PPG - Biodiversidade e Ecologia Marinha e Costeira

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    Acesso aberto (Open Access)
    Impactos e recuperação da biomassa de peixes em ambiente estuarino após acidentes ambientais
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-17) Truzzi, Diego Franco [UNIFESP]; Fonseca, Gustavo [UNIFESP]; Souza, Marcelo Ricardo; http://lattes.cnpq.br/7921189384865092; http://lattes.cnpq.br/2643979959364811; http://lattes.cnpq.br/5136689399209646; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Os ecossistemas costeiros estão cada vez mais vulneráveis às atividades humanas, necessitando de uma gestão eficaz baseada em modelos estatísticos que permitam prever a dinâmica ecossistêmica. Este estudo aborda o impacto dos acidentes ambientais na biomassa de peixes no Sistema Estuarino de Santos (SES) e utiliza modelos supervisionados para estimar a recuperação. Foi utilizado o modelo Auto-Regressivo Integrado de Médias Móveis com Sazonalidade e Variáveis Exógenas (SARIMAX). As coletas de peixes, realizadas trimestralmente entre 2007 e 2024, revelaram uma redução de 74,1% na biomassa após os acidentes ambientais ocorridos entre 2013 e 2015. A análise dos resíduos do modelo indicou um bom ajuste, com um coeficiente de determinação (R²) de 0,65. As previsões apontam para uma redução de 43,4% na recuperação da biomassa até 2032, em relação aos níveis observados antes dos impactos ambientais. Conclui-se que os acidentes ambientais no Sistema Estuarino de Santos (SES) causaram uma redução significativa na biomassa de peixes. O monitoramento de longo prazo permitiu o ajuste do modelo SARIMAX, que se mostrou eficaz na previsão da recuperação da biomassa. No entanto, as projeções indicam que a biomassa não retornará aos níveis anteriores aos acidentes.
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    Avaliação de estoque do cação-anjo (Squatina guggenheim) e da raia-viola (Pseudobatos horkelii): O que aprendemos depois de 20 anos de moratória de pesca na Plataforma Sul do Brasil?
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-09) Hyrycena dos Santos, Ingrid [UNIFESP]; Mourato, Bruno Leite [UNIFESP]; Sant'Ana, Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/6807355385739678; http://lattes.cnpq.br/1600055537789530; http://lattes.cnpq.br/0456804556438394; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da moratória da pesca do cação-anjo (Squatina guggenheim) e da raia-viola (Pseudobatos horkelii) no Sudeste-Sul do Brasil. São duas espécies notáveis ​​de elasmobrânquios conhecidas por ocorrerem desde águas rasas costeiras até as regiões de declive do sudoeste do Oceano Atlântico, também conhecidas como Plataforma Sul do Brasil (LME 15). Infelizmente, ambas as espécies estão listadas como Criticamente Ameaçadas no Brasil devido à alta pressão da pesca entre as décadas de 1980 e 1990. No início dos anos 2000, o governo implementou medidas drásticas de conservação para evitar o pior cenário, e uma moratória da pesca proibindo a captura deles está em vigor desde 2004. No entanto, reportes de pesca, desembarque e venda ilegais continuaram. As poucas capturas oficiais declaradas são subestimadas, pois os descartes de animais vivos ou mortos são obrigatórios, e suas taxas de mortalidade pós-soltura são desconhecidas. Modelos Bayesianos "catch-only" foram desenvolvidos para estimar o status do estoque para 2003 (antes da proibição da pesca). Os efeitos da moratória na recuperação dos estoques foram avaliados ao longo de projeções de biomassa, considerando diferentes cenários de capturas constantes. Cenários com capturas constantes acima de 100 toneladas causariam um aumento na taxa de mortalidade por pesca para a raia-viola, levando a um declínio contínuo em sua população. Da mesma forma, para os cações-anjo, capturas constantes excedendo 200 toneladas causariam o mesmo efeito em sua população, com uma alta probabilidade (> 50%) de atingir um limite crítico (Ponto de Referência Limitado = < 25%) para ambas as espécies ao longo dos anos projetados. A moratória da pesca desacelerou a pressão da pesca naquele momento. No entanto, as projeções estimadas de biomassa também sugerem que ambas as espécies ainda não se recuperaram e ainda estão longe de estar em um nível de biomassa sustentável, mesmo com baixos níveis de cenários de captura constante. A implementação de uma moratória da pesca por si só provou ser insuficiente para garantir a recuperação de S. guggenheim e P. horkelii. É fundamental complementar esta medida com monitoramento contínuo e outras estratégias de conservação para proteger efetivamente as populações de cação-anjo e de raia-viola no Brasil.
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    Embargo
    Variação do músculo pré-orbital em Galeomorphii (Chondrichthyes): diversidade anatômica e significado filogenético
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-31) Tavares, Leopoldo Henrique Espagnolo [UNIFESP]; Casas, André Luis da Silva [UNIFESP]; Silva, João Paulo Capretz Batista da; http://lattes.cnpq.br/0636010829278183; http://lattes.cnpq.br/5720971446393976; http://lattes.cnpq.br/7442992475440348; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Os Chondrichthyes, formados por tubarões, raias e quimeras, incluem mais de 1200 espécies viventes distribuídas em 14 ordens e 66 famílias. Os tubarões e raias compreendem a maior diversidade dessa classe com 1160 espécies que formam um grupo monofilético, a subclasse Elasmobranchii. A superordem Galeomorphii, apesar de bem reconhecida como monofilética, ainda possui muitas incertezas filogenéticas entre as ordens; hipóteses recentes que combinam dados morfológicos e moleculares têm alterado o posicionamento dos táxons do grupo. Nesse contexto novos caracteres, tanto morfológicos quanto moleculares, são necessários para compreender essas inconsistências sistemáticas. O presente trabalho descreveu e comparou a musculatura craniana de 32 espécies de tubarões, com enfoque no músculo pré-orbital, levantando 13 caracteres miológicos analisados em uma matriz combinada de caracteres morfológicos e moleculares, que mostraram ser significativos e informativos para a resolução de problemas sistemáticos e sustentação de hipóteses de relacionamento em Galeomorphii.
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    Acesso aberto (Open Access)
    Idade e crescimento da raia-manteiga (Dasyatis hypostigma) (Santos & Carvalho, 2004) (Chondrichthyes: Batoidea – Myliobatiformes: Dasyatidae) do sudoeste do oceano Atlântico
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-20) Torres, Giovanni Arlan [UNIFESP]; Martins, Rodrigo Silvestre [UNIFESP]; Mourato, Bruno Leite [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1600055537789530; http://lattes.cnpq.br/5350064124902777; https://lattes.cnpq.br/5517377954067497; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Dados de história de vida são frequentemente escassos para elasmobrânquios explorados, colocando em risco medidas adequadas de manejo e conservação para esse grupo vulnerável. Nesse estudo, fornecemos estimativas de idade e crescimento para a raiamanteiga Dasyatis hypostigma, um batóide de médio porte endêmico do sudoeste do Oceano Atlântico, sujeito à pressão de pesca desregulada ao longo da costa brasileira. As idades observadas variaram de 0 a 10 anos em machos e de 0 a 11 anos em fêmeas. As marcas de crescimento são formadas sazonalmente, uma vez ao ano. Foram ajustados vários modelos de crescimento aos dados de idade e largura do disco (LD), utilizando uma abordagem Bayesiana. Os modelos de crescimento logístico descrevem melhor o crescimento de machos e fêmeas em termos de realismo biológico e robustez estatística. As fêmeas atingiram tamanhos assintóticos maiores e tiveram coeficientes de crescimento (k) menores do que os dos machos. Os parâmetros de crescimento foram comparáveis aos de D. hypostigma em águas uruguaias e argentinas, embora os machos pareçam crescer mais rápido nas águas brasileiras.
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    Embargo
    Macroanatomia encefálica de Sphyrna lewini (Griffith & Smith, 1834): implicações neuroecológicas
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-16) Silva, Adeane de Souza [UNIFESP]; Casas, André Luis da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5720971446393976; http://lattes.cnpq.br/7644046846578539; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    As investigações neuroanatômicas são empregadas a fim de compreender, macroscopicamente, as características do sistema nervoso de um organismo, possibilitando a distinção e a comparação entre indivíduos e/ou espécies. Para os elasmobrânquios, essas análises apresentam-se de forma descritiva, associada às funções destas estruturas. Recentemente, os estudos buscam uma abordagem mais ampla e interdisciplinar, correlacionando aspectos neurológicos com fatores ecológicos. A Neuroecologia investiga a relação entre a ecologia e a organização morfológica do encéfalo de um indivíduo, abrangendo uma das áreas de estudo da Ecomorfologia, que por sua vez busca compreender a relação existente entre a organização estrutural dos organismos e seu nicho ecológico em um arcabouço evolutivo. Nesse contexto, investigamos a neuroecologia de Sphyrna lewini (Griffith & Smith, 1834), uma das espécies de tubarão com maior distribuição geográfica global, e que apresenta características morfológicas e ecológicas particulares que a diferem dos demais elasmobrânquios, como por exemplo, o formato do cefalofólio e os hábitos gregários. Dados ecológicos e morfológicos referentes a esta espécie estão disponíveis na literatura, porém, pouco se sabe sobre suas variações macroanatômicas encefálicas intraespecíficas, tampouco relacionadas a sua ecologia. Tais informações, tornam-se urgentes, devido a alta pressão antrópica sobre a espécie, sobretudo advinda da pesca, que resultou em um acentuado declínio populacional, de forma que S. lewini encontra-se atualmente na lista de espécies ameaçadas de extinção da IUCN, classificada como criticamente ameaçada (CR). Para isso, foram examinados 21 espécimes de S. lewini que variaram de 46,6 a 54,0 cm de comprimento total (CT), categorizados em três intervalos de CT, sendo C1 indivíduos que variaram de 46,6 a 54,0 cm, C2 de 54,94 - 60,63 cm e C3 de 67.99 - 77,89 cm. Resultando na descrição anatômica do telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, cerebelo e medula oblonga de S. lewini. Foram identificadas variações intraespecíficas, como por exemplo a maior definição dos sulcos e giros cerebelares e a acentuação das fóssulas diencefálicas. Estes resultados foram relacionados a dados obtidos da literatura sobre a ecologia desta espécie, permitindo realizar uma abordagem neuroecológica inédita para S. lewini, que neste estudo demonstrou apresentar variações neuroecológicas desde as primeiras fases ontogenéticas, onde quanto mais complexo o ambiente, maior e mais elaborado estruturalmente será o encéfalo.