Comportamento termorregulatório e alimentação em Iguana iguana (Squamata, Iguanidae)
Data
2015-06-30
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Few environmental factors exert so much influence on the physiology of animals as temperature. Each activity carried out by an animal occurs in a range of body temperatures that is physiologically appropriate. Some reptiles select high temperatures after feeding or spend more time basking. Approximately 30-40% of energy requirements of the green iguana (Iguana iguana) is provided by fermentation of food, which is facilitated when these animals are put under the sun and keep body temperature above 30°C. Thus, it is possible that food intake in those animals can bring them to change their thermoregulatory behavior to search for more suitable temperatures. In this sense this work intends to investigate how changes in the external temperature affect the energy efficiency of absorption of these animals and also if the intake and the quality of food eaten by I. iguana results in changes in thermoregulatory pattern. Briefly, the animals showed digesta transit time (TT) and lower food consumption (FC) at high temperatures, in comparison with the low temperature regime. There were no differences between the apparent digestive efficiency (ADE) between the high temperature treatments and lower temperatures. The mean internal body temperatures, maximum internal temperatures and third thermal quartile were in general higher in fed iguanas than fasting group when the thermal environment allowed the choice. In this work we showed that the correlations between ambient temperature, energy absorbing efficiency and feeding of Iguana iguana. The searching for warmer environments after feeding period will provide greater internal body temperatures that facilitate energy absorption. When the thermal environment does not provide ideal temperatures, a thermal restriction on the choice of "preferred" temperatures leads to a lower internal body temperature that depress the energy absorption.
São poucos os fatores ambientais que exercem tanta influência sobre a fisiologia dos animais como a temperatura. Cada uma das atividades exercidas por um animal ocorre sob uma faixa de temperatura corpórea fisiologicamente apropriada. Alguns répteis selecionam temperaturas mais elevadas após a alimentação ou passam mais tempo se aquecendo. Aproximadamente 30 a 40 % das necessidades energéticas do iguana verde (Iguana iguana) são fornecidas pela fermentação do alimento, que é facilitada quando estes animais se põem sob o sol e mantêm sua temperatura corporal acima de 30°C. Assim, é possível que a ingestão de alimento nestes animais os levem a modificar seu comportamento termorregulatório de busca por temperaturas mais apropriadas. Neste sentido, este trabalho se propôs investigar de que forma as modificações na temperatura externa afetam a eficiência de absorção de energia nestes animais e também se a ingestão e a qualidade do alimento ingerido por I. iguana resulta em mudanças no padrão termorregulatório. Em resumo, os animais apresentaram tempo de trânsito da digesta (TT) e consumo de alimento (CA) menores em altas temperaturas, em comparação com o regime de baixas temperaturas. Não houve diferenças entre a eficiência digestiva aparente (EDA) entre os tratamentos de altas temperaturas e baixas temperaturas. As temperaturas médias internas, temperaturas máximas internas e terceiro quartil térmico foram, no geral, maiores nas iguanas alimentadas em relação ao grupo em jejum quando o ambiente térmico possibilitou a escolha. Nesse trabalho pode-se visualizar as correlações entre a temperatura ambiente, eficiência de absorção de energia e alimentação de Iguana iguana. A busca por ambientes mais aquecidos após o período de alimentação propiciará maiores temperaturas corporais internas que facilitarão eficiência na absorção de energia. Quando o ambiente térmico não prove temperaturas ideais, ocorre uma restrição sobre a escolha das temperaturas "preferidas", resultando em menores temperaturas corporais que retardarão a eficiência de absorção de energia.
São poucos os fatores ambientais que exercem tanta influência sobre a fisiologia dos animais como a temperatura. Cada uma das atividades exercidas por um animal ocorre sob uma faixa de temperatura corpórea fisiologicamente apropriada. Alguns répteis selecionam temperaturas mais elevadas após a alimentação ou passam mais tempo se aquecendo. Aproximadamente 30 a 40 % das necessidades energéticas do iguana verde (Iguana iguana) são fornecidas pela fermentação do alimento, que é facilitada quando estes animais se põem sob o sol e mantêm sua temperatura corporal acima de 30°C. Assim, é possível que a ingestão de alimento nestes animais os levem a modificar seu comportamento termorregulatório de busca por temperaturas mais apropriadas. Neste sentido, este trabalho se propôs investigar de que forma as modificações na temperatura externa afetam a eficiência de absorção de energia nestes animais e também se a ingestão e a qualidade do alimento ingerido por I. iguana resulta em mudanças no padrão termorregulatório. Em resumo, os animais apresentaram tempo de trânsito da digesta (TT) e consumo de alimento (CA) menores em altas temperaturas, em comparação com o regime de baixas temperaturas. Não houve diferenças entre a eficiência digestiva aparente (EDA) entre os tratamentos de altas temperaturas e baixas temperaturas. As temperaturas médias internas, temperaturas máximas internas e terceiro quartil térmico foram, no geral, maiores nas iguanas alimentadas em relação ao grupo em jejum quando o ambiente térmico possibilitou a escolha. Nesse trabalho pode-se visualizar as correlações entre a temperatura ambiente, eficiência de absorção de energia e alimentação de Iguana iguana. A busca por ambientes mais aquecidos após o período de alimentação propiciará maiores temperaturas corporais internas que facilitarão eficiência na absorção de energia. Quando o ambiente térmico não prove temperaturas ideais, ocorre uma restrição sobre a escolha das temperaturas "preferidas", resultando em menores temperaturas corporais que retardarão a eficiência de absorção de energia.
Descrição
Citação
VIOLA, Matheus Fernandes. Comportamento termorregulatório e alimentação em Iguana iguana (Squamata, Iguanidae). 2015. 64 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Evolução) - Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Diadema, 2015.