tecidos. Caso ocorra uma falha no sistema antioxidante endogeno ocorre ativacao de vias de sinalizacao intracelulares sensiveis ao estresse, como a via que envolve ativacao de MAPKs que por sua vez pode promover danos celulares. A familia das MAPKs sao divididas tres grandes grupos: ERKs (Extracellular signal-regulated protein quinase), SAPK/JNK (c-Jun N-terminal kinase) e p38 MAPK (p38 mitogen-activated protein kinase). Evidencias demonstram que aminoacidos podem modular eventos que regem a expressao de genes, portanto alteram aspectos especificos da funcao celular. Alem disso, estudos vem tentando elucidar os efeitos da inGestão aguda e cronica da L-Arginina (ARG) sobre o metabolismo glicidico. De fato, estudos anteriores demonstraram que o tratamento com ARG foi capaz de reverter a resistencia insulinica e hipertensao arterial em proles de maes diabeticas.O tratamento com ARG dos nossos animais (prole de mae diabetica) iniciou-se logo apos o desmame, e perdurou por um periodo de um mes. Observamos que o tratamento com ARG evitou a perda de peso apresentado nos filhos de maes diabetica, melhorou a sensibilidade a insulina, uma vez que diminuiu a fosforilacao em residuos de serina da proteina IRS-1 no figado e no musculo e diminuiu a fosforilacao da p38MAPK nos tecidos adiposo e muscular esqueletico. De fato, e possivel que as proteinas pro-inflamatorias JNK e p38 MAPK participem do mecanismo envolvido no desenvolvimento da resistencia a insulina, observado na prole de maes diabeticas, uma vez que estas podem induzir a fosforilacao em residuos de serina dos IRSs. A ARG por sua vez teve uma participacao importante nesta via de sinalizacao. Entretanto, apesar do nosso grupo ter observado que os animais nesta fase de desenvolvimento apresentaram resistencia insulinica confirmada pelo teste de tolerancia a insulina in vivo, e possivel que o comprometimento da via de sinalizacao que envolve ativacao das MAPK nao esteja totalmente estabelecido. Possivelmente isto se deve ao fato de que muitas alteracoes decorrentes do ambiente intrauterino sejam evidentes em uma fase de desenvolvimento posterior da avaliada neste estudo
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2012. 103 p.