Práticas de cuidado em saúde ao adolescente em vulnerabilidade diante do uso de drogas

Data
2022-09-14
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Nesta pesquisa entende-se a concepção de adolescência como uma construção histórica-social que avança no sentido de compreender esta fase como um processo dinâmico, e o adolescente diante dos seus modos de vida e expressão em um contexto histórico-social. A concepção de cuidado que se defende é a ampliação da concepção de saúde, compreendendo-a como processo saúde-doença-cuidado e uma visão ecossistêmica, à luz da teoria da vulnerabilidade em saúde. O objetivo geral deste trabalho é compreender o contexto das práticas de cuidado em saúde ao adolescente em vulnerabilidade diante do uso de drogas. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, que realizou entrevistas com profissionais que atuam na área da saúde (UBS e CAPS-IJ) junto aos adolescentes em vulnerabilidade diante do uso de drogas. Os resultados foram categorizados em cinco grupos de análise: práticas de cuidado em saúde, família, territórios vulneráveis, trabalho em rede e participação na pesquisa. Destaca-se, como subcategorias, o campo de tensão destas práticas que repercutem em desafios e potencialidades diante dos temas: estigma, acesso, atendimentos individuais, padrões e motivações para o uso de drogas, construção e vínculo, atendimentos grupais, configurações familiares, território e territorialização – escolhas versus oportunidades, violência, atos infracionais, prostituição, escola, cultura, operacionalização e estratégias do trabalho em rede, ações de prevenção e educação em saúde. Neste mosaico de complexidades, encontra-se uma composição temática que propiciou identificar e discutir importantes aspectos que compõem as práticas de cuidado em saúde ao adolescente em vulnerabilidade ao uso de drogas. Como direcionamentos, há uma riqueza de possibilidades apresentadas a cada categoria de análise, entre as quais enfatiza-se que, a partir do campo de tensões do campo da prática e suas dualidades, sejam intensificadas as ações educativas emancipatórias em todos os âmbitos e encontros para a produção de saúde, com o intuito de transformação da mentalidade diante do processo de adoecimento mental e consequentemente atualização das práticas. O incentivo de que essas ações de educação em saúde aconteçam de forma mais robusta com a estratégia de educação por pares.
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