Alimentos industrializados consumidos por crianças com alergia alimentar: um estudo da adequação da rotulagem em relação à legislação vigente

Data
2018-03-29
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: The feeding of children with food allergies requires constant vigilance, mainly safety of the food they eat, given the clinical and nutritional consequences that may affect its growth and development, as well as to bring them to death, in the most extreme cases. Objective: check if labeling of processed food consumed by children ranging from six months to three years of age is in compliance with RDC no 26/2015. Thus, the present study intends to show if Board of Directors Resolution nº 26/2015 is being obeyed integrally. Material and Methods: this is a observational and quantitative study, which analyzed a sample of processed food, routinely consumed by children ranging from six months to three years of age, that was divided into four categories. It was used a checklist type of form was used to classify the food as proper or improper. Results: out of 67 processed products included in the study, 7 (10,4 %) presented some kind of labeling noncompliance with Board of Directors Resolution no 26/2015. Out of 4 categories (dairy, cereals, mush and mucilage and beverages) of processed food analyzed, 2 (cereals and beverages) had proper labels fully complied with the current legislation concerning allergic individuals. Category 1 (dairy) presented 95,4% of proper labels, while category of mush and mucilage presented the lowest rate of labeling adequacy because of both lack of warnings and essential requirements. The statistic analyze showed significant difference for categories of dairy, cereals and beverages (p = 0,000,0,000 e 0,008, respectively. Conclusion: among the processed and commercialized food to be consumed by young children in Brazil, dairy, mush and mucilage still present labeling incompatible with the current legislation enacted to protect allergic individuals. This poses risks to the right of food and nutrition security of such a vulnerable group subjected to food allergies, in addition to preventing them from enjoying their right to have a proper diet.
Introdução: A alimentação de crianças com alergia alimentar necessita de vigilância constante, principalmente, quanto à segurança dos alimentos por elas ingeridos, haja vista as consequências clínicas e nutricionais que podem afetar seu crescimento e desenvolvimento, bem como levá-las à óbito, nos casos mais extremos. Objetivo: verificar se a rotulagem dos alimentos industrializados consumidos por crianças de seis meses a três anos de idade encontra-se em conformidade com a Resolução da Diretoria Colegiada nº 26/2015. Assim, o presente estudo pretende mostrar se a RDC nº 26/2015 está sendo obedecida integralmente. Material e Métodos: trata-se de um estudo observacional e quantitativo, que contou com amostra de alimentos industrializados, habitualmente, consumidos por crianças com idade entre 6 meses a três anos de idade, que foram distribuídos em quatro categorias. Utilizou-se um formulário do tipo check list para a classificação desses alimentos em adequados ou não adequados. Resultados: dos 67 produtos industrializados incluídos no estudo, 7 (10,4%) deles apresentavam algum tipo de irregularidade na sua rotulagem, em relação à Resolução da Diretoria Colegiada nº 26/2015. Das 4 categorias (lácteos, cereais, papas infantis e mucilagens e bebidas) de alimentos industrializados avaliadas, 2 delas (cereais e bebidas) apresentaram 100% de rótulos adequados em relação à legislação vigente para alérgicos. A categoria 1 (lácteos) apresentou 95,4% de rótulos adequados, enquanto que a categoria das papas infantis e mucilagens apresentou a menor frequência de adequação da rotulagem, tanto pela ausência de advertência, como dos requisitos obrigatórios. A análise estatística mostrou diferença significante para as categorias dos lácteos, cereais e bebidas (p = 0,000,0,000 e 0,008 respectivamente). Conclusão: dentre os alimentos industrializados, comercializados no Brasil e destinados ao consumo de crianças da primeira infância, alimentos lácteos, papas infantis e mucilagens ainda apresentam a sua rotulagem não adequada à legislação vigente para alérgicos, o que coloca em risco a garantia da segurança alimentar e nutricional desse grupo tão vulnerável às alergias alimentares, além de cercear o direito humano à alimentação adequada.
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