Estudo dos distúrbios do sono em pacientes com distonia focal: blefaroespasmo
Data
2020-07-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: We evaluated the quality of sleep and circadian rhythm in a sample of Brazilian blepharospasm patients. Methods: A total of 51 patients, who met the clinical criteria for blepharospasm, evaluated by two specialists in movement disorders, were recruited from the outpatient clinic for movement disorders of two reference centers in the city of São Paulo: Federal University of São Paulo and São Paulo Public Servants Hospital. The selected 13 patients were evaluated from 13 days before to 13 days after the use of botulinum toxin. They were interviewed, underwent physical examination and actigraphy, and completed sleep diaries. Results: Seven patients (58.8%) were at risk for developing obstructive sleep apnea syndrome (OSAS). The quality of sleep was poor for eight patients (61.5%) and showed a strong positive correlation coefficient with insomnia. After the use of botulinum toxin, the group that reported sleep improvement exhibited a 50% decrease in sleep latency. There was no change in the circadian rhythm. Patients who reported no sleep improvement after the use of botulinum toxin presented with poorer synchronization of the light-dark cycle. Conclusion: Blepharospasm patients present with poor sleep quality, displaying a strongly positive correlation with the insomnia severity index. About 50% of the patients presented with sleep improvement after using botulinum toxin. The synchronization of the light-dark cycle may influence this improvement.
Objetivo: avaliar a frequência de alterações do sono e o ritmo circadiano em uma amostra de pacientes brasileiros com blefaroespasmo. Métodos: 51 pacientes que estavam de acordo com os critérios clínicos de blefaroespasmo, avaliados por dois especialistas em transtornos do movimento, foram recrutados do ambulatório de Transtornos do Movimento de dois centros de referência no município de São Paulo: Universidade Federal de São Paulo e Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Os 13 pacientes eleitos para o estudo foram avaliados desde 13 dias antes até 13 dias após a aplicação da toxina botulínica, e submetidos a entrevista, exame físico, preenchimento dos diários de sono e uso do actígrafo. Resultados: Sete pacientes (53,8%) expressavam risco para SAOS. A qualidade de sono foi ruim em 8 pacientes (61,5%) e apresentou forte coeficiente positivo de correlação com a insônia. Após a aplicação de toxina botulínica, o grupo que relatou melhora do sono apresentou latência para o sono cerca de 50 % menor. Não houve alteração do ritmo circadiano. Os pacientes que não referiram melhora do sono após a aplicação de toxina botulínica, apresentaram pior sincronização com o ciclo claro-escuro. Conclusão: Os pacientes com blefaroespasmo apresentam qualidade do sono ruim, com forte correlação com o índice de gravidade de insônia. Cerca de 50% dos pacientes apresentaram melhora do sono após a aplicação de toxina botulínica. A sincronização do paciente com o ciclo claro-escuro pode influenciar esta melhora.
Objetivo: avaliar a frequência de alterações do sono e o ritmo circadiano em uma amostra de pacientes brasileiros com blefaroespasmo. Métodos: 51 pacientes que estavam de acordo com os critérios clínicos de blefaroespasmo, avaliados por dois especialistas em transtornos do movimento, foram recrutados do ambulatório de Transtornos do Movimento de dois centros de referência no município de São Paulo: Universidade Federal de São Paulo e Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Os 13 pacientes eleitos para o estudo foram avaliados desde 13 dias antes até 13 dias após a aplicação da toxina botulínica, e submetidos a entrevista, exame físico, preenchimento dos diários de sono e uso do actígrafo. Resultados: Sete pacientes (53,8%) expressavam risco para SAOS. A qualidade de sono foi ruim em 8 pacientes (61,5%) e apresentou forte coeficiente positivo de correlação com a insônia. Após a aplicação de toxina botulínica, o grupo que relatou melhora do sono apresentou latência para o sono cerca de 50 % menor. Não houve alteração do ritmo circadiano. Os pacientes que não referiram melhora do sono após a aplicação de toxina botulínica, apresentaram pior sincronização com o ciclo claro-escuro. Conclusão: Os pacientes com blefaroespasmo apresentam qualidade do sono ruim, com forte correlação com o índice de gravidade de insônia. Cerca de 50% dos pacientes apresentaram melhora do sono após a aplicação de toxina botulínica. A sincronização do paciente com o ciclo claro-escuro pode influenciar esta melhora.
Descrição
Citação
LESTINGI, Silvia. Avaliação dos distúrbios do sono em pacientes com distonia focal: blefaroespasmo.2019. 61f. Dissertação (Mestrado em Neurologia e Neurociências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.