O nível de atividade física materna pode influenciar a sensação de fadiga durante o trabalho de parto?

Data
2024-07-04
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Introdução: Anualmente, no Brasil, ocorrem mais de três milhões de partos e ao referir-se aos parâmetros maternos e neonatais negativos do processo de nascimento, a fadiga da parturiente pode ser fator de influência direta nesses desfechos. Parece haver relação protetiva da prática de atividade física durante a gravidez contra os efeitos desfavoráveis da fadiga durante o trabalho de parto, mas ainda não há consenso na literatura. Objetivo: Avaliar e correlacionar o nível de atividade física da última semana gestacional e os parâmetros de fadiga materna durante o trabalho de parto. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional, com amostra de 20 mulheres, avaliadas em duas maternidades em São Paulo-SP. Estas responderam, no início do trabalho de parto, o Questionário demográfico e o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Na fase ativa (de 5 a 7 cm e de 8 a 10 cm de dilatação do colo uterino) do TP foi aplicado o Questionário de Percepção Materna de Fadiga no Trabalho de Parto (QMFP). As análises estatísticas foram desenvolvidas com o auxílio do Software R, versão 4.1.2. Para realização da correlação entre índice de fadiga materna e nível de atividade física foi utilizado o teste estatístico de Spearman e foi considerado um nível de significância de 5%. Resultados: A média de idade das parturientes foi de 23,25 anos e houve predominância de etnia parda (55%), de formação escolar em ensino médio (75%) e situação civil solteira (40%). Com relação ao nível de atividade física, identificamos três grupos a) Ativas (35%); b) Irregularmente Ativas (60%) e, c) Sedentárias (5%). Não houve diferença significativa na correlação do nível de atividade física e sensação de fadiga materna na fase ativa 1 do TP entre os três grupos (p = 0,922). O mesmo ocorreu na correlação das mesmas variáveis no segundo momento da fase ativa do TP (p = 0,420). Conclusão: A despeito dos resultados parciais desse estudo é possível constatar que o nível de atividade física da gestante não afeta a sensação de fadiga materna durante o trabalho de parto.
Introduction: Every year, in Brazil, more than three million births occur and when referring to negative maternal and neonatal interruptions in the birth process, the fatigue of the parturient can be a factor of direct influence in these stages. There appears to be a protective relationship between physical activity during pregnancy and the unfavorable effects of fatigue during labor, but there is still no consensus in the literature. Objective: To evaluate and correlate the level of physical activity in the last week of pregnancy and periods of maternal fatigue during labor. Methods: This is an ongoing observational cross-sectional study, with a sample of 20 women, evaluated in a maternity hospital in São Paulo. At the beginning of labor, they answered the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). In the latent phases (2 to 4 centimeters of cervix dilation) and active phases (5 to 7 cm and 8 to 10 cm of cervix dilation) of labor, the Maternal Perception of Fatigue in Labor Questionnaire was applied. (QMFP). Statistical analyzes were carried out with the help of Software R, version 4.1.2. To assess the performance between maternal fatigue index and level of physical activity, Spearman's statistical test was used and a significance level of 5% was considered. Results: The average age of the women in labor was 23.25 years and there was a predominance of brown ethnicity (55%), high school education (75%) and single marital status (40%). Regarding the level of physical activity, we identified three groups: a) Physically Active (35%); b) Irregularly Active (60%) and, c) Sedentary (5%). There was no significant difference in the level of physical activity and feeling of maternal fatigue in the active phase 1 of PT between the three groups (p = 0.922). The same occurred when observing variable estimates in the second moment of the active phase of PT (p = 0.420). Conclusion: The description of the partial results of this study shows that the pregnant woman's level of physical activity does not affect the feeling of maternal fatigue during labor.
Descrição
Citação
BRAVO, Gabriella Marinheiro Mendes. O nível de atividade física materna pode influenciar a sensação de fadiga durante o trabalho de parto? Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Federal de São Paulo, Instituto de Saúde e Sociedade, Santos, 2024.
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