Associação entre ansiedade, estresse e depressão com variáveis sociodemográfica e clínica em pacientes com insuficiência cardíaca atendidos ambulatorialmente
Data
2016-11-29
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Cardiovascular diseases (CVD) are the main cause of morbidity and mortality in Brazil and all over the world, thereby constituting a severe public health problem. Various studies highlight the relevance of the relationship of the psychic changes with the increase in the incidence and progression of CVD, where one of them is heart failure (HF). The identification of psychic changes in patients with HF should be investigated with the purpose of characterizing these patients for the accomplishment of effective interventions that influence the reduction of hospitalizations and improve the quality of life. Objective: To analyze the level of stress and anxiety, as well as depression symptoms, in individuals with HF treated in outpatient clinics. To describe the sociodemographic and clinical profile of individuals with HF treated in outpatient clinics. To check the correlation among the stress, anxiety and depression scales and if there is an association of the sociodemographic and clinical variables with the level of stress and anxiety, or even with the depression symptoms. Method: This is a cross-sectional study, which was held between April 2014 and August 2015 at the Outpatient Clinic for Cardiomyopathies of the São Paulo Hospital, totaling 309 patients. The sample was calculated by the statistics of Z-test, based on three main study questionnaires: Beck Anxiety Inventory, Beck Depression Inventory and Perceived Stress Scale. Data collection took place by means of these validated questionnaires, which were self-administered in a single day before the medical consultation. In order to collect the sociodemographic and clinical variables, we used an instrument employed in research for patients with coronary failure, and this instrument was adapted by the researchers for patients with HF. Results: There was a predominance of males, whites and Catholics, with family income from one to three minimum wages and with four to seven years of schooling. The sample revealed the following average scales: 16.14 for stress, 8.57 for anxiety and 10.87 for depression. The correlations between the stress and depression scales (0.49) and the stress and anxiety scales (0.47) were moderate, and the correlation between anxiety and depression ranged from moderate to high (0.63). We observed that stress was related to gender (p<0.012), ethnicity (p<0), housing type (p<0.035); religion (p<0); family income (p<0); Functional Class (FC) 2 (p<0.027), former alcoholic (p<0.034), former smoker (p<0.01) and obesity III (p<0.041). Anxiety was associated with gender (p<0.002), ethnicity (p<0); housing type (p<0.024); religion (p<0); family income (p<0.013); occupation (p<0.002); FC2 (p<0), Chagas? disease (p<0.002) and Chagas? cardiomyopathy (p<0.036). Moreover, depression was associated with ethnicity (p<0); housing type (p<0); religion (p<0); family income (p<0.007); occupation (p<0.046); FC2 (p<0.001), Chagas? disease (p<0.01) and Peripartum cardiomyopathy (p<0.021). Conclusion: The levels of anxiety, stress, and depression in patients with FC I and II who are treated in outpatient clinics are low. The scales show positive correlations with each other, but the anxiety and depression scales showed a correlation ranging from moderate to high. The family income less than one MW was related to anxiety, stress and depression, the female gender with anxiety and stress, FC II was related to stress and depression. Medical records of Chagas? disease and being out of work or away were factors related to anxiety and depression.
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, constituindo-se em um grave problema de saúde pública. Diversos estudos apontam a relevância da relação das alterações psíquicas com o aumento na incidência e a progressão DCV, entre elas a insuficiência cardíaca (IC). A identificação das alterações psíquicas em portadores de IC deve ser investigada a fim de caracterizar esses pacientes para a realização de intervenções efetivas com impacto na redução de hospitalizações e na qualidade de vida. Objetivos: Analisar o nível de estresse, ansiedade e sintomas de depressão em indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente; descrever o perfil sociodemográfico e clínico de indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente; verificar a correlação entre as escalas de estresse, ansiedade e depressão; verificar se há associação com as variáveis sociodemográficas e clínicas com o nível de estresse, ansiedade e sintomas de depressão. Método: Trata?se de um estudo transversal, realizado entre abril de 2014 a agosto de 2015 no ambulatório de Miocardiopatias do Hospital São Paulo, totalizando 309 pacientes. A amostra foi calculada pela estatística de Teste Z, com base nos três principais questionários do estudo: Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck e Escala de Estresse Percebido. A coleta de dados foi realizada por meio desses questionários validados, autoaplicáveis em um único dia antes da consulta médica. Para coletar as variáveis sociodemográficas e clínicas, foi utilizado um instrumento aplicado na pesquisa para paciente com insuficiência coronariana e modificado pelas pesquisadoras para pacientes com IC. Resultados: Houve predomínio de homens, brancos, católicos, renda familiar de um até três salários mínimos e com quatro a sete anos de estudo. A amostra apresentou média nas escalas de estresse de 16,14, ansiedade de 8,57 e depressão 10,87. As correlações entre as escalas de estresse e depressão (0,49) e estresse e ansiedade (0,47) foram moderadas e a correlação entre ansiedade e depressão foi de moderada para alta (0,63). Observou-se que o estresse se relacionou com o gênero (p<0,012), etnia (p< 0), tipo de moradia (p< 0,035); religião (p<0); renda familiar (p<0); Classe Funcional (CF) 2 (p<0,027), ex-alcoolista (p<0,034), ex-tabagista (p<0,01) e obesidade III (p<0,041). A ansiedade associou-se com gênero (p<0,002), etnia (p<0); tipo de moradia (p<0,024); religião (p<0); renda familiar (p< 0,013); profissão (p<0,002); CF2 (p<0), doença de chagas (p<0,002) e cardiomiopatia chagástica (p<0,036). E a depressão, com etnia (p<0); tipo de moradia (p<0); religião (p<0); renda familiar (p< 0,007); profissão (p<0,046); CF2 (p<0,001), doença de chagas (p<0,01) e cardiomiopatia periparto (p<0,021). Conclusão: Os níveis de ansiedade, estresse e depressão em pacientes com CF I e II atendidos ambulatorialmente são baixos. As escalas apresentam correlações positivas entre si, porém as escalas de ansiedade e depressão apresentaram correlação de moderada à alta. A renda familiar menor que um SM se relacionou com ansiedade, estresse e depressão, o gênero feminino com ansiedade e estresse, CF II esteve relacionada com estresse e depressão. Antecedente de chagas e não trabalhar ou estar afastado relacionou com ansiedade e depressão.
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, constituindo-se em um grave problema de saúde pública. Diversos estudos apontam a relevância da relação das alterações psíquicas com o aumento na incidência e a progressão DCV, entre elas a insuficiência cardíaca (IC). A identificação das alterações psíquicas em portadores de IC deve ser investigada a fim de caracterizar esses pacientes para a realização de intervenções efetivas com impacto na redução de hospitalizações e na qualidade de vida. Objetivos: Analisar o nível de estresse, ansiedade e sintomas de depressão em indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente; descrever o perfil sociodemográfico e clínico de indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente; verificar a correlação entre as escalas de estresse, ansiedade e depressão; verificar se há associação com as variáveis sociodemográficas e clínicas com o nível de estresse, ansiedade e sintomas de depressão. Método: Trata?se de um estudo transversal, realizado entre abril de 2014 a agosto de 2015 no ambulatório de Miocardiopatias do Hospital São Paulo, totalizando 309 pacientes. A amostra foi calculada pela estatística de Teste Z, com base nos três principais questionários do estudo: Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck e Escala de Estresse Percebido. A coleta de dados foi realizada por meio desses questionários validados, autoaplicáveis em um único dia antes da consulta médica. Para coletar as variáveis sociodemográficas e clínicas, foi utilizado um instrumento aplicado na pesquisa para paciente com insuficiência coronariana e modificado pelas pesquisadoras para pacientes com IC. Resultados: Houve predomínio de homens, brancos, católicos, renda familiar de um até três salários mínimos e com quatro a sete anos de estudo. A amostra apresentou média nas escalas de estresse de 16,14, ansiedade de 8,57 e depressão 10,87. As correlações entre as escalas de estresse e depressão (0,49) e estresse e ansiedade (0,47) foram moderadas e a correlação entre ansiedade e depressão foi de moderada para alta (0,63). Observou-se que o estresse se relacionou com o gênero (p<0,012), etnia (p< 0), tipo de moradia (p< 0,035); religião (p<0); renda familiar (p<0); Classe Funcional (CF) 2 (p<0,027), ex-alcoolista (p<0,034), ex-tabagista (p<0,01) e obesidade III (p<0,041). A ansiedade associou-se com gênero (p<0,002), etnia (p<0); tipo de moradia (p<0,024); religião (p<0); renda familiar (p< 0,013); profissão (p<0,002); CF2 (p<0), doença de chagas (p<0,002) e cardiomiopatia chagástica (p<0,036). E a depressão, com etnia (p<0); tipo de moradia (p<0); religião (p<0); renda familiar (p< 0,007); profissão (p<0,046); CF2 (p<0,001), doença de chagas (p<0,01) e cardiomiopatia periparto (p<0,021). Conclusão: Os níveis de ansiedade, estresse e depressão em pacientes com CF I e II atendidos ambulatorialmente são baixos. As escalas apresentam correlações positivas entre si, porém as escalas de ansiedade e depressão apresentaram correlação de moderada à alta. A renda familiar menor que um SM se relacionou com ansiedade, estresse e depressão, o gênero feminino com ansiedade e estresse, CF II esteve relacionada com estresse e depressão. Antecedente de chagas e não trabalhar ou estar afastado relacionou com ansiedade e depressão.
Descrição
Citação
CIRELLI, Melissa Alves. Associação entre ansiedade, estresse e depressão com variáveis sociodemográfica e clínica em pacientes com insuficiência cardíaca atendidos ambulatorialmente. 2016. 125 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.