Neuroimagem com utilização com sequência de tensor de difusão para avaliação da via piramidal em pacientes com ataxia espinocerebelar tipo 3

Data
2020-10-29
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: Evaluate the pyramidal tract of patients with spinocerebellar ataxia type 3 and correlate with the scale for the assessment and rating of ataxia (SARA). Methods: This study used diffusion tensor imaging to access the pyramidal tract of 120 spinocerebellar ataxia type 3 patients from 2 different health centers: 29 patients from Ataxia outpatient clinic at UNIFESP hospital and 91 patients from Neurogenetic outpatient clinic at UNICAMP hospital that underwent a 1.5 Tesla and 3,0 Tesla magnetic resonance image, respectively. We selected 120 age and gender-matched healthy individuals. Fractional anisotropy, mean diffusivity, radiation diffusivity and axial diffusivity values were obtained and correlated with the scale for the assessment and rating of ataxia. Results: In group 1, a significant reduction was found only in the fractional anisotropy (FA) values in the pre-central gyrus bilaterally. In group 2 there was a significant reduction in the FA values and a significant increase in the values of mean diffusivity (MD), radial diffusivity (RD) and axial diffusivity (AD) in corticospinal tract, except for the MD and AD values in the right precentral gyrus and AD values in the left precentral gyrus, bilateral superior corona radiata and the right cerebral peduncle. Moderate negative correlation was found between the FA values on the entire length of the corticospinal tract of patients in group 2 and SARA, in addition to a moderate positive correlation between the values of MD and RD on the entire length of the corticospinal tract of patients in group 2 and SARA. Conclusions: we demonstrated the presence of a microstructural lesion in the pyramidal tract of SCA3 patients, which may explain the high frequency of pyramidal signs in these patients, in addition to the moderate correlation with the scale for the assessment and rating of ataxia (SARA). In addition, we observed that the alteration in the corticospinal tract occurs more sharply in the caudal segment (base of the bridge) than in the cranial segment (pre-central gyrus), which may suggest a “dying back” degeneration mechanism.
Objetivo: Analisar o trato piramidal de pacientes com ataxia espinocerebelar tipo 3 e correlacionar com a escala para avaliação e graduação de ataxia (SARA). Métodos: Este estudo utilizou a técnica de tensor de difusão para avaliar o trato piramidal de 120 paciente com diagnóstico genético de ataxia espinocerebelar tipo 3 (SCA3) e comparou com 120 indivíduos saudáveis pareados por idade e gênero. Os pacientes e controles foram divididos em 2 grupos: grupo 1 foi composto por 29 pacientes e controles provenientes do ambulatório ataxia da UNIFESP cujos exames foram realizados em ressonância magnética de 1,5 Tesla e o grupo 2 foi composto de 91 pacientes e controles do ambulatório de neurogenética da UNICAMP cujos exames foram realizados em ressonância magnética de 3,0 Tesla. Foram obtidos valores de anisotropia fracionada, difusividade média, difusividade radia e difusividade axial, que foram correlacionados com a escala para avaliação e graduação de ataxia. Resultados: No grupo 1 foi encontrada redução significativa apenas nos valores de anisotropia fracionada (FA) no giro pré-central bilateralmente. No grupo 2 foi encontrado redução significativa nos valores de FA e aumento significativo nos valores de difusividade média (MD), difusividade radial (RD) e difusividade axial (AD) do trato corticoespinhal, com exceção dos valores de MD e AD no giro pré-central direito e de AD no giro pré-central esquerdo, na coroa radiada superior bilateralmente e o pedúnculo cerebral direito. Moderada correlação negativa foi encontrada entre os valores de FA em toda a extensão do trato corticoespinhal dos pacientes do grupo 2 e a SARA, além de moderada correlação positiva entre os valores de MD e RD em toda a extensão do trato corticoespinhal e a SARA. Conclusões: Neste estudo demonstramos a presença de lesão microestrutural no trato corticoespinhal dos pacientes SCA3, podendo explicar a alta frequência de sintomas piramidais nestes pacientes, além de moderada correlação da alteração neste trato com a SARA. Além disso, observamos que a alteração no trato corticoespinhal ocorre de forma mais acentuada no segmento caudal (base da ponte) que no segmento cranial (giro pré-central), sugerindo um mecanismo de degeneração do tipo “dying back”.
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