Anticorpos anti-proteínas carbamiladas (Anti-CarP) na artrite reumatoide
Data
2021
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The presence of autoantibodies is a characteristic of rheumatoid arthritis (RA). Recently, a family of autoantibodies that recognizes carbamylated proteins (anti-CarP), meaning, proteins that contain homocitrulline residues, has been described in RA. The anti-CarP antibody can improve early diagnosis and treatment management as well as increase the understanding of the molecular pathways involved in RA pathogenesis. Objectives: To evaluate the frequency of anti-CarP in a sample of Brazilian patients with RA, its sensitivity and specificity, its possible associations with severity of joint damage, duration of disease, smoking and HLA-DRB1 alleles with shared epitopes (HLA-DRB1 SE). Materials and Methods: A cross-sectional study was carried out at the Discipline of Rheumatology at Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), including 409 patients with RA, 29 patients with Ankylosing Spondylitis (AS), 15 patients with Psoriatic Arthritis (AP), 40 patients with Systemic Lupus Erythematosus (SLE), 43 patients with Gout and 66 healthy individuals. Information on demographic data, disease duration and smoking habits were collected. Joint damage was assessed using the Sharp / van der Heijde method. HLA-DRB1 genotyping was performed by PCR and hybridization with specific probes and the evaluation of ACPA, FR and anti-CarP autoantibodies was performed by ELISA. Results: IgG anti-CarP antibodies in the Brazilian population present low sensitivity (45.6%) and high specificity (93.9%); their presence was not related to greater joint damage (p = 0.215) or to HLA-DRB1 SE alleles (P = 0.631). An association was observed between anti-CarP and smoking (p <0.001). Conclusions: IgG anti-CCP and IgM FR autoantibodies were the most frequent in the sample of the Brazilian population diagnosed with RA, IgG anti-CarP occurred in an intermediate frequency, and IgA anti-CCP and IgA FR were the least frequent. IgG anti-CarP antibodies are another marker that may allow better diagnosis and treatment management of Brazilian RA patients.
A presença de autoanticorpos é uma característica da artrite reumatoide (AR). Recentemente, foi descrita na AR uma família de autoanticorpos que reconhece proteínas carbamiladas (anti-CarP), ou seja, proteínas que contêm resíduos homocitrulina. O anticorpo anti-CarP, pode melhorar o diagnóstico precoce e o gerenciamento do tratamento e incrementar o entendimento das vias moleculares envolvidas na patogênese da AR. Objetivos: Avaliar a frequência do anti-CarP numa amostra de pacientes brasileiros com AR, sua sensibilidade e especificidade, suas possíveis associações com gravidade do dano articular, tempo de doença e tabagismo e alelos HLA-DRB1 com epítopos compartilhado (HLA-DRB1 SE). Materiais e Métodos: Foi realizado estudo do tipo transversal, desenvolvido na Disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), sendo incluídos 409 pacientes com AR, 29 pacientes com Espondilite Anquilosante (EA), 15 pacientes com Artrite Psoriásica (AP), 40 pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), 43 pacientes com Gota e 66 indivíduos saudáveis. Foram coletadas informações sobre dados demográficos, tempo da doença e hábito de tabagismo. O dano articular foi avaliado utilizando o método de Sharp/van der Heijde. A genotipagem HLA-DRB1 foi feita por PCR e hibridação com sondas específicas e a avaliação dos autoanticorpos ACPA, FR e anti-CarP foi feita por ELISA. Resultados: Os anticorpos IgG anti-CarP na população brasileira apresentam baixa sensibilidade (45,6%) e alta especificidade (93,9%); sua presença não se relacionou com maior dano articular (p=0,215) ou com alelos HLA-DRB1 SE (P=0,631). Observou-se associação entre anti-CarP e tabagismo (p<0,001). Conclusões: Os autoanticorpos IgG anti-CCP e IgM FR foram os mais frequentes na amostra da população brasileira com diagnóstico para AR, IgG anti-CarP ocorreram em frequência intermediária, e IgA anti-CCP e IgA FR foram os menos frequentes. Os anticorpos IgG anti-CarP são mais um marcador que pode permitir um melhor diagnóstico e gerenciamento do tratamento em pacientes brasileiros com AR.
A presença de autoanticorpos é uma característica da artrite reumatoide (AR). Recentemente, foi descrita na AR uma família de autoanticorpos que reconhece proteínas carbamiladas (anti-CarP), ou seja, proteínas que contêm resíduos homocitrulina. O anticorpo anti-CarP, pode melhorar o diagnóstico precoce e o gerenciamento do tratamento e incrementar o entendimento das vias moleculares envolvidas na patogênese da AR. Objetivos: Avaliar a frequência do anti-CarP numa amostra de pacientes brasileiros com AR, sua sensibilidade e especificidade, suas possíveis associações com gravidade do dano articular, tempo de doença e tabagismo e alelos HLA-DRB1 com epítopos compartilhado (HLA-DRB1 SE). Materiais e Métodos: Foi realizado estudo do tipo transversal, desenvolvido na Disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), sendo incluídos 409 pacientes com AR, 29 pacientes com Espondilite Anquilosante (EA), 15 pacientes com Artrite Psoriásica (AP), 40 pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), 43 pacientes com Gota e 66 indivíduos saudáveis. Foram coletadas informações sobre dados demográficos, tempo da doença e hábito de tabagismo. O dano articular foi avaliado utilizando o método de Sharp/van der Heijde. A genotipagem HLA-DRB1 foi feita por PCR e hibridação com sondas específicas e a avaliação dos autoanticorpos ACPA, FR e anti-CarP foi feita por ELISA. Resultados: Os anticorpos IgG anti-CarP na população brasileira apresentam baixa sensibilidade (45,6%) e alta especificidade (93,9%); sua presença não se relacionou com maior dano articular (p=0,215) ou com alelos HLA-DRB1 SE (P=0,631). Observou-se associação entre anti-CarP e tabagismo (p<0,001). Conclusões: Os autoanticorpos IgG anti-CCP e IgM FR foram os mais frequentes na amostra da população brasileira com diagnóstico para AR, IgG anti-CarP ocorreram em frequência intermediária, e IgA anti-CCP e IgA FR foram os menos frequentes. Os anticorpos IgG anti-CarP são mais um marcador que pode permitir um melhor diagnóstico e gerenciamento do tratamento em pacientes brasileiros com AR.