Islã e fundamentalismo islâmico na revista Veja (2000-2001)
Data
2013
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
This study analyzed the representations of Islam and Islamic fundamentalism constructed by Veja, the largest news magazine in circulation in the country, on two occasions: March 2000, when Islam appeared as the cover of the magazine after the victory of the moderates in the Iranian parliament and September-October 2001, when the attack suffered by the United States and the beginning of the "War on Terror" rendered to the Islamic world its greatest visibility in the international press since the Iranian Revolution in 1979. The central issues that guided the research were three: if these representations could be described as "orientalistic", according to the definition given by Edward W. Said; if they diverged significantly from the representations produced in the rest of the Western world; and if September 11th meant a break with the immediately preceding moment on the social imaginary plane. It was found that what had been spread in Brazil - not only in Veja magazine, but in the national press as a whole -, belongs to the same system of representations influenced by the post-World War II American Orientalism, in which the attacks did not act to modify these images, but to strengthen them. For the magazine, this marked a slight change of attitude towards the Islamic world and the phenomenon of fundamentalism, without, however, modifying the representations in their essence.
O trabalho analisou as representações construídas em torno do Islã e do fundamentalismo islâmico por Veja , a maior revista noticiosa em circulação no país, em dois momentos: março de 2000, quando o Islã apareceu como capa da revista após a vitória dos moderados no parlamento iraniano, e setembro outubro de 2001, quando o ataque sofrido pelos Estados Unidos e o início da “Guerra ao Terror” deram ao mundo islâmico a maior visibilidade no noticiário internacional desde a Revolução Iraniana em 1979. Os problemas centrais que nortearam a pesquisa foram três: se essas representações podiam ser descritas como “orientalistas”, de acordo com a definição dada por Edward W. Said; se divergiam de maneira significativa das representações produzidas no restante do mundo ocidental; e se o 11 de setembro significou uma ruptura com o momento imediatamente anterior no plano do imaginário social. Verificou se que o que fora veiculado no Brasil não apenas na revista Veja, mas em toda a imprensa nacional --, pertence ao mesmo sistema de representações influenciado pelo orientalismo norte americano do pós Segunda Guerra Mundial, dentro do qual os atentados não ag iram no sentido de modificar essas imagens, mas de reforçá las. Para a revista, isso marcou uma ligeira mudança de atitude em relação ao mundo islâmico e ao fenômeno do fundamentalismo, sem, no entanto, modificar as representações em sua essência.
O trabalho analisou as representações construídas em torno do Islã e do fundamentalismo islâmico por Veja , a maior revista noticiosa em circulação no país, em dois momentos: março de 2000, quando o Islã apareceu como capa da revista após a vitória dos moderados no parlamento iraniano, e setembro outubro de 2001, quando o ataque sofrido pelos Estados Unidos e o início da “Guerra ao Terror” deram ao mundo islâmico a maior visibilidade no noticiário internacional desde a Revolução Iraniana em 1979. Os problemas centrais que nortearam a pesquisa foram três: se essas representações podiam ser descritas como “orientalistas”, de acordo com a definição dada por Edward W. Said; se divergiam de maneira significativa das representações produzidas no restante do mundo ocidental; e se o 11 de setembro significou uma ruptura com o momento imediatamente anterior no plano do imaginário social. Verificou se que o que fora veiculado no Brasil não apenas na revista Veja, mas em toda a imprensa nacional --, pertence ao mesmo sistema de representações influenciado pelo orientalismo norte americano do pós Segunda Guerra Mundial, dentro do qual os atentados não ag iram no sentido de modificar essas imagens, mas de reforçá las. Para a revista, isso marcou uma ligeira mudança de atitude em relação ao mundo islâmico e ao fenômeno do fundamentalismo, sem, no entanto, modificar as representações em sua essência.
Descrição
Citação
PINTO, Felipe Ramos de Carvalho. Islã e fundamentalismo islâmico na revista Veja (2000-2001). Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado e Licenciatura em História) – Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2013.