O Ensino Da Língua Portuguesa Escrita Para A Criança Surda Em Uma Perspectiva Bilíngue
Data
2017-08-25
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
In this research, based on Vygotsky's socio-historical-cultural theory (1922-1934), we seek to better understand and reflect upon Portuguese teaching practices for deaf children, in a bilingual perspective, in which Libras – Brazilian Sign Language - is considered the first language and Portuguese, the second, seeking to know the Portuguese language teaching strategies and the role(s) that Libras plays within them. The research follows the Critical-Collaborative Methodology Paradigm (MAGALHÃES, 2007), and was carried out in a class of 1st grader in a Bilingual Education School for the Deaf (EMEBS), in the city of São Paulo. In addition to the socio-historical-cultural theory, the investigation is theoretically based on the current legal documents that support the bilingual education proposal for the deaf and provide guidelines for the teaching of Portuguese for the targeted audience, and authors such as Quadros (1997), Fernandes (2003) and Pereira (2009), who recognize Libras as the first language of the deaf in Brazil, and discuss the teaching of Portuguese as a second language to deaf people. Furthermore, in terms of teacher education, the thesis is based on Libâneo (2013), Gatti (2013), Mizukami (2013) and Nóvoa (2013). The data produced and analyzed indicate that, although the official proposal of Portuguese teaching for the deaf follows the guidelines that the language should be taught from a discursive perspective, looking at the text as a discursive unit, Portuguese teaching practices still persist with priority being given to the teaching of isolated words: naming objects, people and events, which hinder the development of reading fluency.
Nesta pesquisa, fundamentada na teoria sócio-histórica-cultural de Vygotsky (1922-1934), buscamos conhecer e refletir sobre as práticas de ensino de língua portuguesa para crianças surdas, em uma perspectiva bilíngue, na qual a Libras – Língua Brasileira de sinais - é considerada a primeira língua e a língua portuguesa, a segunda, buscando conhecer as estratégias de ensino de língua portuguesa e qual o papel que a Libras exerce dentro deles. A pesquisa segue o Paradigma Crítico-Colaborativo de metodologia (MAGALHÃES, 2007) e o local escolhido para realização da mesma é uma turma de 1º ano de uma Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS), da Prefeitura Municipal de São Paulo. Além da teoria sócio-histórico-cultural, a pesquisa fundamenta-se teoricamente nos atuais documentos legais que sustentam a proposta bilíngue de educação para surdos e dão diretrizes para o ensino de língua portuguesa para tal público, e em autores como Quadros (1997), Fernandes (2003) e Pereira (2009), que reconhecem a Libras como primeira língua dos surdos e discutem a questão do ensino da língua portuguesa para surdos. Já em relação à formação docente, componente importante do trabalho crítico de colaboração, a presente pesquisa apoiou-se em autores como Libâneo (2013), Gatti (2013) e Mizukami (2013). Os dados produzidos e analisados indicam que, embora a proposta oficial de ensino de língua portuguesa para os surdos siga a orientação de um ensino a partir do texto como unidade discursiva, ainda persistem e são prioritárias práticas de ensino de língua portuguesa por meio do ensino de palavras, nomeando objetos, pessoas e eventos, práticas essas que dificultam o desenvolvimento da fluência leitora.
Nesta pesquisa, fundamentada na teoria sócio-histórica-cultural de Vygotsky (1922-1934), buscamos conhecer e refletir sobre as práticas de ensino de língua portuguesa para crianças surdas, em uma perspectiva bilíngue, na qual a Libras – Língua Brasileira de sinais - é considerada a primeira língua e a língua portuguesa, a segunda, buscando conhecer as estratégias de ensino de língua portuguesa e qual o papel que a Libras exerce dentro deles. A pesquisa segue o Paradigma Crítico-Colaborativo de metodologia (MAGALHÃES, 2007) e o local escolhido para realização da mesma é uma turma de 1º ano de uma Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS), da Prefeitura Municipal de São Paulo. Além da teoria sócio-histórico-cultural, a pesquisa fundamenta-se teoricamente nos atuais documentos legais que sustentam a proposta bilíngue de educação para surdos e dão diretrizes para o ensino de língua portuguesa para tal público, e em autores como Quadros (1997), Fernandes (2003) e Pereira (2009), que reconhecem a Libras como primeira língua dos surdos e discutem a questão do ensino da língua portuguesa para surdos. Já em relação à formação docente, componente importante do trabalho crítico de colaboração, a presente pesquisa apoiou-se em autores como Libâneo (2013), Gatti (2013) e Mizukami (2013). Os dados produzidos e analisados indicam que, embora a proposta oficial de ensino de língua portuguesa para os surdos siga a orientação de um ensino a partir do texto como unidade discursiva, ainda persistem e são prioritárias práticas de ensino de língua portuguesa por meio do ensino de palavras, nomeando objetos, pessoas e eventos, práticas essas que dificultam o desenvolvimento da fluência leitora.