A criança e sua pele: uma etnografia sobre as estratégias de viver com dermatite atópica
Data
2015-09-17
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Ethnographic research, which had as object of study children in continuous treatment after the diagnosis of atopic dermatitis. The proposal was to understand how the ongoing experience of being sick chronically interfere in family life and in everyday school life of children and adolescents with atopic dermatitis. Data collection was carried out through monitoring of children with atopic dermatitis and the main strategy to obtain data was the organization of field notes with the main events in the school routine and outpatient children. The initial place of the research was a clinic of allergy and immunology of a university and this territory observation was extended to the family and school life of the research subjects. The main objectives were to identify how the situation reveals the significance of having atopic dermatitis; understand the meaning that children with atopic dermatitis and their families attribute to the disease and identify the stigmas that the situation of being chronically ill can create. As a theoretical framework we used the categories of Goffman (2004; 2010; 2012), with which you can analyze in relational perspective the child's behavior in specific situations. The dissertation was divided in two parts, one with the theoretical chapters that presented the conception of body assumed in the research, a clinical description of the atopic dermatitis and the theoretical referential system and methodological, which used to reference the authors: Le Breton (2011; 2013) Mauss (2003), Geertz (2012), Laplantine (2010) and Goffman (2008; 2010; 2012). In the second part was presented a description of the scenarios and situations observed during the survey. Through research it became clear that the difficulties of having a skin disease not restricted to organic questions, but also present themselves in interactions with the others in different situations, requiring that children create and recreate strategies for living with the disease that have.
Pesquisa de natureza etnográfica, que teve como objeto de estudo crianças em tratamento contínuo após o diagnóstico de dermatite atópica. A proposta foi compreender como a experiência contínua de estar doente cronicamente interfere no cotidiano familiar e no cotidiano escolar de crianças e adolescentes com dermatite atópica. A coleta de dados foi realizada no processo de acompanhamento de quatro crianças com dermatite atópica e a principal estratégia de obtenção de dados foi a organização de cadernos de campo nos quais foram registrados fatos relevantes do cotidiano dos sujeitos da pesquisa, que foram acompanhados em suas rotinas escolares e ambulatoriais. O local inicial da pesquisa foi um ambulatório de alergia e imunologia de uma universidade e esse território de observação se ampliou em direção ao cotidiano familiar e escolar dos sujeitos da pesquisa. Os objetivos principais foram identificar como a situação revela o significado de se ter dermatite atópica; compreender o significado que a criança com dermatite atópica e sua família atribuem à doença e identificar os estigmas que a situação de estar cronicamente enfermo pode criar. Como referencial teórico foram utilizadas as categorias de Goffman (2004; 2010; 2012), com as quais pode-se analisar em perspectiva relacional o comportamento da criança em situações específicas. A dissertação foi dividida em duas partes, uma com os capítulos teóricos que apresentaram a concepção de corpo assumida na pesquisa, uma descrição clínica da dermatite atópica e o referencial teórico e metodológico, que utilizaram com referência os autores: Le Breton (2011; 2013), Mauss (2003), Geertz (2012), Laplantine (2010) e Goffman (2008; 2010; 2012). Na segunda parte foi apresentada a descrição dos cenários e situações observados durante a pesquisa. Com a pesquisa foi possível evidenciar que as dificuldades de ter uma doença de pele que não restringem-se a questões orgânicas, mas também apresentam-se nas interações com os outros dentro de diferentes situações, exigindo que as crianças criem e recriem estratégias para viver com a doença que têm.
Pesquisa de natureza etnográfica, que teve como objeto de estudo crianças em tratamento contínuo após o diagnóstico de dermatite atópica. A proposta foi compreender como a experiência contínua de estar doente cronicamente interfere no cotidiano familiar e no cotidiano escolar de crianças e adolescentes com dermatite atópica. A coleta de dados foi realizada no processo de acompanhamento de quatro crianças com dermatite atópica e a principal estratégia de obtenção de dados foi a organização de cadernos de campo nos quais foram registrados fatos relevantes do cotidiano dos sujeitos da pesquisa, que foram acompanhados em suas rotinas escolares e ambulatoriais. O local inicial da pesquisa foi um ambulatório de alergia e imunologia de uma universidade e esse território de observação se ampliou em direção ao cotidiano familiar e escolar dos sujeitos da pesquisa. Os objetivos principais foram identificar como a situação revela o significado de se ter dermatite atópica; compreender o significado que a criança com dermatite atópica e sua família atribuem à doença e identificar os estigmas que a situação de estar cronicamente enfermo pode criar. Como referencial teórico foram utilizadas as categorias de Goffman (2004; 2010; 2012), com as quais pode-se analisar em perspectiva relacional o comportamento da criança em situações específicas. A dissertação foi dividida em duas partes, uma com os capítulos teóricos que apresentaram a concepção de corpo assumida na pesquisa, uma descrição clínica da dermatite atópica e o referencial teórico e metodológico, que utilizaram com referência os autores: Le Breton (2011; 2013), Mauss (2003), Geertz (2012), Laplantine (2010) e Goffman (2008; 2010; 2012). Na segunda parte foi apresentada a descrição dos cenários e situações observados durante a pesquisa. Com a pesquisa foi possível evidenciar que as dificuldades de ter uma doença de pele que não restringem-se a questões orgânicas, mas também apresentam-se nas interações com os outros dentro de diferentes situações, exigindo que as crianças criem e recriem estratégias para viver com a doença que têm.
Descrição
Citação
ZANINETTI, Bruna. A criança e sua pele: uma etnografia sobre as estratégias de viver com dermatite atópica. 2015. 109 f. Dissertação (Mestrado) - Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2015.