Efeitos comparativos de diferentes protocolos de treinamento físico na massa muscular esquelética de ratos diabéticos: natação e esteira rolante
Data
2015-03-13
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Diabetes mellitus (DM) is a metabolic syndrome which may affect many organs and systems. Regular physical exercise is associated with attenuation of diabetes complications in people with type 1 DM (DM1). Physical training (PT) has long been the subject of scientific research in the treatment of diabetes . However, there are still few studies comparing the different training protocols available to people with diabetes. The aim of this study was to compare the effects on the skeletal muscle of diabetic rats of aerobic TF performed with the aerobic swimming to TF effects performed on a treadmill. Thus, 42 male Wistar rats were randomized into 4 groups diabetic control (DS), non-diabetic (CS) diabetic trained on the treadmill (DE) and diabetic trained on swimming (DN) . To induce type 1 diabetes, animals received 70 mg / kg of intravenous streptozotocin. The trained groups performed 8 weeks of TF in their respective ergometers at maximum lactate steady state intensity (MLSS). We evaluated the following data: exercise tolerance, MLSS, glycemic control and body weight, water and food intake, excretion of urine and feces, soleus and EDL muscles wet weight, muscle glycogen and the cross-sectional area of soleus and EDL muscles. Data were analyzed using one or two-way repeated way ANOVA with Bonferroni pos hoc comparisons. We found that the glycemic profile in DN group showed the smallest variation between the means throughout the experiment. Only in the last week the DE group increased average compared to DN and CS groups. Regarding body mass variation both TF protocols offered no significant differences. In relation to food and water intake, DS, DN and DE groups showed higher consumption compared to CS group. The trained groupsDN (137.16 ± 16.85) and DE (125.33 ± 21.51) showed a significant increase in water consumption during post-exercise period when compared to DS group (14.10 ± 11 16). Excretion of feces and urine were higher in DN (28.74 ± 4.98; 149.54 ± 31.02) and DE (40.85 ± 14.76; 136.44 ± 31.09) groups when compared to CS (7.45 ± 3.45; 21.9 ± 9.60) and DS (17.67 ± 4.69; 56.45 ± 19.57) groups. At maximal exercise test DE group (27.96 ± 4.53) was larger than DN (23.37 ± 5.46) although both showed higher exercise tolerance in the post-exercise period when compared to the DS group (16.05 ± 3.73). In MLSS, DE group only showed a significant increase when comparing post- versus pre-exercise. There was no statistical difference between TF protocols studied regarding wet weight of soleus and EDL. Regarding cross-sectional area of muscle fibers, only the ED group (3184.49 ± 1018.31; 1898.07 ± 481.54) showed higher cross-sectional area for both soleus and EDL muscles when compared to all CS groups (1039.35 ± 168.98; 819.65 ± 130.15), DS (689.62 ± 54.82; 504.19 ± 174.49) and DN (1110.99 ± 221.27; 702.56 ± 149.19). However, analysis of muscle glycogen in EDL showed that DN and DE groups (1277.0 ± 365.55; 1001.2 ± 288.25) had higher concentrations compared to CS and DS (647.9 ± 150.72; 20.9 ± 83.86), DN being greater than DE. For muscle glycogen of soleus muscle, there was statistical diference (p?0.05) between all groups, being DN and DE groups (813.5 ± 350.65; 696.4 ± 148.05) higher than DS (257.2 ± 95.78).Only DN was higher than CS (452.2 ± 178.94) For soleus muscle, we found a statistical difference between all groups (p = 0.05) Thus, our data suggests that both aerobic TF protocols in animals with DM1offered benefits in aspects such as reduced variation of blood glucose levels, improved resistance to physical exertion, increased cross-sectional area, increase in muscle glycogen concentration and an improvement in MLSS when compared to control animals. Regarding the variables glycemic profile, maximal exercise test, cross-sectional area and MLSS was possible to visualize difference between DN and DE groups. The glycemic profile of DN group showed a small variation between the measurements concerning the trial period although no statistical difference was found. At maximal exercise test DE group animals showed better performance and higher cross-sectional area when compared to DN group. MLSS in the DE group showed improvement in the first half of TF protocol, which can suggest that training on the treadmill was more effective.
O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica que afeta vários órgãos e sistemas. A prática de exercício físico regular está associada a atenuação das complicações do diabetes em pessoas com DM tipo 1 (DM1). Há muito tempo, o treinamento físico (TF) tem sido alvo de investigações científicas no tratamento do DM, porém, ainda são escassas pesquisas que comparem os diferentes protocolos de treinamento nos diabéticos. Como objetivo geral a proposta do presente estudo foi comparar os efeitos do TF aeróbico realizado com natação aos efeitos do TF aeróbico realizado em esteira rolante, na massa muscular esquelética de ratos diabéticos. Foram utilizados 42 ratos Wistar machos, randomizados em 4 grupos, grupos controles diabéticos (DS) e não diabéticos (CS), e grupos diabéticos treinados na esteira (DE) ou na natação (DN). Para induzir o DM1, os animais receberam 70mg/kg de estrepzotocina via endovenosa. Os grupos treinados realizaram 8 semanas de TF, em seus respectivos ergômetros, em intensidade equivalente a máxima fase estável do lactato (MFEL). Foram avaliados tolerância a realização de esforço, MFEL, perfil glicêmico e massa corporal, ingestão de água e ração, excreção de urina e fezes, peso úmido dos músculos sóleo e EDL, glicogênio muscular e área de secção transversa dos músculos sóleo e EDL. Os dados foram analisados por meio da ANOVA de uma ou duas vias com medidas repetidas, com post hoc Bonferroni. Como resultado foi constatado que o perfil glicêmico do DN apresentou a menor variação entre as médias no decorrer do experimento. Apenas na última semana o grupo DE aumentou a média em relação aos grupos DN e CS. Quanto a variação da massa corporal podemos afirmar que ambos os protocolos de TF não ofereceram variações significantes. Com relação ao consumo de ração e água, DS, DN e DE apresentaram maiores consumos quando comparados ao grupo CS. Os grupos treinados, DN (137,16 ± 16,85) e DE (125,33 ± 21,51), apresentaram aumento significativo no consumo, pós período experimental, de água quando comparados com o grupo DS (14,10 ± 11,16). A excreção de fezes e urina foram maiores nos grupos DN (28,74 ± 4,98; 149,54 ± 31,02) e DE (40,85 ± 14,76; 136,44 ± 31,09) quando comparadas aos grupos CS (7,45 ± 3,45; 21,9 ± 9,60) e DS (17,67 ± 4,69; 56,45 ± 19,57). No teste de esforço máximo os grupos DE (27,96 ± 4,53) se mostrou maior que DN (23,37 ± 5,46) e ambos apresentaram maior tolerância a realização de esforço físico no momento pós quando comparado ao grupo DS (16,05 ± 3,73). Na MFEL, apenas DE apresentou um aumento significativo no momento pós versus pré. Quanto ao peso úmido dos músculos sóleo e EDL os protocolos de TF não ofereceram diferença estatística. Na quantificação da área de secção transversa das fibras musculares do sóleo e EDL, apenas o grupo DE (3184,49 ± 1018,31; 1898,07 ± 481,54) apresentou maior área nas fibras de ambos os músculos quando comparado aos grupos CS (1039,35 ± 168,98; 819,65 ± 130,15), DS (689,62 ± 54,82; 504,19 ± 174,49) e DN (1110,99 ± 221,27; 702,56 ± 149,19). Porém, na análise do glicogênio muscular no músculo EDL os grupos DN e DE (1277,0 ± 365,55; 1001,2 ± 288,25) apresentaram maiores concentrações em relação ao CS e DS (647,9 ± 150,72; 20,9 ± 83,86), sendo DN maior que DE; no músculo sóleo os grupos DN e DE (813,5 ± 350,65; 696,4 ± 148,05) foram maiores que DS (257,2 ± 95,78), e apenas DN foi maior que CS (452,2 ± 178,94), sendo todas essas diferenças estatisticamente significantes (p?0,05). Ambos os protocolos de TF aeróbico em animais com DM1, ofereceram benefícios nos aspectos, como diminuição da variação dos níveis glicêmicos, melhora na resistência ao esforço físico, aumento da área de secção transversa, aumento na concentração de glicogênio muscular, e melhora na MFEL quando comparados aos animais controles. Nas variáveis como perfil glicêmico, teste de esforço máximo, área de secção transversa, MFEL foi possível visualizar diferença entre os grupo DN e DE. No perfil glicêmico o DN apresentou menores variações entre as medidas referentes as semanas do período experimental apesar de não ter apresentado diferença estatística. No teste de esforço máximo os animais do grupo DE apresentaram melhor desempenho em relação ao DN, idem na variável da área de secção transversa. Na MFEL o grupo DE apresentou melhoria logo na metade da aplicação do protocolo de TF, o que podemos considerar que, nesse aspecto, o treinamento na esteira foi mais eficaz.
O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome metabólica que afeta vários órgãos e sistemas. A prática de exercício físico regular está associada a atenuação das complicações do diabetes em pessoas com DM tipo 1 (DM1). Há muito tempo, o treinamento físico (TF) tem sido alvo de investigações científicas no tratamento do DM, porém, ainda são escassas pesquisas que comparem os diferentes protocolos de treinamento nos diabéticos. Como objetivo geral a proposta do presente estudo foi comparar os efeitos do TF aeróbico realizado com natação aos efeitos do TF aeróbico realizado em esteira rolante, na massa muscular esquelética de ratos diabéticos. Foram utilizados 42 ratos Wistar machos, randomizados em 4 grupos, grupos controles diabéticos (DS) e não diabéticos (CS), e grupos diabéticos treinados na esteira (DE) ou na natação (DN). Para induzir o DM1, os animais receberam 70mg/kg de estrepzotocina via endovenosa. Os grupos treinados realizaram 8 semanas de TF, em seus respectivos ergômetros, em intensidade equivalente a máxima fase estável do lactato (MFEL). Foram avaliados tolerância a realização de esforço, MFEL, perfil glicêmico e massa corporal, ingestão de água e ração, excreção de urina e fezes, peso úmido dos músculos sóleo e EDL, glicogênio muscular e área de secção transversa dos músculos sóleo e EDL. Os dados foram analisados por meio da ANOVA de uma ou duas vias com medidas repetidas, com post hoc Bonferroni. Como resultado foi constatado que o perfil glicêmico do DN apresentou a menor variação entre as médias no decorrer do experimento. Apenas na última semana o grupo DE aumentou a média em relação aos grupos DN e CS. Quanto a variação da massa corporal podemos afirmar que ambos os protocolos de TF não ofereceram variações significantes. Com relação ao consumo de ração e água, DS, DN e DE apresentaram maiores consumos quando comparados ao grupo CS. Os grupos treinados, DN (137,16 ± 16,85) e DE (125,33 ± 21,51), apresentaram aumento significativo no consumo, pós período experimental, de água quando comparados com o grupo DS (14,10 ± 11,16). A excreção de fezes e urina foram maiores nos grupos DN (28,74 ± 4,98; 149,54 ± 31,02) e DE (40,85 ± 14,76; 136,44 ± 31,09) quando comparadas aos grupos CS (7,45 ± 3,45; 21,9 ± 9,60) e DS (17,67 ± 4,69; 56,45 ± 19,57). No teste de esforço máximo os grupos DE (27,96 ± 4,53) se mostrou maior que DN (23,37 ± 5,46) e ambos apresentaram maior tolerância a realização de esforço físico no momento pós quando comparado ao grupo DS (16,05 ± 3,73). Na MFEL, apenas DE apresentou um aumento significativo no momento pós versus pré. Quanto ao peso úmido dos músculos sóleo e EDL os protocolos de TF não ofereceram diferença estatística. Na quantificação da área de secção transversa das fibras musculares do sóleo e EDL, apenas o grupo DE (3184,49 ± 1018,31; 1898,07 ± 481,54) apresentou maior área nas fibras de ambos os músculos quando comparado aos grupos CS (1039,35 ± 168,98; 819,65 ± 130,15), DS (689,62 ± 54,82; 504,19 ± 174,49) e DN (1110,99 ± 221,27; 702,56 ± 149,19). Porém, na análise do glicogênio muscular no músculo EDL os grupos DN e DE (1277,0 ± 365,55; 1001,2 ± 288,25) apresentaram maiores concentrações em relação ao CS e DS (647,9 ± 150,72; 20,9 ± 83,86), sendo DN maior que DE; no músculo sóleo os grupos DN e DE (813,5 ± 350,65; 696,4 ± 148,05) foram maiores que DS (257,2 ± 95,78), e apenas DN foi maior que CS (452,2 ± 178,94), sendo todas essas diferenças estatisticamente significantes (p?0,05). Ambos os protocolos de TF aeróbico em animais com DM1, ofereceram benefícios nos aspectos, como diminuição da variação dos níveis glicêmicos, melhora na resistência ao esforço físico, aumento da área de secção transversa, aumento na concentração de glicogênio muscular, e melhora na MFEL quando comparados aos animais controles. Nas variáveis como perfil glicêmico, teste de esforço máximo, área de secção transversa, MFEL foi possível visualizar diferença entre os grupo DN e DE. No perfil glicêmico o DN apresentou menores variações entre as medidas referentes as semanas do período experimental apesar de não ter apresentado diferença estatística. No teste de esforço máximo os animais do grupo DE apresentaram melhor desempenho em relação ao DN, idem na variável da área de secção transversa. Na MFEL o grupo DE apresentou melhoria logo na metade da aplicação do protocolo de TF, o que podemos considerar que, nesse aspecto, o treinamento na esteira foi mais eficaz.
Descrição
Citação
MOURA, Elizabeth de Orleans Carvalho de. Efeitos comparativos de diferentes protocolos de treinamento físico na massa muscular esquelética de ratos diabéticos: natação e esteira rolante. 2015. 77 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2015.