Uso de imunomodulador tópico e papel do polimorfismo de defensinas DEFA1 e DEFB1 no tratamento de lesões intraepiteliais de vulva

Data
2013-09-25
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Purposes: Evaluate the efficacy of topical use of imiquimod 5% in the treatment of vulvar lesions type condyloma acuminated and VIN I, in comparison to expectant management. Analyze the levels of residual or recurrent lesions after the treatments mentioned above. Evaluate the efficacy of topical use of imiquimod 5% in the treatment of vulvar lesions type VIN II and VIN III, compared to the CO2 laser vaporization. Similarly, to analyze the levels of residual or recurrent lesions after treatments with topical imiquimod 5% CO2 laser vaporization. Relate the participation of polymorphisms of defensins HD1 and hBD-1 with the severity of vulvar lesions HPV-induced and the treatment responses of these lesions. Methods: Were selected 80 women with vulvar HPV-induced lesions, subdivided as histologic grade, and 51 with vulvar lesions type condyloma acuminata and VIN I in Group 1 and 29 patients with vulvar lesions type VIN II and VIN III in Group 2. In the first group the patients were subjected to a treatment with topical imiquimod 5% or expectant management, and the second group undergoing to a treatment with topical imiquimod 5% or CO2 laser vaporization. All patients answered a anamnestic questionnaire and underwent collection vulvar smears, colposcopy of the vulva and biopsy of the lesions found. The vulvar smears were submitted to the detection tests and genotyping of HPV and evaluation of polymorphisms of defensins HD1 and hBD-1. Patients were followed during treatment and after its completion followed for evaluation of residual and recurrent lesions. Results: There were statistically significant difference between the clinical response of patients in group 1 subjected to the use of topical imiquimod 5% when compared to expectant management. Residual or recurrent lesions in Group 1 were more frequent in patients who underwent to expectant management (p=0,01). In Group 2, our findings were similar in patients undergoing to a treatment with topical 5% imiquimod or CO2 laser vaporization. Our results for the presence of residual or recurrent lesions in Group 2 were similar among treatments performed, but the patients treated with topical imiquimod 5% showed recurrent lesions less severe when compared to patients who underwent to laser vaporization of CO2.There was no involvement of polymorphism of defensins HD1 and hBD-1 in severity of vulvar HPV-induced lesions. Likewise, there was no participation of polymorphism HD1 and hBD-1 in the best clinical responses. Conclusions: From these results we concluded that topical imiquimod 5% showed good results in the treatment of vulvar HPV-induced lesions, however in the vulvar lesions type VIN II / III its efficacy was similar to the CO2 laser vaporization. In Group 1, the cases referred to the use of topical imiquimod 5% had less residual or recurrent lesions, now in Group 2 it was not checked. The polymorphism of defensins HD1 and hBD-1 was not related to the severity of vulvar HPV-induced lesions, was also not associated with better clinical responses.
Objetivos: Avaliar a eficácia do uso de imiquimode tópico a 5% no tratamento das lesões vulvares tipo condiloma acuminado e NIV I, em comparação à conduta expectante. Analisar os índices de lesões residuais ou recidivadas após os tratamentos citados acima. Avaliar a eficácia do uso de imiquimode tópico a 5% no tratamento das lesões vulvares tipo NIV II e NIV III, em comparação à vaporização a laser de CO2. De forma semelhante, analisar os índices de lesões residuais ou recidivadas após os tratamentos imiquimode tópico a 5% e vaporização a laser de CO2. Relacionar a participação dos polimorfismos das defensinas DEFA1 e DEFB1 com a gravidade das lesões vulvares HPV-induzidas e as respostas ao tratamento dessas lesões. Métodos: Foram selecionadas 80 mulheres portadoras de lesão vulvar HPV-induzida, subdivididas quanto ao grau histológico, sendo 51 com lesões vulvares tipo condiloma acuminado e NIV I no Grupo 1 e 29 pacientes com lesões vulvares tipo NIV II e NIV III no Grupo 2. No primeiro Grupo as pacientes foram submetidas a tratamento com imiquimode tópico a 5% ou a conduta expectante e, no segundo Grupo, submetidas a tratamento com imiquimode tópico a 5% ou a vaporização a laser de CO2. Todas responderam questionário anamnéstico e foram submetidas a coleta de esfregaço da vulva, vulvoscopia e biópsia das lesões encontradas. Os esfregaços foram submetidos aos testes para detecção e genotipagem de HPV e avaliação de polimorfismos de defensinas DEFA1 e DEFB1. As pacientes foram acompanhadas durante o tratamento e seguidas após seu término, para avaliação de lesões residuais e recidivadas. Resultados: Houve diferença estatisticamente significante entre a resposta clínica das pacientes do Grupo 1 submetidas ao uso de imiquimode tópico a 5% quando comparadas à conduta expectante. As lesões residuais ou recidivadas no Grupo 1 foram mais frequentes nos casos submetidos a conduta expectante. Já no Grupo 2, nossos achados foram semelhantes nas pacientes submetidas a tratamento com imiquimode tópico a 5% ou vaporização a laser de CO2. Nossos resultados quanto à presença de lesões residuais ou recidivadas foram semelhantes entre os tratamentos realizados no Grupo 2, porém as pacientes tratadas com imiquimode tópico a 5% apresentaram lesões recidivadas de menor gravidade quando comparadas às pacientes submetidas à vaporização a laser de CO2. Não houve participação do polimorfismo das defensinas DEFA1 e DEFB1 na gravidade das lesões vulvares HPV-induzidas. Da mesma forma, não houve participação do polimorfismo das DEFA1 e DEFB1 nas melhores respostas clínicas. Conclusões: A partir dos resultados, concluímos que imiquimode tópico a 5% apresentou bons resultados no tratamento de lesões vulvares HPV induzidas, porém nas lesões vulvares tipo NIV II/III sua eficácia foi semelhante à vaporização laser de CO2. No Grupo 1, os casos submetidas ao uso de imiquimode tópico a 5% apresentaram menos lesões residuais ou recidivadas, já no Grupo 2 o mesmo não foi verificado. O polimorfismo das defensinas DEFA1 e DEFB1 não foi relacionado com a gravidade das lesões vulvares HPV-induzidas, também não foi associado com melhores respostas clinicas.
Descrição
Citação
RAMA, Ana Luisa de Figueiredo e Silva. Uso de imunomodulador tópico e papel do polimorfismo de defensinas DEFA1 e DEFB1 no tratamento de lesões intraepiteliais de vulva. 2013. 105 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.
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