Caracterização do comportamento biomecânico do pé pronado e neutro durante tarefas funcionais, em indivíduos assintomáticos, por meio da análise cinemática tridimensional
Data
2015-03-09
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introduction: The three-dimensional kinematic analysis has been allowed understand the multi-segmental biomechanical behavior of foot. However, little is known about their kinematic behavior in functional tasks even the gait. Objective: Analyze and compare the kinematic behavior between neutral and pronated feet during squat phase of Anterior and Lateral Step Down (ASD and LSD) tests, and during the stance phase of stair ascent and descent cycle. Methods: Forty-two feet were evaluated. According to the Foot Posture Index, Navicular Drop and Calcaneal Angle, and subdivided into neutral foot (18) and pronated foot (24). For kinematic analysis, nine movements of squat of each test (ASD and LSD) and three cycles of stair ascent and three cycles of stair descent were collected bilaterally for each participant using a three-dimensional capture system of motion, the Oxford Foot Model, and processed by Vicon Nexus® software. The range of motion (ROM) to the four tasks and the angle and temporal values during the stair ascent and descent were analyzed in the three planes of motion for the segments: hindfoot relative to the floor (HFTFL); hindfoot relative to the tibia (HFTBA); forefoot relative to the tibia (FFTBA); and forefoot relative to the hindfoot (FFHFA). For the statistical analysis the MANOVA test was used, adopting the alpha error of 5% (p <0.05). Results: Differences were found for the step down tests for the following segments: HFTFL and FFHFA with lower plantar flexion and dorsiflexion to the pronated foot, respectively, in both tests. For the ASD, the pronated foot, in the frontal plane, showed lower ROM of pronation to FFTBA and FFHFA, while the HFTFL presented ROM of eversion for the neutral foot, and the pronated foot an excursion near zero. During LSD was observed also high ROM of dorsiflexion for the FFTBA. For stair ascent no differences were found between the groups. For stair descent, the differences were concentrated in the sagittal plane, with lower ROM for the pronated foot during the first and second double support, and high ROM during simple support. Besides in the frontal plane was observed lower angular values to the forefoot and in the transversal plane high angular values for the FFHFA and FFTBA. Conclusion: The pronated and neutral feet differ in kinematic behavior during ASD, LSD and stair descent tasks. These kinematic differences found concentrated in the sagittal plane for the three analyzed tasks and in the forefoot segment for descend stairs.
Introdução: A análise cinemática tridimensional tem permitido compreender o comportamento biomecânico do pé de maneira multissegmentar. No entanto, pouco se sabe sobre o seu comportamento cinemático em tarefas funcionais, além da marcha. Objetivo: Analisar e comparar o comportamento cinemático de pés neutros e pronados durante a fase de agachamento dos testes step down anterior (SDA) e step down lateral (SDL), e durante a fase de apoio do ciclo de subida e descida de escada. Métodos: Quarenta e dois pés foram avaliados e classificados de acordo com os testes Foot Posture Index, Drop Navicular e Ângulo do Calcâneo, e subdivididos em pés normais (18) e pés pronados (24). Para a análise cinemática, nove movimentos de agachamento de cada teste (SDA e SDL) e três ciclos de subida e três ciclos de descida de escada foram coletados bilateralmente para cada participante utilizando um sistema de captura tridimensional de movimento, o Oxford Foot Model e processados pelo software Vicon Nexus ® . A amplitude de movimento (ADM) para as quatro tarefas e os valores angulares e temporais durante a subida e descida da escada foram analisados nos três planos de movimento para os segmentos: retropé em relação ao solo (HFTFL); retropé em relação à tíbia (HFTBA); antepé em relação à tíbia (FFTBA); e antepé em relação ao retropé (FFHFA). Para a análise estatística foi utilizado o teste MANOVA, considerando o erro alfa de 5% (p<0.05). Resultados: Para os testes de step down foram encontradas diferenças para: HFTFL e FFHFA com menor flexão plantar e dorsiflexão para o pé pronado, respectivamente, em ambos os testes. Para o SDA, o pé pronado, no plano frontal, apresentou menor ADM de pronação para o FFTBA e FFHFA, enquanto o HFTFL apresentou ADM de eversão para o pé neutro e uma excursão próxima de zero para o pé pronado. Durante o SDL foi observado, também, maior ADM de dorsiflexão para o FFTBA. Para a subida da escada não foram encontradas diferenças entre os grupos. Para a descida, as diferenças se concentraram no plano sagital, com menor ADM para o pé pronado durante o primeiro e segundo duplo apoio, e maior ADM durante o apoio simples. Além de menores valores angulares para o antepé no plano frontal e maiores no plano transversal. Conclusão: Os pés pronados e neutros apresentam diferenças no comportamento cinemático durante as tarefas de SDA, SDL e descida de escada. Essas diferenças cinemáticas encontradas se concentram no plano sagital para as três tarefas analisadas e no segmento do antepé para a descida de escada.
Introdução: A análise cinemática tridimensional tem permitido compreender o comportamento biomecânico do pé de maneira multissegmentar. No entanto, pouco se sabe sobre o seu comportamento cinemático em tarefas funcionais, além da marcha. Objetivo: Analisar e comparar o comportamento cinemático de pés neutros e pronados durante a fase de agachamento dos testes step down anterior (SDA) e step down lateral (SDL), e durante a fase de apoio do ciclo de subida e descida de escada. Métodos: Quarenta e dois pés foram avaliados e classificados de acordo com os testes Foot Posture Index, Drop Navicular e Ângulo do Calcâneo, e subdivididos em pés normais (18) e pés pronados (24). Para a análise cinemática, nove movimentos de agachamento de cada teste (SDA e SDL) e três ciclos de subida e três ciclos de descida de escada foram coletados bilateralmente para cada participante utilizando um sistema de captura tridimensional de movimento, o Oxford Foot Model e processados pelo software Vicon Nexus ® . A amplitude de movimento (ADM) para as quatro tarefas e os valores angulares e temporais durante a subida e descida da escada foram analisados nos três planos de movimento para os segmentos: retropé em relação ao solo (HFTFL); retropé em relação à tíbia (HFTBA); antepé em relação à tíbia (FFTBA); e antepé em relação ao retropé (FFHFA). Para a análise estatística foi utilizado o teste MANOVA, considerando o erro alfa de 5% (p<0.05). Resultados: Para os testes de step down foram encontradas diferenças para: HFTFL e FFHFA com menor flexão plantar e dorsiflexão para o pé pronado, respectivamente, em ambos os testes. Para o SDA, o pé pronado, no plano frontal, apresentou menor ADM de pronação para o FFTBA e FFHFA, enquanto o HFTFL apresentou ADM de eversão para o pé neutro e uma excursão próxima de zero para o pé pronado. Durante o SDL foi observado, também, maior ADM de dorsiflexão para o FFTBA. Para a subida da escada não foram encontradas diferenças entre os grupos. Para a descida, as diferenças se concentraram no plano sagital, com menor ADM para o pé pronado durante o primeiro e segundo duplo apoio, e maior ADM durante o apoio simples. Além de menores valores angulares para o antepé no plano frontal e maiores no plano transversal. Conclusão: Os pés pronados e neutros apresentam diferenças no comportamento cinemático durante as tarefas de SDA, SDL e descida de escada. Essas diferenças cinemáticas encontradas se concentram no plano sagital para as três tarefas analisadas e no segmento do antepé para a descida de escada.
Descrição
Citação
FERREIRA, Cintia Lopes. Caracterização do comportamento biomecânico do pé pronado e neutro durante tarefas funcionais, em indivíduos assintomáticos, por meio da análise cinemática tridimensional. 2015. 119 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2015.