PPG - Farmacologia

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    Efeito citoprotetor do canabidiol contra o insulto citotóxico induzido pela cisplatina em modelo in vitro de mioblastos e miotubos C2C12 e in vivo utilizando o Caenorhabditis elegans
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-16) Santos, Michele Rosana Maia [UNIFESP]; Trindade, Claudia Bincoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6169006634951828; http://lattes.cnpq.br/4027624160960261
    A caquexia, e consequente sarcopenia secundária, são efeitos adversos graves da quimioterapia e impacta na qualidade de vida e sobrevida do paciente. Compostos platinados, especialmente a cisplatina (CDDP), são muito utilizados no tratamento de tumores sólidos e estão diretamente relacionados à sarcopenia, uma vez que levam à atrofia muscular esquelética, principalmente pela via ubiquitina-proteossoma, impedindo a regeneração muscular por interferir na miogênese das células satélites. Diversos estudos com o canabidiol (CBD), canabinóide derivado da Cannabis sativa, tem demonstrado a capacidade citoprotetora da molécula em modelos celulares in vitro e in vivo, enquanto também apresenta atividade antitumoral. Objetivo: Verificar os efeitos do CBD em mioblastos e miotubos C2C12 e Caenorhabditis elegans diante da toxicidade da CDDP. Métodos: Foram realizados ensaio de redução MTT à formazan e citometria de fluxo com marcação por 7-AAD e anexina V-FITC para avaliação da viabilidade celular e detecção de morte celular em mioblastos C2C12 e adenocarcinoma mamário humano MCF-7 tratados com CBD (1-50 μM), CDDP (12,5-200 μM) e em cotratamento por 24 horas (h); Imunofluorescência (IF) para identificação dos receptores CB1, CB2 e TRPV1 em miotubos C2C12 e quantificação de myosin heavy chain (MHC)/núcleo nos miotubos tratados com CBD (10 μM), CDDP (50 μM) e cotratamento, e agonista inverso ou antagonistas dos receptores CB1 ou TRPV1 (AM-251 ou capsazepina 10 μM, respectivamente) por 48h; Ensaio de locomoção (movimentos/20 segundos) na cepa selvagem N2 (Bristol-WT) e na knockout para o receptor do sistema endocanabinóide RB1668 (npr- 19(ok2068)) de C. elegans tratados com CBD (15 μM) por 48h e CDDP (25 μM) por 24h e cotratamento. Resultados: Nenhuma das concentrações de CBD foi citotóxicas aos mioblastos C2C12 enquanto que, a partir de 10 μM, foi tóxica à MCF- 7, reduzindo a viabilidade celular e aumentando morte celular por apoptose e apoptose tardia; o CBD 10 e 15 μM protegeu os mioblastos frente à toxicidade da CDDP, mas não alterou as respostas da linhagem tumoral MCF-7 no cotratamento; imagens de IF identificaram a presença dos receptores CB1 e TRPV1, mas não de CB2; o CBD a 10 μM protegeu parcialmente os miotubos C2C12 aumentando a relação MHC/núcleo; os receptores CB1 e TRPV1 parecem estar envolvidos nos efeitos de citoproteção do CBD; O CBD 15 μM protegeu a capacidade locomotora em C. elegans expostos à CDDP via npr-19 Conclusões: O CBD induziu citoproteção à linhagem C2C12 agredida com o quimioterápico CDDP via receptores CB1 e TRPV1 enquanto que não afetou a ação antitumoral desse fármaco, abrindo perspectiva para a utilização futura do CBD como tratamento citoprotetor antitumoral.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Efeitos neuroprotetores do canabidiol no parkinsonismo induzido pelo tratamento repetido com baixa dose de reserpina em camundongos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-09) Lima, Alvaro da Costa [UNIFESP]; Silva, Regina Helena da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0101190051087933; http://lattes.cnpq.br/6055571222036518
    A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa ligada ao envelhecimento mais comum na população. É caracterizada pela sua sintomatologia motora e não motora, como por exemplo, tremores, dificuldade em iniciar movimentos, alteração na locomoção, depressão, ansiedade, déficits cognitivos, entre outros. Como características fisiopatológicas da DP vemos a diminuição gradativa dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, além de diminuição nos níveis dopaminérgicos estriatais, bem como o aumento em parâmetros inflamatórios e indicadores de estresse oxidativo nessas regiões. Dessa forma, diversas novas terapias estão sendo desenvolvidas, principalmente com foco em ações antioxidantes e anti-inflamatórias. Uma dessas terapias é o uso da Cannabis, em especial o canabidiol (CBD), um de seus princípios ativos. O CBD não apresenta efeitos psicotrópicos, além de apresentar uma ação abrangente no organismo, agindo por meio de receptores ou por outros mecanismos. Tendo em vista o desenvolvimento lento, progressivo da DP, foi desenvolvido o modelo de administração repetida de uma dose baixa de reserpina (0,1mg/kg), que além de promover aumento progressivo nos déficits motores e não motores também causa aumento em parâmetros inflamatórios e oxidantes. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o possível efeito protetor do CBD em camundongos submetidos ao protocolo de administração aguda e repetida de reserpina, utilizando duas abordagens: (1) administração concomitante ao desenvolvimento do parkinsonismo e (2) administração prévia visando investigar ação preventiva. O efeito do CBD (em diferentes doses 0,5; 1,0 e 10 mg/kg) foi verificado através dos testes comportamentais de catalepsia, campo aberto e mastigação ao vácuo, e da imuno marcação neuronal de tirosina hidroxilase (TH), enzima limitante da síntese de dopamina. De maneira geral, foi visto que o CBD é capaz de atenuar os efeitos da reserpina nos animais, tanto nos comportamentos de catalepsia quanto na mastigação ao vácuo. O tratamento concomitante com CBD na dose de 0,5 mg/kg promoveu um retardo no surgimento dos comportamentos de catalepsia e atenuação na mastigação ao vácuo. Com o uso preventivo do CBD na dose de 0,5 mg/kg é observado um retardo maior no surgimento do comportamento cataléptico, com atenuação mais eficiente dos movimentos orais. Além disso, o CBD (0,5 mg/kg) apresenta uma prevenção da diminuição da marcação de TH na substância negra pars compacta, tanto no uso concomitante, quanto no uso preventivo. De acordo com os dados aqui apresentados, verificamos um efeito protetor do CBD, principalmente atenuando o surgimento de alterações motoras, como também as atenuando, sendo que esses efeitos foram mais expressivos no tratamento preventivo com CBD. O resultado da análise neuroquímica sugere uma proteção do CBD contra a reserpina, tanto de forma concomitante quanto preventiva.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Avaliação da possível ação anti-hipertensiva e cardioprotetora dos extratos de Coriandrum sativum e Ocimum basilicum em ratos espontaneamente hipertensos (SHR)
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-30) Biquiza, Alexandre Simão [UNIFESP]; Bergamaschi, Cássia Marta de Toledo [UNIFESP]; Campos Júnior, Ruy Ribeiro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2520398649906832; http://lattes.cnpq.br/1166526138293050; http://lattes.cnpq.br/0797313763495518
    Introdução: a hipertensão arterial (HA) se caracteriza pela manutenção da pressão arterial acima de 140/90 mmHg, respetivamente para pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD). A HA afeta mais de 30% da população adulta em todo mundo e de-safios importantes no seu controle a tornam o principal fator de risco cardiovascular. Coriandrum sativum (CS) e Ocimum basilicum (OBL) são plantas ricas em compostos antioxidantes comumente utilizadas como condimento alimentar e na medicina tradici-onal de vários países. A capacidade antioxidante destas plantas representa um poten-cial anti-hipertensivo e cardioprotetor por poder melhorar a sensibilidade barorreflexa que está prejudicada em indivíduos hipertensos. Objetivo: investigar possíveis ações anti-hipertensiva e cardioprotetora dos extratos de CS e OBL em ratos espontanea-mente hipertensos (SHR). Material e métodos: partes aéreas secas de CS e OBL fo-ram trituradas e maceradas no metanol 80% por 7 dias. Todo teor alcoólico foi removido no evaporador rotativo e o resíduo aquoso foi liofilizado para posterior diluição em água destilada. Os extratos foram sujeitos a dosagem de compostos fenólicos e análise da capacidade antioxidante pelos métodos ABTS e DPPH. De acordo com o protocolo aprovado (CEUA/Unifesp n° 3797030122), animais SHR de 11 a 16 semanas (290 – 350g) foram distribuídos em grupos e tratados com 3 doses de cada extrato por gava-gem durante 15 dias: SHR CS 100 (n=12), SHR CS 300 (n=6) e SHR CS 400 (n=6); SHR OBL 100 (n=12), SHR OBL 300 (n=6) e SHR OBL 400 (n=6). Cada um dos grupos foi comparado com seu controle (SHR) tratado com água destilada. Após o tratamento os animais foram cateterizados sub anestesia, e 24 h depois, a PAM, PAD, PAS e FC foram registradas e avaliou-se a sensibilidade barorreflexa por infusão de drogas va-soativas. Os animais foram expostos ao teste de reatividade cardiovascular ao estresse (cage switch stress, CSS) e bloqueio ganglionar com hexametônio. O Sangue arterial, rim e coração foram coletados após eutanásia e junto com a urina (antes e após trata-mento), procedeu-se avalições bioquímicas, histológicas e moleculares. Teste t-student e two-way ANOVA foram usados para verificar diferença entre os grupos, estabelecida quando p<0.05. Os resultados são apresentados em média ± desvio e padrão (DP) ou erro padrão da média (EP). Resultados: a capacidade antioxidante em µM TE/g do CS foi de 17,32 ± 1,13 (ABTS) e 6,42 ± 1,07 (DPPH), resultante de compostos antioxidan-tes totais de 3,25 ± 0,29 g/g. O extrato de OBL apresentou 168,62 ± 43,84 (ABTS), 30,55 ± 2,79 (DPPH) e 32,67 ± 1,42 g/g de fenólicos totais. Partindo de valores basais simila-res, no final do tratamento, SHR CS 300 e SHR CS 400 apresentaram valores signifi-cativamente reduzidos de parâmetros cardiovasculares face aos SHR: PAM 125 ± 8 mmHg vs. 139 ± 6 mmHg e FC 340 ± 15 bpm vs 357 ± 8 bpm. Quanto a sensibilidade ba-rorreflexa, foi observada melhor resposta bradicárdica no SHR CS 300 ( 1.53 ± 0.91 bpm/mmHg vs -0.88 ± 0.54 bpm/mmHg), SHR OBL 300 ( 1.83 ± 0.71 bpm/mmHg vs -0.98 ± 0.64 bpm/mmHg) e SHR OBL 400 ( 2.13 ± 0.91 bpm/mmHg vs -1.48 ± 0.84 bpm/mmHg). O SHR CS 300 apresentou menor reatividade cardiovascular ao estresse nos minutos 20, 27 e 28 do teste CSS. Valores de proteinúria foram significativamente reduzidos no SHR CS 300 (22 ± 8 mg/24h vs 38 ± 7 mg/24h) e SHR CS 400 (24 ± 6 mg/24h vs 42 ± 5 mg/24h). Conclusão: o CS foi capaz de reduzir a PA e FC, melhorar sensibilidade barorreflexa e reduzir a proteinúria no SHR. O OBL melhora a sensibili-dade barorreflexa independente da redução da PA e FC. Ambos extratos conferem redução do risco cardiovascular. Estudos adicionais são necessários para aprofundar os mecanismos de ação.
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    Avaliação da comunicação cérebro-rim-baço na fisiopatologia da hipertensão arterial renovascular: investigação da influência da inervação renal e esplênica sobre a sensibilidade barorreflexa e neuroinflamação
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-12) Martins, Gustavo dos Reis [UNIFESP]; Bergamaschi, Cassia Marta de Toledo [UNIFESP]; Campos Junior, Ruy Ribeiro de [UNIFESP]; lattes.cnpq.br/2520398649906832; lattes.cnpq.br/1166526138293050; lattes.cnpq.br/3420592081782131
    Objetivo: Embora compreenda-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS) como uma afecção multifatorial, adotando-se múltiplas estratégias terapêuticas no seu tratamento, a relativa alta prevalência de hipertensão resistente sugere a existência de mecanismos ainda não explorados responsáveis pela manutenção da HAS. Estudos apontam para um papel crescente da inervação esplênica e da ativação neuroimune na gênese de diversos modelos de HAS. A corrente tese propõe investigar a influência da denervação renal e esplênica sobre parâmetros cardiovasculares e autonômicos, sobre a neuroinflamação, e sobre o desenvolvimento da hipertensão arterial renovascular. Métodos: Ratos Wistar foram submetidos à denervação renal ou esplênica, seguido por cirurgia para suboclusão da artéria renal esquerda. Após seis semanas, registraram-se parâmetros cardiovasculares e autonômicos basais, e a sensibilidade barorreflexa. Realizou-se, também, uma segunda série independente de experimentos, na qual os ratos foram eutanasiados após as 6 semanas de observação para coleta de sangue e órgãos (baço, rim e encéfalo). Foram realizadas análises histológicas do parênquima esplênico e de núcleos autonômicos centrais (RVLM e PVN), bem como se avaliou o perfil de citocinas em amostras de plasma, baço, rim e encéfalo. Resultados: Animais hipertensos (2R1C) apresentaram elevação dos níveis pressóricos e do drive simpático basal, associado a um déficit na sensibilidade barorreflexa. Animais hipertensos submetidos à denervação renal (2R1C+DNr) ou esplênica (2R1C+DNe) apresentaram melhora nos parâmetros cardiovasculares e a normalização da disfunção autonômica. Ademais, verificou-se, no grupo 2R1C, indicadores de inflamação periférica – hipertrofia de polpa branca esplênica e mobilização plasmática de linfócitos e monócitos – e de neuroinflamação – aumento na população de micróglia na RVLM. Esses parâmetros apresentaram-se reduzidos nos grupos 2R1C+DNr e 2R1C+DNe. Conclusão: A HAS renovascular é uma afecção caracterizada tanto por inflamação sistêmica quanto por neuroinflamação, repercutindo em alterações nos parâmetros cardiovasculares e autonômicos. Os dados aqui descritos apontam para um relevante papel da inervação simpática esplênica na gênese da HAS renovascular.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Impacto dos piretroides fenpropatrina e cipermetrina na atividade do canal NaV1.5 de humano e o potencial terapêutico da mexiletina e ranolazina
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-05) Alcântara, Fabiana da Silva [UNIFESP]; Campos, Danilo Roman [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8233000987750211; http://lattes.cnpq.br/4869523451913673
    Introdução: Os piretroides são amplamente utilizados como inseticidas, principalmente em setores agrícolas. No Brasil, a fenpropatrina e a cipermetrina estão entre os piretroides mais comercializados. O mecanismo de ação dessas subtâncias ocorre por meio do seu efeito nos canais de sódio dependentes de voltagem (NaV), alterando a transição do estado aberto para o estado inativo, o que resulta em um aumento da corrente de sódio persistente ou tardia (INa,T). Apesar de ser um mecanismo clássico para os piretroides, não foram encontrados estudos específicos sobre o impacto da fenpropatrina e da cipermetrina sobre a atividade do NaV cardíaco, o Nav1.5h, nem sobre possíveis fármacos capazes de atenuar essas alterações. Objetivos: Investigar os efeitos da fenpropatrina e cipermetrina sobre a atividade do Nav1.5h e avaliar o potencial da mexiletina e ranolazina em atenuar esses efeitos. Métodos: Os canais NaV1.5h foram transitoriamente expressos em células embrionárias de rim humano, linhagem 293 (HEK293). A mensuração da corrente de Na+ (INa) foi realizada por meio da configuração célula inteira usando a técnica de Patch-Clamp, na modalidade voltage-clamp. Resultados: Foram realizadas curvas concentração-efeito dos piretroides (0,01-100 µM), na qual a fenpropatrina e cipermetrina induziram um aumento da INa,T de maneira dependente da concentração, com EC50 estimados de 0,4 ± 0,1 µM e 0,9 ± 0,2 µM, respectivamente. O aumento da INa,T também foi evidente em diferentes potenciais de membrana após exposição aos piretroides. Similarmente, os piretroides afetaram a dependência de voltagem para ativação do Nav1.5h, promovendo um deslocamento da curva de ativação para potenciais de membrana mais negativos. Também causaram um retardo na recuperação da inativação. Apenas a cipermetrina alterou a dependência de voltagem para inativação no estado estacionário, com deslocamento da curva de inativação para potenciais de membrana mais negativos. A mexiletina foi capaz de atenuar a alteração induzida por ambos os pesticidas, por outro lado, a ranolazina reduziu significativamente apenas INa,T gerada pela fenpropatrina. Conclusões: Os piretroides fenpropatrina e cipermetrina induzem alterações na INa e nas propriedades biofísicas de canais NaV1.5h, dos quais podem ser mitigados pela mexiletina ou ranolazina, a depender do piretroide.