Impacto da mistura de metais sobre uma comunidade de meiofauna em cenários de aquecimento e acidificação oceânica
Data
2020-08-28
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Increasing CO2 concentration in the atmosphere gradually warms the planet and acidifies the oceans. The presence of metals in estuarine sediment has been reported in several studies and may affect benthic organisms directly in contact with them. Meiofauna compose most of the biomass of this system, and collaborates with the maintenance of several ecological processes. In this study we sought to observe the relationship between climate change and metal toxicity in the sediment. We exposed the meiofauna in laboratory-controlled microcosms, for two concentrations (M1 and M2) of a mixture of Cu, Zn, Pb and Hg, and their negative control in warmed (26 and 28 °C) and acidified (pH 8,0 and 7,6) environments for 20 days. Meiofauna was characterized according to their density, diversity (Shannon), equitability (Pielou) and multivariate structure. Data analysis were performed by multifactorial PERMANOVA, to observe interactions between temperature, pH and contamination. The multivariate structure of the community was represented through a nMDS. The univariate parameters were affected by the interaction between contamination and temperature, except for the density of Ostracoda and Copepoda affected only by the highest concentration of metals. Nematoda was the group with greatest reduction in overall density in the contaminated microcosms at 28 °C. A significant interaction was noted between Temperature and contamination, and between pH and contamination in the multivariate structure of the community, being possible to observe greater separation between M1 and M2 at pH 7.6 and 26 ° C. It can be concluded that climate change can significantly affect the patterns of response to contamination by metals, requiring the readjustment of sediment quality guidelines, considering climate projections as well as the regional characteristics of each location.
O aumento da concentração de CO2 na atmosfera eleva gradualmente a temperatura média do planeta e acidifica os oceanos. A presença de metais em sedimento estuarino é relatada em diversos estudos, e pode afetar os organismos bentônicos, diretamente em contato com eles. A meiofauna compõe a maior parte da biomassa desse sistema e colabora com a manutenção de diversos processos ecológico. Nesse estudo foi observada a relação entre mudanças climáticas e a toxicidade de metais no sedimento. A meiofauna foi exposta, em microcosmos controlados em laboratório, a duas concentrações (M1 e M2) de uma mistura de Cu, Zn, Pb e Hg, e respectivo controle negativo em ambientes aquecidos (26 e 28 °C) e acidificados (pH 8,0 e 7,6), durante 20 dias. A meiofauna foi caracterizada segundo sua densidade, diversidade (Shannon), equabiliadade (Pielou) e estrutura multivariada. Os dados foram analisados através da PERMANOVA multifatorial, a fim de avaliar interações entre temperatura, pH e contaminação. A estrutura multivariada da comunidade foi representada através do nMDS. Os parâmetros univariados foram afetados pela interação entre contaminação e temperatura, com exceção da densidade de Ostracoda e Copepoda, afetados apenas pela concentração mais alta de metais. Nematoda foi o grupo que apresentou maior redução na densidade total nos microcosmos contaminados, na temperatura 28 °C. Observou-se interação significativa entre temperatura e contaminação, e entre pH e contaminação na estrutura multivariada da comunidade, sendo possível observar maior separação entre M1 e M2 em pH 7,6 e 26 ° C. Desta forma, pode-se concluir que as mudanças climáticas podem afetar significativamente os padrões de resposta a contaminação por metais, sendo necessária a readequação de índices dos qualidade de sedimento, considerando as projeções climáticas, bem como as características regionais de cada local.
O aumento da concentração de CO2 na atmosfera eleva gradualmente a temperatura média do planeta e acidifica os oceanos. A presença de metais em sedimento estuarino é relatada em diversos estudos, e pode afetar os organismos bentônicos, diretamente em contato com eles. A meiofauna compõe a maior parte da biomassa desse sistema e colabora com a manutenção de diversos processos ecológico. Nesse estudo foi observada a relação entre mudanças climáticas e a toxicidade de metais no sedimento. A meiofauna foi exposta, em microcosmos controlados em laboratório, a duas concentrações (M1 e M2) de uma mistura de Cu, Zn, Pb e Hg, e respectivo controle negativo em ambientes aquecidos (26 e 28 °C) e acidificados (pH 8,0 e 7,6), durante 20 dias. A meiofauna foi caracterizada segundo sua densidade, diversidade (Shannon), equabiliadade (Pielou) e estrutura multivariada. Os dados foram analisados através da PERMANOVA multifatorial, a fim de avaliar interações entre temperatura, pH e contaminação. A estrutura multivariada da comunidade foi representada através do nMDS. Os parâmetros univariados foram afetados pela interação entre contaminação e temperatura, com exceção da densidade de Ostracoda e Copepoda, afetados apenas pela concentração mais alta de metais. Nematoda foi o grupo que apresentou maior redução na densidade total nos microcosmos contaminados, na temperatura 28 °C. Observou-se interação significativa entre temperatura e contaminação, e entre pH e contaminação na estrutura multivariada da comunidade, sendo possível observar maior separação entre M1 e M2 em pH 7,6 e 26 ° C. Desta forma, pode-se concluir que as mudanças climáticas podem afetar significativamente os padrões de resposta a contaminação por metais, sendo necessária a readequação de índices dos qualidade de sedimento, considerando as projeções climáticas, bem como as características regionais de cada local.